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Transistor kills the radio star?

Teorias

A rádio tem um problema de representação do real?

A rádio, ouviu-se muitas vezes a acusação, por causa deste agenda-setting, é ela própria um «problema de representação do real» (Santos, 2001: 114)

Passivos ou não

Para Cordeiro (2007: 57), foi Lazarsfeld quem ajudou a contrariar «a ideia de passividade dos consumidores e omnipotência da comunicação».

A rádio não quis os ouvintes

Há décadas têm os ouvintes essa possibilidade, mas a interactividade fica ainda absolutamente restringida pelo próprio conceito de programação que constituiu a história do rádio. Ou seja, a participação é permitida e controlada. Mantém os receptores em sua condição. E submetidos a regras de linguagem. De temas e tempo», escreve Salomão Mohazir (Zuculoto, 2005: 55)

O que Lazarsfeld estudou

«Paul LAZARSFELD, que estudou os feitos da rádio na década de 40 nos Estados Unidos, sublinhou que seus efeitos reais e potenciais deveriam ser estudados em duas direções: “Primeiro, deve analisar-se quem escuta o que e porque. Depois, mas só depois, terá sentido estudar-se as modificações provocadas peja rádio nas pessoas que o escutam”. Observou também que as condições dessa escuta eram determinantes (cit. in Wolf, 1985:32). A forma como a informação da rádio participa da construção social da realidade passa pela resposta a estas questões» (Meditsch, 1999: 219).

WOLF, Mauro Teorias da Comunicação. Lisboa, Presença, 1987  

Mcluhan

«How and why, for example, does seeing a movie on television differ from seeing it in a motion Picture theater, how is reading the news different from hearing it on radio, and how is that in turn different from watching it on TV? In raising and attempting to answer such questions, McLuhan in the 1950s, 60s, and 70s developed an intricate  taxonomy of media and their effects, one which reached back to the origin of our species for comparisons » (Levinson, 1999: 1-2)

Tom Wolfe asked in 1965, “What if he is right?” Might McLuhan be “the most Important thinker since Newton, Darwin, Freud, Einstein, and Pavlov?” Although Wolfe surprisingly included Pavlov on that list, he was asking the right question. And the perspective of Digital McLuhan is that the answer is yes» (2)

 

Whatever the heat or coolness of radio and recordings, they could never warrant the level of involvement of telephone, for the plain reason that they are deaf to the voices of their listeners (unless, of course, someone calls a radio station on the phone – in which case, the addition of the phone makes radio interactive). And radio poses another problem for hot/ cool analysis. How is it that radio, a sound-only medium, can be hot, while television with its audiovisual presentation can be cool? (10)

 

«the Web has made of McLuhan’s proposition that the Xerox was turning ever author into a publisher. (…) The initial formulation of course had more than a dash of hyperbole.  (…) The question for gatekeeping in the digital age will be: with the Web removing the technological and economic recsons for the pre-sorting of information, will the public still100k to gatekeepers to provide an imprimatur of what is best to read, see, and hear, or will audiences seek out and ratify a more direct relationship wih creators? (11-12)

 

«The Internet, of course, is seen in a rear-view mirror par excellence. Its critics are prone to see it as a television screen; its devotees, including me, are inclined to see it as an improved kind of book. But the truth of the matter, yet to be fully determined, is that the Internet is and will be a combination and transformation of both books and other media such as telephone as well, and thus is something much more, much different from any prior media. The rear-view mirror cannot tell us what that is, but it can remind us not to get too mesmerized by reflections of the immediate past. The driver who looks only into the rear-view mirror, or even too often, and accords consequently short shrift to the road ahead and its new possibilities can quickly end up on the side of the road, or worse.»

 

QUEM OFERECE E QUEM PROCURA (wolton):

QUEM OFERECE E QUEM PROCURA:

«A televisão e, de forma genérica, a rádio e a imprensa remetem, como se viu, para uma lógica de oferta; os novos meios de comunicação social, para uma lógica de procura. Na realidade, as duas lógicas são complementares, algo que será mais evidente quando a actual relação de forças, um pouco ridícula, entre os antigos e os novos meios de comunicação social tiver perdido parte do seu vigor. Uma coisa é certa: não podemos falar de "progresso" ao descrever a transição entre as duas formas de comunicação; ambas são úteis e, com excepçao dos domínios para os quais cada uma está mais apta, rapidamente chegaremos à conclusão que a escolha entre elas depende da natureza dos serviços e das preferências dos indivíduos, sem que se instale qualquer hierarquia rígida nestas escolhas. Preferir o computador à televisão não dá prova de mais apurada "inteligência" ou de maior 'abertura de espírito". Ao invés, preferir a leitura do jornal ou ver televisão não constitui tão-pouco qualquer evidência de menor adaptação ou menor curiosidade por comparação com aquele que passa horas em frente do terminal de computador. Não há nenhuma hierarquia ao nível individual entre estas duas formas de comunicação, que, na realidade, dependem de suportes, de conteúdos e de preferências de uns e de outros, o que não quer dizer, obviamente, que sejam equivalentes do ponte ae vista da teoria da comunicação.» (2000, 74)

«O debate entre antigos e novos meios de comunicação social não está bem colocado. Apenas deslocando o seu centro de gravidade será possível escapar a essa autêntica guerra religiosa, nos termos da qual qualquer crítica dirigida às novas tecnologias e ao discurso fetichista que as acompanha implica que se seja conservador e adversário do progresso. (...) Há que sair do falso debate antigos vs. modernos; entre novos e velhos meios de comunicação social; entre progresso e conservadorismo... (...)» (2000: 109)

A definição de comunicação de massas

«Lo que llamamos comunicación social o de masas implica la mediación (no es directa), la unilateralidad (los papeles de emisor y receptor no son lntercambiales)y el carácter público y, relativamente, indiscriminado de los mensajes. De ahí el sentimiento de masificación o inmersión en el anonimato que tiene esta comunicación, y que es más patente cuando, correlativamente, parece que disminuyen o quedan marginados los espacios de relación/comunicación más próximos.» (Noriega, 1997:23) 

A rádio não é apenas ouvir

Há quem defenda que rádio é ouvir. Não temos essa visão tão simplista do meio, na medida em que rádio não é apenas ouvir; é certamente ouvir qualquer coisa (música, vozes, sons ambiente, efeitos sonoros, etc.) mas ouvir com determinadas características, e – é aqui que está a diferença de posicionamento – são essas características que fazem o meio rádio. Prata (2008: 48-49) por exemplo releva que «a ligação humana com o rádio hertziano se dá através do sentido da audição. Isto é, para escutar rádio é necessário apenas o sentido biológico de ouvir, nada mais do que isso». Rádio é muito mais: é – ainda que diminuto – o poder de ligar e desligar, de escolher entre a oferta disponível, de procurar os conteúdos que mais interessam, é valorizar uns em detrimento de outros. Rádio é numa relação com um conteúdo sonoro… que se ouve.

A rádio depois de Adorno deixou o ouvinte mais passivo

O que se pretende demonstrar é que a rádio, basicamente desde o seu aparecimento profissional, é a mesma; que, nos seus aspectos essenciais, permaneceu inalterada durante – basicamente – um século. E que a única mudança verdadeiramente estrutural foi a consolidação do consumo secundário, que tornou o ouvinte ainda mais passivo.

McLuhan, profeta da escuta secundária

Aliás, se há questão recorrente entre os que reflectiram historicamente sobre a essência da transmissão radiofónica é a das suas (alegadas) capacidades visuais.

 

Arnheim lembra, em 1936, que desde o princípio «torna-se uma grande tentação para o ouvinte ‘completar’ com sua própria imaginação o que está ‘faltando’ tão claramente na transmissão radiofónica» (Meditsch: 2005: 62), mas o mesmo autor lembra no seu «Elogio de la ceguera»[1] que:

 

«E, no entanto, nada lhe falta! Pois a essência do rádio consiste justamente em oferecer a totalidade somente por meio sonoro. Não no sentido exterior, de incompletude, segundo a visão naturalista, mas fornecendo a essência de um evento, uma ideia, uma representação. Todo o essencial está lá – e neste sentido um bom programa de rádio é completo. (…) As estátuas não precisam ser pintadas na cor da pele, e um programa de rádio também não precisa se fazer visível».  

 

Trinta anos depois, Marshall McLuhan fala na «linguagem do escuro» (Meditsch, 2005: 148) para reforçar a ideia de que a rádio «possui um manto de invisibilidade, com qualquer outro meio» (idem, 147). O autor canadiano considera mesmo que:

 

«Se sentamos e conversamos no escuro, as palavras de repente adquirem novos significados e texturas diferentes. Tornam-se mais ricas até do que a Arquitetura, que, segundo Le Corbusier, é melhor sentida à noite. Todas as qualidades gestuais que a página impressa elimina na linguagem retornam à linguagem no escuro – e no rádio» (idem, 148).

 

Mais tarde é Crisell que descreve a rádio como um «blind medium» (Crisell, 1994: 3), dizendo mesmo que é essa característica – interpretada como a possibilidade da rádio funcionar como meio secundário – que «(…) strikes everyone, broadcasters and listeners alike, as significant about radio (…)» (ibidem).

 

Finalmente Meditsch, que não considera «a imaginação visual do ouvinte como um componente permanente e necessário na linguagem do rádio»[2]. O mesmo autor pensa que «o rádio pode evocar imagens visuais no ouvinte, mas não só visuais. Nossa memória não é um arquivo de slides, guarda também olfatos, sabores, sensações táteis e melodias. Guarda principalmente nossa compreensão e nossas emoções a respeito dos fatos da vida. A linguagem do rádio evoca facilmente tudo isso»[3]. Meditsch seguirá a ideia de Cebrián Herreros (1994: 19): «La radio constituye un universo de referencias y evocaciones de imagenes, paisajes, sonoridades, sugerencias. La radio se hace imaginación con la voz, paisaje con la música, sonoridad con los efectos y sugerencia con el silencio». Nélia Del Bianco diz que a rádio produz «imagens auditivas» (Meditsch, 2005: 154).



[1] in Estética Radiofónica, Barcelona, Gutavo Gili, 1980

[2] Meditsch, Eduardo, «Sete meias-verdades e um lamentável engano”, 2005

[3] Ibidem

O poder do ouvinte

Dir-se-á que quer na rádio musical, com os discos pedidos pelos ouvintes, quer na rádio de palavra, com os espaços de “phone-in”[1], foi dado poder aos ouvintes. Mas esse é um poder mitigado, na medida em que apenas pode ser exercido nas horas e, muitas vezes, nos termos decididos pelo planeador – com ou sem filtros, gravado ou directo, sujeito a tema prévio ou não. Além do mais, esses são conteúdos absolutamente minoritários no contexto da rádio global. Até a ideia de que são os ouvintes que fazem (que têm o poder para fazer) os sucessos musicais é posta em causa se constatarmos que primeiro é decidido o “airplay”[2] desses temas e que a construção de um “hit” dependerá muito da insistência com que essa música será ouvida (ou seja, que a popularidade não é o que parece à primeira vista).



[1] Não se convencionou uma expressão em Portugal, mas pelo pioneirismo da aposta, são muitas vezes conhecidos como fóruns (em relação ao da TSF)

[2] O número de passagens, a que horas

Em resumo, depois de limpas as «gorduras» (as características que não são identificadoras), rádio pressupõe uma única e irrepetível emissão (para todos) sonora (de voz e/ou música) em contínuo (portanto não manipulável)[1]. Noutra formulação, um rígido «agenda setting» sonoro definido claramente por um ou mais «gatekeepers». Uma definição claramente funcionalista? Sim, porque a rádio – mantendo o ouvinte passivo – tem sido, como a generalidade da comunicação social, funcionalista. Mas qualquer que seja a formulação, o que nos parece ser claro é que não há uma única característica que defina o meio, antes a conjugação destes três elementos.



[1] Uma definição não muito distante desta que se encontrou na Economist: «(...) from broadcasting, which means sending a radio signal to an entire population in a particular geographic area at a particular time», Heard on the Street, 20/04/06 (http://www.economist.com/surveys/displaystory.cfm?story_id=6794210)

Mesmo os que aparentemente consideraram a importância do receptor, como Lazarsfeld, mais não fizeram do que, a partir dos estudos de hábitos e escolhas, reforçar o poder do emissor (o «gatekeeper»), que – com essa informação – passou a controlar melhor os efeitos pretendidos (de alguma forma, o «agenda setting»). Daí que Lang (1979: 86) fale em «great ingenuity», quando se refere aos objectivos de Lazarsfeld no seu «Radio Research Project».

Produto em vez de programas

não é possível dizer que na rádio especializada o animador/editor não tem qualquer margem de improviso para o realizar. Pode ter. Mas é certo que quer a rádio generalista quer a temática têm as grelhas de programação previamente definidas, a horas certas e rígidas (pela necessidade de criar habituação e atingir determinado público que se calcula estar a ouvir naquela altura[1]).



[1] Talvez por isso, Faus Belau considera, em 1973, que não faz mais sentido falar em programas mas em produtos (“produto sonoro radiofónico”)

O público quer que o mercado quer ou o mercado quer o que...

A indústria está convencida de que os públicos preferem uma programação mais especializada (em alguns casos, mesmo, monotemática – só música de um determinado estilo e de uma certa época), porque tiveram oportunidade de o demonstrar, escolhendo entre várias alternativas. Para isto muito contribuirá aquilo que Marti Martí designa por “la aparición de la juventud como clase social emergente” (Martinéz-Costa e Moreno Moreno, 2004: 33) e também o aparecimento de novos géneros musicais, como o «rock and roll»; no entanto não será irrelevante lembrar que “con frecuencia el mercado quiere lo que la emisora le adelanta”, diz Cebrián Herreros (2001: 175).

(...) A partir do momento em que, em cada país, mas sobretudo a partir dos Estados Unidos, a leitura das audiências se começa a fazer de uma forma sistematizada[1], percebe-se que há diferentes públicos e não “uma família” que se senta na sala à volta de um rádio. Os estudos de opinião também vão mostrar que esses públicos têm diferentes gostos e possibilidades de escuta (por horas e locais, por exemplo), sendo relevante a banalização do auto-rádio

Meneses 2007b, pag2

(pag3)O aparecimento da segmentação, devidamente assumido como tal (e da rádio moderna), está registado na Grã Bretanha, num documento da BBC, de 1969:

 

“A experiência, quer neste país quer no estrangeiro, sugere que muitos ouvintes esperam agora uma rádio baseada num princípio diferente – o da especialização, oferecendo programas de um determinado tipo em corrente contínua, à procura de interesses concretos” (Crisell, 1994:32).

 

 



[1] As medições começaram na década de 40 numa perspectiva nacional, sobretudo por iniciativa da Nielsen (embora já existissem outras empresas, como a C. E. Hooper Inc.). Só com a chegada da Arbitron, na década de 50, com as medições para a rádio local é que o actual sistema vingou (fonte: RadioRatings McLeod; consultado a 18/12/05)

Os OCS não gostam do contacto com o seus clientes

«(...) She wrote back to customer service explaining this, which they should have known already. They replied that they didn't know "when or if" Chopra was returning, even though who will possibly know if "customer service" doesn't? And wouldn't it be terribly easy for them to find out?

After a week of emails, she still doesn't know about the fate of one of her favorite shows.

And Sirius doesn't know what she listens to or why she listens and keeps buying new subs.

Is this "customer service"?»

dependência entre as indústrias culturais

«Veículo das indústrias culturais, a rádio é hoje meio e instrumento, sem que, na generalidade dos casos, se consigam definir as tradicionais funções de formação, informação e entretenimento que caracterizam a comunicação radiofónica. Como nos restantes sectores da comunicação social, estabeleceu-se uma relação mútua de dependência entre as indústrias culturais, destacando-se a ligação entre a música e a rádio» (Paula Cordeiro, tese de doutoramento, pág. 51)

a rádio tem efeitos mágicos???

«O rádio, segundo McLuhan (1964:337), afeta as pessoas como que pessoalmente, oferecendo um mundo de comunicação não expressa entre o escritor-locutor e o ouvinte. Este é o aspecto mais imediato do rádio, uma experiência particular. As profundidades subliminares do rádio estão carregadas daqueles ecos ressoantes das trombetas tribais e dos tambores antigos. Isto é inerente à própria natureza deste meio, com seu poder de transformar a psique e a sociedade numa única câmara de eco.

 

O autor cita o pensamento de Platão, para quem o tamanho certo de uma cidade era indicado pelo número de pessoas ao alcance da voz de um orador. Segundo ele, até o livro impresso, para não falar do rádio, torna irrelevantes, para efeitos práticos, as pressuposições políticas de Platão. Mas o rádio, dada a sua facilidade de relações íntimas e descentralizadoras, tanto ao nível pessoal como ao de pequenas comunidades, poderia facilmente realizar o sonho político de Platão numa escala mundial.

Além da radiofonia, a evolução tecnológica do rádio, associada aos diferentes contextos, deve ser considerada. O que viria a ser o rádio, no início do século XX, é apenas uma experiência de transmissão de sinais à distância. Trata-se muito mais de uma resposta da tecnologia e dos estudos científicos da época do que o meio em si.O mundo passa por significativas mudanças, em grande velocidade, especialmente sob o aspecto tecnológico. É o período da revolução Científico-Tecnológica. As pessoas migram para diferentes países, deixam o campo e passam a residir nas cidades. A necessidade é por uma tecnologia capaz de proporcionar-lhes comunicação.

Esta resposta de transmissão à distância evidencia também o primeiro conflito mundial, do qual resultou como fracasso, a dificuldade de comunicação. Invenções básicas e necessidade de uso chegam ao momento em que a sociedade encontra uma utilização para o rádio, que se transforma em meio de massa. Este pode ser considerado um período com grandes repercussões. O rádio responde como meio de massa a uma busca da sociedade, ansiosa por informação, entretenimento e também uma ambição dos governos em chegar às populações com maior facilidade.

As propostas dos autores da época, a exemplo de Brecht(1984), demonstram os efeitos que o rádio é capaz de suscitar. Causa fascínio também pela possibilidade de transmissão da música e da voz humana. Não é mais uma voz que vem de dentro, da consciência, no pensamento da filosofia, conforme registram alguns autores, mas uma voz que vem de fora e acompanha o ouvinte por todas as partes»

Cunha, 2006: 2-3

 

O FM educacional

«(...) the number of licensed radio stations has continued to creep up. It grew to 13,977 as of Dec. 31, 2007; that compares to 13,837 stations at the end of the year before. Breaking it down, there are 4,776 AMs, 6,309 FMs and 2,892 educational FMs, which the FCC lists separately. (...) there are 22 more AMs in the United States than one year ago, 43 more FMs and 75 more FM educationals.

More interestingly, how do these latest figures compare to 10 years ago? The numbers tell a 10-year story: no growth in AM signals, but boom times for FM educationals, translators and boosters. Total stations in 1997 would have been described as “above 12,000.” As of December of that year, according to FCC statistics we compared, there were 4,762 AMs — virtually no net change in AM station count from today (and down from 4,804 at the end of 2002; AMs were just shy of 5,000 in 1990). There were about 5,540 FMs 10 years ago, so that category is up about 14% in the decade since; and there were only about 1,900 FM educationals, a number that grew 50% in the subsequent decade.»

fonte: «Number of Licensed Radio Stations Grows Radioworldnewsbites 21,03,08

Tentativas para fugir à rádio consolidada

Los 80 supusieron un cambio importante, sobre todo para la radiodifusión europea. Hacía ya años que algunos movimientos sociales, principalmente en países como Italia, habían reivindicado la radio como medio de expresión libre al servicio de la comunicación y el debate social. Para ellos, los grandes medios públicos eran incapaces de reflejar en sus programaciones las nuevas demandas y además eran poco permeables a la participación activa de grupos, la mayoría de los cuales se movían al margen del sistema político imperante. La mayoría de gobiernos nacionales se enfrentaron directamente con estas reivindicaciones y persiguieron las experiencias de emisión en FM llevadas a cabo a pesar del férreo sistema de control. Pese a todas las prohibiciones, la liberalización del espectro fue inevitable y la denominada desregulación dio paso a la radio privada, comercial o comunitaria".

(Marti Marti apud Martinéz-Costa e Moreno Moreno, 2004: 26)

Uma maneira perfeita de definir a rádio

Radio has listeners - lots of them. Lots of relationships between consumers and advertisers mediated by a radio station»

RAMSEY, Mark, «When your radio station's website doesn't matter», Hear2.0, 08/07/08 [http://www.hear2.com/2008/07/when-your-radio.html]

A participação

«In addition to providing absolute anonymity for the audience, traditional broadcasting has another striking feature: It does not encourage audience participation. Since the listeners have no means of staying in direct contact with the providers, editorial content was created without their contribution» (Nyre e Ala-Fossi, 2008: 42)