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Transistor kills the radio star?

3.2 Downloads

iTunes já é asegunda loja de musica dos EUA

«For the first time last year, nearly half of all teenagers bought no compact discs, a dramatic increase from 2006, when 38% of teens shunned such purchases, according to a new report released Tuesday. The illegal sharing of music online continued to soar in 2007, but there was one sign of hope that legal downloading was picking up steam. In the last year, Apple Inc.'s iTunes store, which sells only digital downloads, jumped ahead of Best Buy Co. to become the No. 2 U.S. music seller, trailing Wal-Mart Stores Inc.

That could be hopeful news for the music industry, which has been scrambling in recent years to replace its rapidly disappearing CD sales with music sold online. The number of CDs sold in the U.S. fell 19% in 2007 from the previous year while sales of digital songs jumped 45%, Nielsen SoundScan said. (...) Two years ago, teenagers accounted for 15% of CD sales. In 2007, the figure was 10%»fonte: «More teenagers ignoring CDs, report says», LA Times, By Michelle Quinn and Andrea Chang, Los Angeles Times Staff Writers
February 27, 2008



 

A «cauda longa» aplicada à indústria discográfica

«O que levou uma geração dos melhores clientes desta indústria - fãs adolescentes e na casa dos 20 anos - a abandonar as lojas de discos? A resposta da indústria diz que isso se deve simplesmente à "pirataria": os efeitos combinados do Napster e de outros sistemas de partilha de ficheiros on line, bem como as cópias e trocas de CD, deram origem a uma economia subterrânea de qualquer canção, a qualquer momento, gratuita. E há algo que conduz a isso. Apesar dos inúmeros processos judiciais intentados pela indústria de discos, o tráfego nas redes de partilha de ficheiros ("P2P" - peer-to-peer) continuou a crescer, com cerca de dez milhões de utilizadores a partilharem diariamente ficheiros de música nos tempos que correm. Mas ao mesmo tempo que a tecnologia estava, de facto, por detrás da fuga do cliente, permitiu que os fãs contornassem a caixa registadora, e não só. Ofereceu também uma escolha maciça e sem precedentes no que diz respeito ao que podiam ouvir. Em média, as redes de partilha de ficheiros têm mais música disponível do que qualquer loja. Ao ser-lhes dada essa escolha, os fãs de música aproveitaram-na.» (Anderson, 2007: 34)

Mais uma tentativa de cobrar por um podcast

«I have seen the future of radio - and its name is Danny Baker. The BBC London presenter, former Radio 1 DJ and one-time saviour of the TV chatshow has his own daily podcast - and hundreds of thousands of people are downloading it, writes John Plunkett. It's called the All Day Breakfast and you can find more about it here. Who needs the BBC or commercial radio when you can stick your own show on the web? No-one. In a conference hall packed with industry executives who rely on talent to pull in the listeners, you can almost taste the fear. No wonder Baker joked on his show that the podcast was the "noose around the neck of radio that would pull it slowly to its death". Baker says he was only joking. The interesting thing is that Baker records his daily podcast while still presenting a show for BBC London. What does the BBC think of it? Baker puts his fingers in his ears and starts humming. I think he means they ignore it. "I have been told as long as you are not charging for it, it's not a problem," said Baker. But the problem is he is going to start charging for it - around £2 a week. 270,000 listeners at £2 a pop? Wow. Big money. It's almost as much as Jonathan Ross gets. "They have said we would have a problem when you start charging for it but that's okay because I'll have a problem when I start charging for it as well - why would I want to go to work?" And it's not only Baker who is going it alone. Paul Myers, chief executive of podcast download company wippit.com, which hosts the All Day Breakfast Show, says Baker is the first of a "long queue of presenters who are leaving traditional radio to go and do their own thing". "The technology is there and the means of distribution is there. Now you can do your own thing, you can do it legally and you can build a fanbase [worldwide]".  I can feel the fear building in the room once again, and a whole heap of admiration (sprinkled with envy) for what Baker has done. (...)»

fonte: «Radio Festival - live from Cambridge», Guardian Unlimited,

Peter Gabriel e o futuro da música: grátis e com publicidade

«Parece que a moda pegou. Depois do SpiralFrog e do Qtrax é agora a vez de Peter Gabriel lançar o We7, outro serviço de música online baseado em publicidade que oferece downloads gratuitos de ficheiros MP3 sem DRM (via The Register). Cada faixa irá incluir no início um anúncio com a duração de 10 ou menos segundos, sendo o lucro gerado distribuído entre os artistas. As músicas deverão ter um bit rate de 192 Kbps. Os anunciantes deverão pagar entre 0,30 a 0,60 libras (44 a 88 cêntimos de euro, respectivamente) e o utilizador pode ver-se livre do anúncio depois de entre três a cinco audições - se bem que no site apenas se mencione que existe a possibilidade de remover a mensagem publicitária quatro semanas depois de se ter escutado a faixa pela primeira vez; não se sabe é se se terá que pagar alguma coisa em troca…»

fonte: «We7 de Peter Gabriel oferece música com publicidade », Remixtures.com, 01/05/07

Música na net sem protecção

«NEW YORK (Reuters) - Apple and EMI will reveal a ground-breaking deal on Monday for Apple to sell the music label's songs free from copy protection limits, the Wall Street Journal reported on Sunday. The report said music giant EMI plans to sell "significant amounts" of its catalogue without anti-piracy »

fonte: «Apple and EMI in copy protection deal», Reuters, Mon Apr 2, 2007 12:56PM BST, Yinka Adegoke

Um guia sobre o DRM

Várias questões abordadas neste texto («A random guide to DRM»); alguns excertos:

«Remember when you used to play deejay with your first radio-cassette player and produce tapes to impress your girlfriend? The music industry does and has expressed concern about the potential for high quality ripping from DAB. Record executives believe it could pose a serious threat to their core business. Most broadcasters address this problem through the desynchronization of the most relevant metadata (i.e. artists' names and song titles). And as all budding teenage deejays know, radio stations still cross-fade songs for the same reason. The music industry has called for more stringent safeguards. »

«A survey by Jupiter Research has found that that more than 60 per cent of European music executives believe that abolishing copy control software would make more people buy the tracks. A study published in the Journal of Political Economy suggests that illegal music downloads have had no noticeable effects on the sale of music.»

As vendas de música digital continuam a subir

«Sales of digitally distributed music rose about 80 percent worldwide in 2006 but failed to make up for falling sales of compact discs, a trade group said Wednesday. The record industry generated nearly $2 billion in revenue from online and mobile device sales last year, up from $1.1 billion in 2005, according to the International Federation of the Phonographic Industry. But the pace of growth slowed from 2005, when digital sales tripled. John Kennedy, chief executive of the group, which is based in London, stuck with a previous forecast that digital sales would make up 25 percent of the industry’s revenue by 2010. But his prediction a year ago that digital sales would cover the decline in CD sales in 2006 fell slightly short. Overall music revenue probably declined by about 3 percent last year, he said. “This is a market combining evolution and revolution, where the learning curve is changing direction on a regular basis,” Mr. Kennedy said»

fonte: New York Times online, «Digital Music Up 80% but Shy of Lost Revenue», ERIC PFANNER, January 18, 2007

OU: «Vendas de música digital sobem 89%»

Música digital conta para o top de vendas na GB

«A partir de manhã, qualquer canção descarregada legalmente da Internet pode chegar ao primeiro lugar do top britânico de singles. Até agora, apenas canções vendidas fisicamente em CD nas lojas podiam aceder ao top - os downloads estavam incluídos mas até uma semana antes de o CD chegar ao mercado e, sem limite, duas semanas depois de o mesmo CD desaparecer das lojas. Com esta mudança no top britânico, criado há 54 anos, amanhã pode aparecer no primeiro lugar qualquer canção que tenha sido vendida nas lojas ou online. Segundo a empresa Official UK Charts Company (OCC), esta novidade vai reflectir melhor que música estão os britânicos a comprar, o que quer também dizer, segundo a OCC, que canções antigas, canções de artistas desconhecidos ou canções não publicadas em álbuns podem chegar ao top. "Literalmente, qualquer canção pode ser um sucesso - desde que venda o suficiente", diz Steve Redmond, director da OCC. Crazy, de Gnarls Barkley, fez história em 2006, quando se tornou a primeira canção a chegar a número um no Reino Unido graças apenas às vendas digitais.»

fonte: «"Downloads" forçam mudanças no top britânico», Público, 6/01/07

Notícias do mercado digital (Out 06)

«Um estudo da Federação Internacional da Indústria Fonográfica diz que, apesar das descidas globais da venda de música, as de formato digital aumentaram 106 por cento no primeiro semestre de 2006. Ao mesmo tempo, as vendas de CD desceram 10 por cento. (…) o estudo traz boas notícias: a loja da Apple vendeu 200 milhões de canções na Europa em Agosto, muito mais dos que os 70 milhões vendidos em Setembro de 2005.»

 

Fonte: «Mercado digital subiu 106%» Público, JGH, 15/10/06

A ameaça não é o download?

«(...) um em cada quatro CD vendidos no mundo o ano passado é ilegal. Isso corresponde, diz a FIIF (Federação Internacional da Indústria Fonográfica] a 37 por cento das vendas de 205. O relatório apresentado ontem refere ainda que foram feitos 20 mil milhões de downloads ilegais na Internet em 2005 e que em 30 países a venda de CD ilegais ultrapassou os CD legais. Rússia, Brasil, China, Indonésia, México e Espanha são os mercados mais preocupantes»

fonte: «Um em cada quatro CD vendidos em 2005 é ilegal», Publico, 28/7/06 (Cultura)

Kazaa legaliza-se e dá uma ajuda ao negócio digital

«Serviço P2P anuncia acordo de US$ 100 milhões com indústrias fonográfica e cinematográfica para comercializar conteúdo legal.

Em um dramático desfecho para uma batalha legal entre o software de compartilhamento P2P Kazaa e a indústria fonográfica, a Sharman Networks, desenvolvedora do aplicativo, revelou nesta quinta-feira (27/07) que fechou acordos em dois processos que sofria.

O Kazaa afirmou que não revelaria o tamanho do acordo com a Federação Internacional da indústria Fonográfica, grupo que representa a indústria de gravação, classificou a quantia como "substancial". Segundo a agência Reuters, a soma chega a 100 milhões de dólares.

Como parte do acordo, o Kazaa disse que implantaria novamente suas tecnologias de filtragem que impediram que usuários usassem seu software para compartilhar conteúdo cujos direitos autorais eram protegidos.

A Sharman e a indústria cinematográfica também disseram que trabalhariam juntas para desenvolver um modelo legal de distribuição de músicas e filmes.

O acordo põe um fim às batalhas legais nos Estados Unidos e na Austrália iniciadas por grandes gravadoras, incluindo Universal Music, Sony BMG e EMI, em uma tentativa de parar as infrações de patente dentro da rede de compartilhamento Kazaa. As ações legais foram iniciadas contra a Sharman Networks, responsável pelo software.»

fonte: IDG Now, Kazaa fecha acordo com indústria fonográfica para se legalizar, Nancy Gohring, 27 de julho de 2006 às 10h28

«França aprova lei que obriga iTunes...»

«O Senado francês votou favoravelmente uma proposta do Governo que vai forçar os vários distribuidores de música online por download a partilhar entre si os seus sistemas de protecção de copyright, que já havia sido aprovada pelo Parlamento em Março. A Apple, Sony e Microsoft poderão, assim, ser obrigadas a adaptar os seus ficheiros a um modelo "universal", compatível com qualquer leitor de ficheiros digitais. O texto final desta lei deixa espaço para os artistas assinarem separadamente acordos com as diferentes lojas distribuidoras, permitindo-lhes restringir o acesso à sua música aos sistemas em que a quiserem ter para venda ao público.

Segundo defensores deste texto, a lei foi criada não só para deter a pirataria, como para garantir que o explosivamente crescente mercado da música por download não ficasse dominado por uma única companhia. Esta lei promoverá a criação de uma autoridade independente que decidirá em que casos se verifica a "inoperabilidade" entre sistemas que forçará as autoridades a agir. O texto acrescenta ainda novas molduras penais contra actos de pirataria, nomeadamente a aplicação de multas de milhares de euros e penas de prisão.»

fonte: «França aprova lei que obriga i Tunes a partilhar sistemas de codificação», Nuno Galopim, 2/7/06

As lojas de discos passam a ser virtuais?

Não demorará muito tempo até que toda a música seja virtual e que os formatos fisicos sejam para revivalismo. Isto significa uma revolução a muitos níveis - por exemplo, o que acontecerá às lojas de discos?

A FNAC, em França, já vende downloads. E agora é a Tower Records:

«Tower Records will soon deliver a digital download store, according to early information received by Digital Music News. The store is officially slated for launch on Tuesday, though a sneak peek can be found at tower.com/digital. The store will carry a catalog of 1.2 million tracks, all encoded in a higher bitrate of 192 kbps. That edges the compression level of 128 kbps found on competing stores like iTunes, which sometimes draws complaints from audiophiles. And unlike iTunes, Tower Records Digital will be web-based, and optimized for the IE browser. That approach is decidedly low-tech, but will allow Tower to mimic a "standard e-commerce site," according to the company.»

fonte: «Tower Records Prepares Digital Download Destination», Digital Music News, 23/6/06

Contra o descarregamento ilegal - decisão histórica

Um tribunal da Holanda ordenou o encerramento da página Zoekmp3 porque esta publicita páginas onde é possivel fazer descarregamentos ilegais.

É a terceira vez que isto acontece: «The decision is the latest judgment against "deep link" sites offering unauthorized links to copyrighted music. Similar websites recently were deemed illegal in Australia and China

Música ilegal a diminuir; descarregamentos legais aumentam

«Nearly a year after the Supreme Court issued a landmark ruling against online music file-sharing services, the CEO of the Recording Industry Association of America says unauthorized song swapping has been "contained."

"The problem has not been eliminated," says association CEO Mitch Bainwol. "But we believe digital downloads have emerged into a growing, thriving business, and file-trading is flat."

That's an optimistic view from an industry that saw its numbers slide to near oblivion after the launch of the original Napster in 1999. CD sales fell as much as 30%, and the RIAA pressed Congress and the courts for relief against what it said was rampant piracy.»

fonte: RIAA chief says illegal song-sharing 'contained', Jefferson Graham, USA TODAY, 12/6/06, http://www.usatoday.com/tech/products/services/2006-06-12-riaa_x.htm?csp=34

A realidade confusa dos downloads em França

«I can download digital songs from one company, but I can't play them on another company's machine? My hard drive with all my music files crashed, and I can't transfer the songs from my handheld into a new computer? Oui and oui again. The legal and technical issues of protecting music copyrights are so complex, Paitre said, that many music lovers "feel stuck in the middle" and eventually are forced into the business of trying to foil the protections on their own.»

fonte: «Loading the iPod With Egalitarianism French Bills Have Firms Singing Blues», By John Ward Anderson, Washington Post Foreign Service
Friday, May 26, 2006; A16

«Ninguém pode parar o futuro»

O Público de hoje conta a história de um artista chamado  Danger Mouse (Brian Burton), o primeiro a atingir o top de vendas inglês apenas com descarregamentos na internet.

Três excertos:

«Se existe uma personalidade que simbolize as transformações da indústria da música esse alguém é o americano Danger Mouse. No início de 2004 resolveu criar um disco que resultaria da junção entre os elementos vocais do The Black Album do rapper americano Jay-Z e partes instrumentais do The White Album dos Beatles. Chamou-lhe The Grey Album, mas quando se preparava para o editar a EMI ameaçou-o com um processo, não só porque estava em causa a obra dos Beatles, mas também porque o braço-de-ferro entre a indústria e todos os que adoptavam formas de criação e difusão diferentes das que pratica estava no auge»;

«Se Brian Burton apenas queria que a música chegasse ao público consegui-o. Milhões fizeram-no, transformando The Grey Album no primeiro longa-duração a ser objecto de um movimento de massas na Internet. O sucesso assustou-o - "houve uma altura em que pensei que a minha carreira terminara", dizia nessa altura -, mas afinal o efeito foi outro. O cantor dos Blur e mentor do projecto Gorillaz, Damon Albarn, convidou-o para se juntar a este projecto. São dele as bases instrumentais do último álbum dos Gorillaz, o muito bem sucedido Demon Days»

«Lançado pela multinacional Warner, o single Crazy tornou-se no primeiro disco da história a chegar ao primeiro lugar do top inglês, antes de chegar às lojas no formato físico, apenas pelo número de vendas digitais - cerca de 31 mil descarregamentos numa semana. De acordo com os dados revelados ontem pela indústria britânica, Crazy continua a liderar o top pela segunda semana consecutiva.
Mais uma vez, a curta história de Danger Mouse confunde-se com as transformações profundas que estão a ocorrer na indústria da música. Em declarações à imprensa, proferidas no final da semana passada, disse-se "surpreso" com o sucesso do single Crazy, um pedaço de soul psicadélica retro, mas não com o facto de terem alcançado o primeiro lugar apenas através de descarregamentos: "Quando me vi envolvido no episódio do Grey Album percebi que ninguém pode parar o futuro", disse simplesmente. O álbum St. Elsewhere dos Gnarls Barkley é colocado à venda nas lojas a 9 de Maio».

fonte:  Vítor Balenciano, Público, «Danger Mousa faz história na era digital», 17/4/06
 

Um top na GB c om vendas físicas e virtuais

«O novo álbum de Morrissey, Ringleader Of The Tormentors, foi eleito, este domingo, como o primeiro número um da nova tabela de vendas de álbuns do Reino Unido, contagem híbrida que agora soma os números do mercado físico tradicional com os downloads de álbuns na íntegra através de lojas digitais. Esta nova tabela, que reflecte mais fielmente o comportamento actual de um dos maiores mercados mundiais de música, surge quase um ano depois de semelhante lógica híbrida ter sido aplicada à lista que traduz, semanalmente, as vendas de singles no Reino Unido.

Há, todavia, diferenças substanciais entre o comportamento dos compradores de música digital e os que ainda aderem ao formato tradicional. Pela Internet vendem-se mais singles e faixas avulso que álbuns na íntegra. Segundo revelou a Official UK Charts Company (OCC) na semana passada, apenas um em cada 50 álbuns editados está à venda para download. Todavia, apesar do menor volume de oferta, as vendas de álbuns por donwload foram já consideradas pelos ingleses como capazes de números significativos e suficientemente robustos para permitirem a sua integração na tabela oficial principal. O director da OCC afirma até que "o número de downloads digitais de álbuns tende a crescer".»

fonte: «Álbuns já têm um 'top' misto», DN, Nuno Galopim, 11/4/06

Inédito: uma música que só existe on-line atingiu o nº 1 do top (GB)

via Ponto Media:

«The chart landmark comes less than a year after download sales were first counted towards the top 40. Before that, the singles scene looked rather gloomy - sales had dropped from 80 million in the late 1990s to little more than 20 million in 2005. But then came the legal download services, led by Apple's iTunes, which launched in the UK in June 2004. (...) So instead of going to a record shop to hand over £2-4 for their favourite song, fans could instead pay 79p from the comfort of their own homes. (...)More than 26 million songs were downloaded legally in the UK in 2005 - up from virtually zero two years earlier. And downloads now account for about three quarters of all singles sold. (...) A recent rule change means digital sales start counting towards the chart the week before the CD release. But Gnarls Barkley's song was first made available to download on 13 March, meaning there were two extra weeks when thousands of fans were legitimately buying the song - but it was not appearing in the chart».

(ACT) Um ataque ao iTunes

Excertos de um artigo muito bem informado de João Pedro Pereira, no Público de hoje («iTunes pode vir a ser ilegal em França», pág. 25):

«a França pode tornar-se o primeiro país a forçar a compatibilidade de formatos na área da música digital. De acordo com o Ministério da Cultura francês, o Governo vai ainda tentar que seja posta em prática regulamentação semelhante ao nível europeu»

«A loja on-line do iTunes disponibiliza ficheiros que apenas podem ser lidos nos leitores de música digital da popular gama iPod ou em computadores com o software iTunes ou Quicktime instalado. Ambos os programas são da Apple, embora estejam disponíveis gratuitamente, nomeadamente para o sistema operativo Windows, da rival Microsoft.
Mais recentemente, uma parceria com a Motorola veio também permitir que alguns telemóveis desta marca pudessem ler as canções protegidas pelo formato da Apple.»

«A proposta de lei vai ainda contra as restrições actuais dos iPod, que não são compatíveis com muitos formatos de música vendidos pela concorrência. A Apple poderá ter que fazer com que os franceses que compraram estes leitores sejam capazes de os usar para ouvir música vendida por outras companhias.
Muitos analistas defendem que as restrições do iTunes e do iPod, bem como a interacção entre ambos, estão na base do sucesso da empresa neste sector. A aprovação da lei poderá significar o fim da loja iTunes naquele país, mas a Apple ainda não comentou a situação.
Também a Microsoft, que actualmente tem cerca de 15 por cento do mercado de música on-line, será afectada pela medida, uma vez que usa um sistema semelhante de protecção. Os ficheiros descarregados a partir da loja MSN Music estão num formato que apenas pode ser lido pelo Windows Media Player, um programa que já vem incorporado no Windows»

ACT a 24/3: «O arlamento francês votou favoravelmente uma proposta do Governo que deverá forçar os vários distribuidores de música online por download a partilhar entre si os seus sistemas de protecção de copyright. A Apple, Sony e Microsoft serão, assim, obrigadas a adaptar os seus ficheiros a um modelo "universal", compatível com qualquer leitor de ficheiros digitais.

A medida, no entanto, é vista como uma posição de força do Governo francês contra a Apple (e a sua loja iTunes e leitores iPod), que detém uma posição maioritária neste sector, com 70% do mercado. O projecto de lei francês sobe agora ao Senado para aprovação e só depois será lei, impedindo que as tecnologias de protecção destes ficheiros bloqueiem o funcionamento entre sistemas diferentes. A ser aprovada, a lei forçará a Apple a tornar os seus ficheiros musicais compatíveis ou a ter de encerrar a loja iTunes em França
».