A «cauda longa» aplicada à indústria discográfica
«O que levou uma geração dos melhores clientes desta indústria - fãs adolescentes e na casa dos 20 anos - a abandonar as lojas de discos? A resposta da indústria diz que isso se deve simplesmente à "pirataria": os efeitos combinados do Napster e de outros sistemas de partilha de ficheiros on line, bem como as cópias e trocas de CD, deram origem a uma economia subterrânea de qualquer canção, a qualquer momento, gratuita. E há algo que conduz a isso. Apesar dos inúmeros processos judiciais intentados pela indústria de discos, o tráfego nas redes de partilha de ficheiros ("P2P" - peer-to-peer) continuou a crescer, com cerca de dez milhões de utilizadores a partilharem diariamente ficheiros de música nos tempos que correm. Mas ao mesmo tempo que a tecnologia estava, de facto, por detrás da fuga do cliente, permitiu que os fãs contornassem a caixa registadora, e não só. Ofereceu também uma escolha maciça e sem precedentes no que diz respeito ao que podiam ouvir. Em média, as redes de partilha de ficheiros têm mais música disponível do que qualquer loja. Ao ser-lhes dada essa escolha, os fãs de música aproveitaram-na.» (Anderson, 2007: 34)
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