Blogia
Transistor kills the radio star?

8.1 A rádio de palavra

Oferta de programas on demand (o futuro)

«CelleCast announced this week it has added five new programs to its network of on-demand talk radio programming including: Todd Feinburg Show, Nick Federoff on Gardening, Things Green Garden Minute, and science programs Earth and Sky and Clear Voices for Science.

The service already carries well-known hosts like Dr. Laura, Lou Dobbs, Jon Elliot and Dave Graveline.

Cell Phone users can start with CelleCast’s "Free and Easy" plan which requires registration but no fees. For more features, users can also upgrade to the service’s "Power Plan" for $9.95/month.

You can also listen to programming online at www.cellecast.com. CelleCast was launched in November, 2007. (Corey Deitz)

«Are you a talk radio junkie? If you sometimes find yourself away from a radio you can still grab some programming on your cell phone with CelleCast. (...) CelleCast also recently introduced "CelleGrams" which allow listeners to bookmark and send audio clips from their cell phone to someone else who might be interested.»

«How To Listen to a CelleCast

Cellecasting is the easiest way to access and listen to News, Talk and a growing list of new programs. You can listen right here on the web, and you can listen and interact by just calling up a show on your home, mobile or office phone. Just dial and enjoy.


Use CelleCast From Your Phone

  1. Dial CelleCast’s universal access number (360-335-6000) or a phone number for a specific show.
  2. Follow the prompts to listen, with complete control to fast forward, pause, rewind or interact with hosts.Use CelleCast From the Web
  3. Find a program you want to hear under the "BROWSE PROGRAMS" menu
  4. Click "LISTEN NOW" from any screen to hear the program
  5. When logged in, programs can be saved to your playlist for automatic play next time you call

«The premise is simple. Listeners are empowered to listen to their favorite radio programs with any phone, at any time, from anywhere. Using CelleCast is as easy as dialing a phone number. No downloads required, no extra equipment to buy. A phone and the ability to dial is all it takes

Algumas questões que ainda não consegui perceber, porque o site não explica:

- os programas são emitidos em directo? com ouvintes?

- passam primeiro na rádio e depois neste operador? são simulcasting com a rádio?

O programa da dra Laura é emitido «Live links work only between Noon and 3:00pm PST» If there are no stations near you, Dr. Laura can be heard on XM Radio, via your cellphone through Cellecast, or through StreamLink: Ou seja, passa primeiro na rádio e depois é disponibilizado no cellecast, onde tambem pode ser ouvido em directo ou apenas depois, gravado? 

Reduzir os tempos será solução?

«When public radio has to consider making its programs shorter because young listeners won’t listen, we officially have a documented attention span problem. (...) Break the programming down into smaller chunks. That is, one hour of music is fine if you’re in the mood to listen for an hour. You’ll rarely find a young person doing that. In the past radio worked well with block programming -- variable length shows at different times. Growing up I remember "the adults" listening to WOR, New York that had, say, a 15-minute newscast, then a 45-minute program with the legendary Jean Sheppard. There was a different standard for program length. You just had to stay tuned. Maybe it’s a 45-minute show. Maybe a 55-minute program on health. The all-night show tended to be one long block figuring that the station was providing company for night owls. Back to the future. Even a top 40 station can break into a five song countdown anywhere on its clock -- say, featuring the five newest releases in the genre.»

 The Attention Span Problem  Inside Music media, 6/05/08 

Pagar?

«Simon Waldman, Guardian director of digital publishing, says: “Over the last year there has been a wave of spectacular growth in online advertising. Charging for content is less of a critical success factor than two or three years ago. This really is an advertising market now.”» (BLACKHURST, 2006: 55 

Um relato de futebol nunca mais será o mesmo?

A rádio deixará de ser um fluxo contínuo de programas, mas uma oferta de determinados programas (produtos) a partir de um menu? Por exemplo, um jogo de futebol. Há alternativa ao modelo de comercialização baseado em «spots»? A publicidade visual poderá substituir a publicidade áudio (mais intrusiva)?

O relato pela rádio pode convergir com a transmissão televisiva? Para os que não podem/querem ver a imagem (televisão, telemovel), o relato pode convergir com alguns momentos-chave, e ver (no telemovel, no computador) as principais repetições - sugeridas/conduzidas pelo proprio relato? 

Há espaço para meios generalistas?

«É imperativo recordar incessantemente a importância de uma oferta de qualidade por parte dos meios de comunicação generalistas. O progresse não se situa em exlusivo do lado da lógica da procura em operação nas novas tecnologias. A lógica da oferta é um verdadeiro desafio, não de natureza técnica mas cultural, por consistir - e reencontramos aqui o desígnio do conceito de grande público - em oferecer ao numero uma gama de produtos de comunicação o mais lata possivel» (wolton, 2000: 178)

há espaço para o um para muitos?

O espaço para a rádio de comunidade (um exemplo)

It is not quite Oprah Winfrey's book club, but if you happen to live in the small Yorkshire town of Wetherby and you want advice on the latest hot books, the local librarian has a 20-minute slot on Tempo FM, the town's community radio station, telling you what is new on the shelves, and what the week's most borrowed books are. (...) that is the joy of community radio: when your potential audience is so small there has to be something for every pair of ears. "We do all the things local radio used to do," says Preedy. "We give out details of lost pets, we publicise coffee mornings and the police come in once a week and talk about crimes in the area." The annual budget for all this is around £5,000, says Preedy, which for their BBC rivals would barely cover focus groups.  Tempo FM's research is less scientific, he admits. "I get stopped in the street by people and end up pumping them for their opinions." There are no Rajar figures for the station, but Bob says it is on in all the cafes and shops in Wetherby, which justifies the £2 for a 20-second commercial slot that local butchers and bakers pay.» (Radio that listens to its audience, Guardian, 4/08/08)

A rádio de palavra não é tão atingida nem tão beneficiada com a digitali

Defendemos que não será este o sector dos media e das indústrias da cultura que melhor representará um exemplo de globalização mediática, pelas características eminentemente locais que o discurso da rádio mantém. Apesar de existirem grupos de rádio que operam em diferentes países e que têm grande peso e influência no sector, da mesma forma que grupos transnacionais multimédia detêm participações na rádio, não é este o sector que apresenta maior potencial de internacionalização. Paradoxalmente, foi esta a primeira actividade mediática a expandir a sua comunicação além fronteiras e a acrescentar, através de Onda Curta e da Internet, uma presença verdadeiramente global. Ao contrário, parece-nos que a indústria da música tem um carácter global, decorrente da natureza universal da sua linguagem, apropriada mesmo quando as letras das canções são incompreensíveis face à barreira da língua» (Paula Cordeiro, tese, 82)

quando falarmos da rádio de palavra, a interactividade plena é utópica

Sobre a rádio de palavra (vários)

mais ouvida dos EUA

September 19, 2005

(via Obercom)
“(…) Em termos de conteúdos, é de destacar nos últimos anos um aumento das audiências dos programas de tipo informativo, devido ao boom de informação que se seguiu ao 11 de Setembro e ao crescente interesse que este evento proporcionou na actualidade. Também o número de ouvintes de música urbana e hispânica aumentou consideravelmente, passando as suas respectivas quotas de mercado de 8% para 10,1%, e de 6,9% para 9,6%.

Audição de Rádio por Género Musical – 4º Tri. 2000
Género Audição de Rádio (%)
Informação 16,9
Contemporânea 15,3
Êxitos Contemporâneos 11,4
Country 9
Rock 9
Êxitos Antigos 8,1
Urbana 8
Hispânica 6,9
Outras 15,4
(Fonte: Arbitron)

Audição de Rádio por Género Musical – 4º Tri. 2004
Género Audição de Rádio (%)
Informação 18,3
Contemporânea 14,3
Êxitos Contemporâneos 11,2
Urbana 10,1
Hispânica 9,6
Country 8,8
Rock 7,8
Êxitos Antigos 7
Outras 12,9
(Fonte: Arbitron)
(V.A) 16-09-2005

As origens da rádio informativa

September 4, 2005

Com o fim da guerra, “la radio informativa dejó de se un noticiário permanente para pasar a convertirse en un médio de comunicación refelxivo sobre la actualidad, aportando elementos de valoración y estructurando su discurso de forma que conseguiera mantener el interés per se. En esta etapa nacieron los grandes magazines tanto en EE. UU. como en Europa” (Martí i Martí, Josep Maria, Modelos de programación radiofónica, Feed-Back Ediciones, 1990 , pág 22)

Os problemas dos formatos informativos

A rádio de palavra tem alguns problemas.
Por exemplo: “The problem with speech radio is that it is labour intensive and thus expensive to run, which doesn’t attract commercial operators one bit! It is also regarded by many as minority programming. To maximize its audience potential it has to provide an intelligent editorial approach whilst maintaining popularity with chat-based shows!” (Hollingsworth, Mike, How to get into Television , Radio and New Media, Continuum, Londres, 2003, pág. 32)

A internet adapta-se bem à rádio de palavra?

The Internet is the future of radio, and is particularly well-suited for the talk radio genre

A necessidade de um gatekeeper

This persistence of the assumption that gatekeeping is needed may be its most enduring legacy, and one that survives the advent of media like the Internet that make it unnecessary. Levinson, 1999: 125

Desafios para a rádio de palavra

Mas a questão deve ser vista de uma forma global e abrangente: o mesmo utilizador da Internet (e já não o simples ouvinte, esse mero receptor) que se habituou a decidir, escolhendo e controlando, para ouvir música, já não aceitará facilmente ser tão passivo quando consumir rádio de palavra – esta também terá de encontrar formas de mostrar que necessita desses contributos para continuar a ter ouvintes: assistiremos à multiplicação de ferramentas que potenciam a interactividade, tentando adaptar os conteúdos (ou a disponibilização desses conteúdos) à intervenção do utilizador. (3.3.3.1.2)

A participação far-se-á mais por escrito por que por voz

Quanto mais investimento uma rádio fizer em ferramentas de interactividade mais necessidade terá de levar até elas os públicos. Não chega criarem recursos, mecanismos de utilização, se os consumidores não os conhecerem e forem até lá.

Por isso o próprio promotor - a indústria - tem a responsabilidade (a obrigação) de levar o público. E vai fazê-lo. Porventura de forma agressiva, na medida em que a concorrência é e será gigantesca, na disputa pela atenção do público. Se se faz um grande investimento em video, por exemplo, é preciso levar os publicos a rentabilizar esses investimentos.

é que em simultâneo se assiste à vontade, ao desejo, do consumidor de intervir (ainda que dentro da malha disponibilizada pelo editor). O consumidor - genericamente - e alguns consumidores quererão sempre mais, sempre mais longe, experimentar, ser criativo (desde que lhes dêem condições/autorização)

Mas mesmo que ele queira ser passivo, a rádio dir-lhe-á para fazer alguma coisa, quererá que ele seja o menos passivo possivel.

Na base está a vontade da humanidade em comunicar, em participar

(se é verdade que o telemóvel se tornará no meio d comunicação por excelência - abrindo teoricamente mais possibilidade para a participação generalizada via telemovel -  a verdade é que já vimos que o sistema convencional de edição/filtragem não o gosta/permite; com a net generalizada, com mais net por exemplo do que telefones fixos, e barata, a possibilidade  enviar um email será um acto de grande facilidade e espontâneo - ou seja, em muitos casos, os proprios consumidores tambem vão querer participar mais via email do que expor a propria voz)

A lenta adaptação da rádio à digitalização

Nair Prata na sua tese mostra como é lenta e difícil a evolução da rádio convencional para a realidade digital, apresentando ela própria uma lista de possibilidades, que cruzam a lógica passiva com a nova realidade activa (2008: 213)

«Numa webradio prototípica, poderíamos encontrar os antigos gêneros hertzianos reconfigurados para o meio digital, mas também uma nova tessitura genérica e novas formas de interação. A reportagem, um dos mais relevantes gêneros radiofônicos, na web pode vir ancorada com vídeos, fotografias dos participantes e do cenário do evento comunicativo, textos e hipertextos com dados sobre o assunto em questão e infografia colorida e esclarecedora. Por meio de um serviço de busca, o usuário pode encontrar ainda mais informações acerca do tema. Nos programas musicais, são muitas as novidades a serem oferecidas pela webradio. O usuário passa a ter informações completas e detalhadas sobre a canção, seus autores e cantores a um simples clicar do mouse. Pode também ver um clipe da música, se desejar, ou imprimir a letra cifrada para tocar no violão. E, se o violão estiver desafinado, rapidamente o usuário encontra um afinador  o

 

n-line , uma versão digitalizada do velho diapasão. As webradios também oferecem as listas das canções mais tocadas da programação e a opção do pedido de música via rede. Na entrevista, além de ouvir, o público pode também ver os participantes da interação e conferir virtualmente outras discussões sobre o mesmo assunto. Também pode, se desejar, buscar a biografia do entrevistado e seu posicionamento em outras entrevistas. Numa notícia de utilidade pública, o público pode visualizar, por exemplo, a fotografia de uma pessoa desaparecida, acompanhar o depoimento de alguém que pede doação de sangue ou conferir, na tela e na versão impressa, as melhores opções diante de um desvio numa rodovia. No programa policial, sempre líder de audiência nas emissoras onde há esse tipo de transmissão, o usuário pode, ao ouvir o relato de um crime, acessar a opção para visualizar uma simulação da ação dos bandidos. Também é possível digitar o nome do assaltante e saber o que já foi publicado sobre ele. Pelo  chat, o usuário pode interagir com o locutor do horário e ambos podem se ver pela webcam. A programação não é determinada pela emissora, mas sugerida e construída a cada dia com a participação do público. Por sua vez, o ouvinte tem incontáveis opções de canais de áudio, demonstrando a força da segmentação»

 

A net faz perder poder à voz (ao jornalista e ao locutor)

ver Nair Prata -112-114

«O endeusamento, o sucesso e a fama dos comunicadores do rádio são pilares importantes na construção da audiência, nem que para isso seja preciso transformá-los em personagens» (114); nunca mais será assim?

«Os jornais não têm futuro? Ou é o jornalismo que não tem futuro?"

«(...) O que me inquieta é saber como sobreviverá o jornalismo". (...) "Acreditei sempre que os jornais impressos sobreviveriam", concretizou o editor sueco, "mas começo a ter dúvidas". "O nosso problema não é saber se vamos conseguir manter-nos tal como somos hoje, porque isso não sucederá", concretizou George Brock. "O que me preocupa é saber se o jornalismo escrito consegue sobreviver como jornalismo que investiga, aprofunda e enquadra".

«"Já não somos os guardiães do templo, os gatekeepers, pois os leitores entraram no círculo do poder", reconheceria Lisbeth Knudsen, director do dinamarquês Berlingske Tidende. "E isso está a acontecer porque é a tecnologia que está a determinar os caminhos da inovação nas nossas empresas, não é o jornalismo que, ao reinventar-se, consegue determinar qual a melhor forma de inovar".
Isto é tão mais importante quanto a forma como os cidadãos "entraram no círculo do poder" apresenta as mais diferentes facetas. Por um lado, ao terem ganho o direito de livremente afixarem na rede aquilo que pensam, intrometeram-se num espaço de comunicação antes reservado aos jornalistas. Por outro lado, ao serem chamados pelos próprios jornalistas a sentarem-se na primeira fila, nomeadamente por via dos comentários às notícias, ajudaram a criar um espaço que começou por ser de debate mas que também se foi transformando em espaço de informação.

«Mas se até aqui não deixa de existir um papel para os jornalistas, que têm sempre de seleccionar e editar, aquilo que temem observadores como Andrew Nachison, do iFOCOS, é que gradualmente se perca entre os cidadãos a noção de que necessitam de jornalistas e de bom jornalismo para aceder à informação de que necessitam. Por um lado, motores de busca como o Google facilitam imenso o acesso às fontes originais, ou reempacotam a informação com base naquilo que os próprios órgãos de informação produzem - roubando, de caminho, cerca de metade do mercado publicitário que migrou da imprensa escrita para a Internet, o que cria dificuldades adicionais às empresas jornalísticas. Mas, por outro lado, o que mais o preocupa são "os novos centros de produção de informação que podem tornar redundantes os jornais e dispensável o jornalismo".
Exemplos? Os sites oficiais das mais diversas instituições que tendem a ser desenhados de forma a colocar em destaque "notícias", mas que também disponibilizam os documentos originais. Alguns blogues mais sofisticados e influentes, como os que nos Estados Unidos virtualmente se profissionalizaram. E, por fim, todos os que produzem informação e opinião de qualidade, como sucede com muitos think-thanks. "Tenho a sensação de que não sabemos como vão as novas gerações ter acesso à informação, se vão continuar a confiar na 'marca de qualidade e independência' que lhes é assegurada por alguns títulos de referência, ou se utilizarão cada vez mais as redes da Web 2.0 e os sites das fontes primárias", precisou Nachison»

fonte: FERNANDES, José Manuel, «Os jornais não têm futuro? Ou é o jornalismo que não tem futuro?», Público,12 /06/08

A rádio mais ágil: canais temporários para emissões alternativas

Num dia como hoje, com dois momentos importantes na emissão (por exemplo da TSF) ao mesmo tempo, e uma vez que apenas um deles é possivel de ser emitido em directo(o debate quinzenal no parlamento), o segundo (a conferência de imprensa da selecção) podia recorrer a canais alternativos de streaming, com anuncio na antena principal de que há duas emissões em directo, uma hertziana outra online

A relação entre rádio musical e rádio de palavra

«A rádio não musical parece abrigada desta turbulência, podendo, até, tirar da Internet grandes benefícios (a Internet é, por isso, e em simultâneo, uma oportunidade e uma ameaça). Abrigada porquê? Ganha quem tiver os conteúdos, é outra máxima que se vai ouvindo. E se a Internet (os computadores, a digitalização) tem a música, não tem a voz, não tem a espontaneidade do directo, não tem sentimentos nem emoções. O problema da rádio não musical será, portanto, outro – se o meio rádio não se tornará obsoleto, a partir do momento em que os mais jovens (os que procuram a música) se desabituam de ouvir. Como disse o presidente da empresa de estudos mediáticos Jacobs Media, Fred Jacobs, “Quando só existíamos nós [a rádio], eles [os jovens] acabariam por nos encontrar. Mas, hoje, há toda uma série de lugares onde podem ir. Se não crescerem connosco, por que é que virão ter connosco?1» (Meneses, João Paulo, Internet: possibilidades e ameaças para a rádio musical, BOCC, 2007, pág 2)

«novas dimensões da acessibilidade da informação, em quantidade e em mobilidade»

«O que a Web 2.0 nos traz é a mudança de paradigma de relação com a informação e isso encerra problemas maiores, porque não nos atinge apenas individualmente, atinge-nos individual e colectivamente em todas as dimensões da nossa vida. É óbvio que as novas dimensões da acessibilidade da informação, em quantidade e em mobilidade são uma mudança fundamental para as nossas sociedades e, trata-se, de uma mudança positiva. Essa mudança quer dizer, em teoria, mais liberdade de pensamento, maior reflexividade e maior democraticidade entre os sujeitos comunicantes, isto é: nós. No entanto, importa questionar se essa mudança não está também a mudar as regras do jogo sem que nós nos apercebamos e, como tal, podendo colocar-nos fora dele. Não por nosso erro, mas por desconhecimento de que as regras mudaram algures ao longo de um jogo em curso.Na Era da Comunicação de Massa, a “verdade” (algo sempre subjectivo, como convêm relembrar) costumava estar associada àquilo que era dito pelos jornalistas (também aos professores e autores publicados e encadernados em papel, mas o que esses nos contavam tinha normalmente menos impacto na nossa vida diária). O que diferencia, em última analise, o jornalista do contador de histórias (algo que todos somos, melhor ou pior) é a dimensão ética. Não é a sua capacidade de escolha e selecção, pois essas são, tão só, ferramentas ao serviço da ética.» fonte: CARDOSO, Gustavo, WIKIS, BLOGUES E YOUTUBE. E AGORA?, Maio 2008

Os problemas de congestionamento das redes foram ultrapassados?

«The Internet was proclaimed for many years as the future of radio but while this may be true for music services the same cannot be so confidently said for speech. Overuse means the Internet is getting slower and more crowded: most sites will be able to support themselves through advertising, but as the cost of speech is usually higher it has less chance of succeeding.(...)» (Berry, 2006: 288)

«In short, the digital age could prove to be more 'talkative' than its analogue predecessor was» (Berry 295)