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Transistor kills the radio star?

4.0 A convergência digital

em sete telemoveis (de musica) apenas três têm rádio

Em aperitivo para um trabalho com algum fôlego que apresentarei dentro de dias neste espaço (comparando mais de 200 modelos de telemóveis...), aqui ficam as conclusões de um estudo da revista Connect, Novembro de 2005, comparando 7 telemóveis com música digital (o título do artigo é "mp3 móvel").

Aqui ficam os resultados relativamente à convergência com a rádio:

Nokia N91: SIM

Samsung I300: NÃO

Sony Ericsson W800i: SIM

Motorola Rokr E1; NÃO

Nokia 6630: NÃO

Sony Ericsson W550i: SIM

Sagem MYX6-2: NÃO

Ou seja, em sete três incorporam rádio (o que me parece pouco, porque estamos a falar de aparelhos virados para um público muito definido, aparelhos cuja maior valia é a audição de música digital).

Resta acrescentar que os sete modelos têm, além de leitor de mp3, software Java , sincronização com Outlook, e câmara de fotografia e vídeo.

Os LAD não gostam da rádio?

O Sunday Times de 20/11/05 analisou 10  leitores de audio digital e apenas refere a presença de receptores FM em três.

iRiver H10 5GB

Sony Walkman 6GB NW-A1000 

Toshiba Gigabeat F20

Apple iPod Video 30GB

Archos AV500 DVR 30GB

Apple iPod Nano 4GB

Sony Bean 1GB

MobiBlu DAH-1500 1GB SIM

Creative Zen Nano Plus 1GB SIM

Oregon Scientific MP120 128MB SIM

(dica: Chão de Papel)

Neste texto há mais informações sobre o assunto.

Também a Proteste (nº 265; edição de Janeiro 2006)  fez um teste a 16 modelos de Mp3 e 9 incluiam receptor de FM (dois deles são iPods, que parece divorciada da recepção FM); curiosamente, dos 16 modelos, 9 têm memória interna (e menor capacidade) e sete com disco rígido integrado (a partir dos dois gigas). Dos primeiros 9, sete têm rádio (Thomson PDP2762X; Samsung YP-T7X/Z; Sony NW-E505/E507; Creative Zen Nano Plus; Philips GoGear SA178; Denver MP1014 e Supratech Jazz Classic 1024 SE); da lista dos restantes sete apenas dois (o iRiver H10 e o Creative Zen Micro); Ou seja os modelos mais baratos têm este extra, os mais potentes não...

Televisão e computador fundem-se (Viiv)

"O casamento entre a televisão e o computador ficou esta semana mais próximo quando a Intel, um dos maiores fabricantes de "chips" do mundo, revelou os seus projectos para usar uma nova tecnologia que funde os dois aparelhos. A Intel diz estar a trabalhar com mais de 40 empresas em todo o mundo, nas áreas do cinema, música, televisão, jogos e edição de fotografia para fornecer conteúdos a computadores usando uma tecnologia designada Viiv. Com saída marcada para 2006, computadores equipados com Viiv estão projectados para controlar toda a experiência de entretenimento doméstico. Transformam a televisão num ecrã de computador com a capacidade para realizar qualquer tarefa de um computador, incluindo fazer pesquisas na internet. Operado por controlo remoto, o sistema será capaz de mostrar um filme na televisão ao mesmo tempo que faz o download de músicas para ouvir mais tarde. Ligar-se-á automaticamente como uma televisão e possuirá a capacidade-extra para gravar programas de tv. Um centro de entretenimento operado por um computador com uma plataforma Viiv será capaz de se ligar a outros aparelhos, como reprodutores de DVD, portáteis ou não."

"Mais um passo na fusão do computador e da televisão",12.12.2005 - 10h34   Steven Levingston (Washington Post ) ; Público de hoje


 

A música digital converge com a Xbox 360 (mas a rádio não)

A nova consola da Microsoft, lançada esta semana nos EUA, é, além de uma máquina de jogos, um centro de entretenimento. Com música digital, claro. Mas sem receptor de rádio:

"Digital entertainment: Amplify your music, photos, video, and TV. Watch progressive-scan DVD movies right out of the box. Rip music to the Xbox 360 Hard Drive and share your latest digital pictures with friends. Make the connection, and Xbox 360 instantly streams the digital media stored on your MP3 player, digital camera, Media Center PC, or any Microsoft® Windows® XP 2005 Edition-based PC." (informação oficial):

 

Isto é que é convergência!

"A empresa americana de videogravadores digitais, TiVo, vai passar a permitir que os seus utilizadores possam ver os programas de televisão gravados nos seus iPods da Apple e na PSP da Sony.

Depois de em Fevereiro a empresa ter anunciado um update dos seus ‘aparelhos’ que permitia aos utilizadores transferir os programas para os computadores pessoais, DVDs, bem como para leitores de vídeo portáteis que suportam o formato de vídeo da Microsoft, a TiVo prepara-se agora para aproveitar o apetecível mercado dos utilizadores de iPods e da PSP.

A TiVo concorre com os sistemas digitais oferecidos pelos operadores cabo e de satélite e tem conhecido uma grande adesão nos EUA. Segundo dados divulgados pela empresa, existem actualmente 3.6 milhões de subscritores do serviço, sendo que todos os trimestres o número aumenta para mais 250 mil."

Páscoa, Sandra, "TiVo transfere conteúdos para iPods e Sony PSP", Meios e Publicidade, 22 de Novembro de 2005




iPod ganha na convergência

O iPod é um sucesso de convergência. Os fabricantes de aparelhos complementares esforçam-se por enquadrar o leitor da Apple com os seus.

Agora é a XBox da Microsoft: “Microsoft has confirmed that the gaming console will support an iPod connection. Microsoft recently told C|Net News that users will be able to plug their iPods into one of the console's three USB 2.0 ports to create their own music soundtracks.”

Já a rádio FM tarda em convergir com os novos dispositivos…

Um rádio muito especial

Desenvolvimento deste texto "A verdadeira convergência na rádio":

"There are so many digital choices for music today that if you’re on an Internet-connected computer, just about any song in the world is a click or two away.
But the folks at Palo Alto, Calif.-based Roku think digital music shouldn’t be trapped on computers or MP3 players. They feel consumers know and love their radios and that a tabletop radio-like device that can play digital tunes of all kinds is sure to be a hit.
Thus, they’ve rolled out their SoundBridge Radio Wi-Fi music system, and showed it off at the Demofall 2005 conference here, which ends Wednesday.
The system has the form factor of an actual radio, replete with knobs and buttons and an LED readout, and as such, offers comfort to those afraid of new, unfamiliar technology. It even has a clock and AM/FM radio functionality.
But its real special sauce is the ability to connect to a Wi-Fi network and access Internet radio stations as if they were regular stations. You spin the knob and go through the various choices before selecting one, and you can even define presets. A remote control lets you browse and select digital music from across the room.
(via Digital player dresses like a radio

Outros desenvolvimentos a partir do texto "Roku lança rádio SoundBridge em Novembro", Ciberia, JC, 2005/09/24:

"Ao contrário de outros aparelhos do género, o sistema prima pela facilidade de utilização. Como um rádio normal, possui sintonizador AM/FM, mas pode ligar-se a uma rede wireless e reproduzir emissões de rádio de todo o mundo.
O SoundBridge permite-lhe aceder a playlists directamente no computador (Mac ou Windows) e lê diversos formatos de áudio digital, incluindo MP3, WMA, AIFF, WAC e formatos AAC desprotegidos. Pode tocar a partir do iTunes, Musicmatch, Windows Media Connect e Windows Media Player 10, entre outros. O aparelho obteve também certificação para funcionar com o serviço Rhapsody, da Real Networks.
O sistema inclui ainda uma ligação para cartões SD/MMC, não sendo por isso obrigatória uma ligação à internet para reproduzir conteúdos digitais.
O ecrã LCD, do tipo VFD (Vacuum-Fluorescent Display), oferece uma imagem nítida e confere ao SoundBridge um look futurista
."

Vantagens do hibridismo

Dois excertos de um estudo sobre o hibridismo ("é cada vez mais dificil distinguir os LDM e os telemoveis com música"):
"The report found that 20% of all consumers surveyed are interested in purchasing an MP3-capable phone, a number that rises to 56% among teens. Three-quarters of those who expressed an interest are willing to pay a premium for MP3 phones, an average of $25 extra for the option.
Equally compelling, especially to record companies, consumers are willing to pay a premium for songs. According to NPD Group's price sensitivity analysis, the optimal price point for mobile music downloads is $1.75, compared with the 99 cents online music services typically charge."

e

«"More and more consumers are migrating their music libraries to their PCs," said Russ Crupnick, president of the NPD Group's Music & Movies division. "It's a simple process to download tracks directly to the desktop from the Web, then sync the entire music list with existing home audio systems and portable MP3 players -- including MP3-enabled mobile phones.»

A verdadeira convergência na rádio

"Roku has introduced SoundBridge Radio,a wireless (Wi-Fi) music system. SoundBridge Radio is a device that combines stereo speakers with a subwoofer, AM/FM radio, alarm, Internet radio and digital music streaming features.
Roku has taken its original SoundBridge network music player (which won 2004 and 2005 CES Innovations Awards) a step further. It lets users access traditional AM/FM radio along with their digital music library using simple and familiar radio controls.

A few simple buttons for presets, scan, and source select make digital music accessible. Other features include a SD/MMC card slot and a volume-ramping alarm that wakes users to digital music or a choice of seven alarms. It also grabs podcasts

Acreditar ou não na convergência

A questão é mais ou menos simples: vão triunfar os aparelhos que concentrarem diversos sistemas ou aparelhos singulares, como os iPods? Diversos leitores de Mp3 são muito mais do que isso, já têm sintonizadores FM ou até máquina fotográfica.
A Apple resiste a incorporar outros sistemas no iPod. Mas fala-se que pode lançar um telemóvel iPod. Será o triunfo da convergência tecnológica e digital?


"Apple Executives Question Device Convergence

While device convergence discussions permeated the hallways at CTIA in San
Francisco, a pair of Apple executives recently questioned the logic of the
all-in-one approach. "Is there a toaster that can also brew coffee?"
questioned Apple senior vice president Jon Rubenstein in a recent interview
with German site Berlin Online. "Many companies believe in convergence, but
I personally do not," continued Rubinstein. "It's important to have
specialized devices." That is certainly the strategy behind the successful
line of iPods, though mobile manufacturers and carriers are hoping to
challenge the early Apple lead in portable music.

While the vibe on the ROKR was downbeat at the wireless conference, there
has been some chatter that Apple is developing a more impressive, iPod-like
smartphone. But so far, both Rubenstein and vice president Phil Schiller,
also in the interview, seemed to be taking and wait-and-see approach. Both
agreed that the "the Motorola phone is no replacement for the iPod," and
looked forward to the response on the ROKR before investing heavy energies
into the mobile market. The interview follows some very pro-convergent
comments by Motorola chief Ed Zander, who questioned the relevance of the
newly-released iPod nano."

(fonte: Digital Music News)

Sobre a PSP e a ausência da rádio

Parece-me que há duas formas de ver a questão: a consola portátil da Sony que esta semana é posta à venda na Europa não inclui um sintonizador de FM porque isso não faz qualquer sentido nem há tradição disso acontecer. É normal, portanto.
Mas há outra interpretação para a mesma constatação: um sintonizador FM faria sentido a partir do momento em que a consola é muito mais do que uma estação portátil de jogos, é – como dizem os seus responsáveis e entusiastas – um «conceito de entretenimento» (um “media center»). É que, além dos jogos, inclui ligação à Internet e ao computador e leitores de media em diversos formatos, de imagem e de som (mp3, nomeadamente). Mas não rádio.
Ou seja, a consola da Sony permite duas situações de que a rádio fica afastada: ocupar o tempo, com entretenimento (e aqui o risco é de perda de hábito, sobretudo para as gerações mais novas, de ouvir rádio – habituam-se a outra coisa e a rádio deixa de ser uma actividade primária) e a possibilidade de acumular a escuta com outra função: até agora, a rádio era o principal meio secundário, jogava e ouvia rádio, consultava a Internet e ouvia rádio. Agora, se quero acumular, usando a PSP, não o posso fazer. Tenho a alternativa da música em formato digital, guardada na memória da play station.

Telemóveis com FM

Este será um dos temas dominantes deste blogue, daqui para a frente (à medida que se aperta o leque de temas a estudar). Para facilitar remeto para este texto.

Se - por aquilo que vou percebendo - a maior parte dos LDM não tem rádio incorporado, há alguns modelos que são excepção. O Supratech Jazz Vision 512é um deles. Inclui um sintonizador de rádio com 40 estações de pré-sintonizadas.

Fui correr e levei o telemóvel...

Antigamente, quando fazia desporto, levava um rádio portátil ou um walkman. Depois deixei-me desses luxos. Recentemente, por razões de saúde, tive de voltar a fazer exercício. Saio de bicicleta ou a correr, mas nos bolsos tenho de levar o telemóvel e as chaves de casa. Já não dá para mais nada.
O meu telemóvel não tem rádio FM, razão pela qual deixei de ter companhia no exercício.
Eu, contudo, não sou um bom exemplo: ouço rádio por prazer e por obrigação e só estou à espera de trocar de telemóvel por um que tenha rádio e leitor mp3. Mas e outro tipo de ouvintes, menos dedicados? Perderão mesmo o hábito?

Uma resposta possível: daqui a meia dúzia de anos, quando o telemóvel se transformar no aparelho mais importante que alguma vez o homem usou (sim, mais do que a televisão), todos ou quase todos os aparelhos terão múltiplas funcionalidades. Música, por exemplo. E eu, se continuar a correr, terei uma solução. Mas também terão rádio? A esta não sei responder!

Mas a rádio também converge?

O grande drama da rádio é conseguir acompanhar a convergência tecnológica, movimento protagonizado pelos telemóveis, mas não só.
No texto seguinte, fala-se de um novo modelo da iRiver que converge uma série de funcionalidades. Umas integradas directamente no menu, outras acessíveis indirectamente (designam o serviço como um «interface revolucionária chamada "Direct Click"»). Entre estas está a rádio FM.
Ou seja, este super-ldm integra diversas funcionalidades, mas a rádio não aparece (só ligando um aparelho externo).
É dramático se a rádio não aparecer como serviço essencial nos telemóveis, PDA, LDM, etc. Sem a rádio nesses aparelhos, deixa de ser opção. E se deixa de ser opção perde-se o hábito.
Como é que rádio conseguirá integrar a convergência? É, parece-me, mais do que uma questão de procura, um problema dos fabricantes/indústria.

Tecnossexuais

A Visão nº 642, de 23/6/05, fala em tecnossexuais, pessoas que descreve como "infocompetentes" e atraídos pela tecnologia (os gadgets) - sempre à procura do último modelo.
Um deles conta que vai ao ginásio quatro ou cinco vezes por semana sempre acompanhado pelo seu iPod de 20gb (antes levaria o rádio?).
Uma citação: "os gadgets são um dos símbolos mais fortes da sociedade evoluída e de consumo".

NOta: e não se fala na rádio!

Impossível um aparelho para tudo?

"It is becoming clear that we can't carry around just one gadget that will fulfill all of our digital needs. No single device is able to perform the many chores we want at our fingertips on the road, from slide shows to musical serenades to keeping our dates straight to Web surfing - at least not with the battery life or at the size we want."
Aqui o texto do IHT

Entretenimento digital em plataformas integradas

"As previsões para o futuro são, no entanto, favoráveis ao aparecimento de um centro multimédia integrado em casa. Mas não num futuro próximo. Por enquanto, os consumidores vão continuar a comprar várias plataformas, cada uma com um fim específico"
Texto do Obercom, citando um relatório da Parks Associates.

A internet como origem de tudo

"Com a fusão AOL-Time-Warner, a função comercial dos media de massas encontra-se formidavelmente reforçada. Vender torna-se o objectivo central. A internet toma assim, progressivamente, a forma de uma galeria de mercado, de um imenso centro comercial planetário. Ela transforma os mass media em máquinas de venda de produtos e serviços".
RAMONET, Ignacio, Propagandas silenciosas, Porto, Campo das Letras, 2001, págs. 19/20

Manifesto anti-convergência tecnológica (I)

Acabo de ler “The Origin of Brands” (“A Origem das Marcas”, de Al e Laura Ries, Lisboa, Casa das Letras, 2005) e, tal como o seu anterior em Portugal, “A Queda da Publicidade e a Ascensão das Relações Públicas”, é um murro no estômago.
Agora o tema que pai e filha abordam é o posicionamento das marcas num futuro mais ou menos próximo, contestando com inúmeros argumentos aquilo que a esmagadora maioria entende vir a ser uma marca desse futuro, a convergência tecnológica.
Acredito – e não tenho qualquer veleidade de os contrariar – que a convergência tecnológica, integrando as principais indústrias do presente (computadores, Internet, comunicação social/conteúdos, entretenimento), vai triunfar e que aquilo que Al e Laura defendem será desmentido. Mas será difícil chegar ao fim do livro sem ficar a pensar no assunto. De uma forma completamente diferente do que acontecia antes.
Os autores são sinceros quando explicam que a convergência é má para o seu negócio (as diferentes categorias, quando convergem, canibalizam-se e isso ditará o fim de muitas marcas, além de que, quando as tecnologias convergem, as pessoas não procuram novos nomes para se referirem a novas combinações), preferindo as oportunidades que a divergência, em alternativa, proporcionará. E, basicamente, o livro é sobre isso.
Mas os seus argumentos contra as potencialidades da convergência, além de bem fundamentados, estão de tal maneira bem sistematizados que vale a pena – neste contexto – invocá-los:

Argumentos contra (II)

- AL e Laura Ries explicam que o conceito de convergência começou com a integração de um despertador num rádio (“uma vez que é possível combinar um relógio com um rádio de forma obter um aparelho interessante e útil, o que poderia ocorrer se todos os sectores de actividade convergissem?”, pág. 55). Mas, de acordo com os próprios, o próprio rádiodespertador não evoluiu e é hoje, na esmagadora maioria das casas, o qeu era há 20 anos (além de pouco simpático);
- As marcas precisam é de divergir (de criar novas marcas, novos produtos) para sobreviver à concorrência e não serem engolidas pelas mais fortes;
- (Quase?) todas as previsões quanto à concretização/implantação desse objectivo falharam e o que há hoje (o livro é de 2004) é apenas atrasos e categorias abandonadas;
- Associam a convergência à lógica de um canivete suíço: a maioria acha-lhe piada, até o compra, mas depois nunca ou raramente o usa (preferindo a tesoura, a chave de fendas, a pinça, o alicate, individualmente);
- As experiências até hoje conhecidas (principalmente nos Estados Unidos, mas – já agora – também em Portugal) com a televisão interactiva, que não descola; até porque ela também significa mais oferta, que pode passar rapidamente a excesso de oferta (confusão…) ou dispersão face ao mais importante (se acompanho o jogo de futebol através da câmara que segue um determinado jogador não será que perco os lances essenciais?);
- Convergência significará sempre mais botões num mesmo dispositivo. Mais confusão…
- Um meio activo (Internet) não casa com um passivo (televisão);
- A informação disponível num ecrã de computador não cabe no de um telemóvel;
- Nova tecnologia significa quase sempre mais custos, preços elevados. Ora um dos públicos-alvos, os jovens, não o têm com facilidade, para poder trocar todos os anos de novidade… Já os jornalistas/comentadores que escrevem sobre as novidades tecnológicas recebem-nos de borla (quase todos os dias…)!
- Quando precisamos de uma televisão e de um vídeo compramos dois aparelhos, em vez de um…convergente, e até mais barato. Só que quando um for para reparar, vão os dois!
As frases seguintes de Al e Laura Ries condensam os seus argumentos: “Paga-se um preço quando se tenta juntar tudo. E o preço é normalmente um sacrifício da simplicidade, flexibilidade e facilidade de utilização” (pág. 70). (…) O que aconteceu à simplicidade, confiança, vantagem, baixo custo, facilidade de utilização, pequeno e leve e à protecção contra vírus? (pág. 74)”.