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Transistor kills the radio star?

1.0 Introdução

A importância de estudar este público

«Quem já viu um adolescente num computador sabe que o jovem hoje encontrou maneiras próprias de interatividade com a máquina, pois, ao fazer uma pesquisa escolar, acessa, ao mesmo tempo, um novo vídeo no YouTube, conversa com os amigos pelo Messenger, escuta sua canção favorita no rádio, verifica seus scraps no Orkut, posta uma fotografia em seu blog e consulta um verbete na Wikipedia, enquanto navega tranqüilamente pelos sites de busca à procura do tema escolar. Será que este adolescente, ao chegar à juventude e idade adulta, irá querer ouvir nossas programações de rádio tradicionais e estáticas? Certamente que não» (Prata, 2008: 229-230)

(intro) O debate sobre o futuro

Ninguém que escreva sobre a rádio desde , pelo menos 2000, pode ficar indiferente ao que a digitalização está a fazer, neste caso, à rádio. Por outras palavras, mais claras, que a internet está a mudar a rádio tal como a conhecemos. Sobre isso todos concordam. A discordância começa quando se analisa ou projecta aquilo em que a rádio se está a transformar. É a questão que atravessa todos os estudos contemporâneos que falam na rádio. Todos os que se atreveram a projectar uma resposta fechada falharam, o que se compreende porque esse objectivo é irrealizável. A tecnologia(s) tem-nos arrastado para novas realidades, novas possibilidades, que desmentem as certezas arrumadas anteriormente (por recentes que sejam). Não correremos esse risco, neste contexto. Englobamo-nos, de preferência na ideia descrita por Prata de «conceituar este novo modelo de radiofonia» (2008: 19). Vivemos um período de debate, mas já passámos algumas fases, já não estamos nem na fase do espanto ou da negação, tal como temos obrigação de avançar relativamente à fase das interrogações puras, como as descritas por Meditsch em 2001 (1): «Agora, a ameaça se chama internet, o fenômeno que parece querer subjugar o mundo nesta virada do milênio, devorando todas as mídias que o antecederam, até mesmo a televisão, até há pouco tão garbosa no seu domínio sobre a civilização. Diante de tal poder e voracidade, quem tem chance de sobreviver? Alguém é louco de apostar no rádio?». O debate continua; incorporamo-nos nele.

Dentro de 10 anos todos os meios serão distribuídos pela net

«What is your outlook for the future of media?

STEVE BALMER: In the next 10 years, the whole world of media, communications and advertising are going to be turned upside down -- my opinion. Here are the premises I have. Number one, there will be no media consumption left in 10 years that is not delivered over an IP network. There will be no newspapers, no magazines that are delivered in paper form. Everything gets delivered in an electronic form.

10 years?

Yeah. If it's 14 or if it's 8, it's immaterial to my fundamental point. . . . If we want TV to be more interactive, you'll deliver it over an IP network. I mean, it's sort of funny today. My son will stay up all night basically playing Xbox Live with friends that are in various parts of the world, and yet I can't sit there in front of the TV and have the same kind of a social interaction around my favorite basketball game or golf match. It's just because one of these things is delivered over an IP network and the other is not. . . . Also in the world of 10 years from now, there are going to be far more producers of content than exist today. We've already started to see that certainly in the online world, but we've just scratched the surface. . . . I always take my favorite case: I grew up in Detroit. I went to a place called Detroit Country Day School. They've got a great basketball team. Why can't I sit in front of my television and watch the Country Day basketball game when I know darn well it's being video-recorded at all times? It's there. It's just not easy to navigate to.

(...) Will Internet content generally be available for free, with ad support, or will there largely be fees and subscriptions?

I think there will be some things people subscribe to on the Internet, but I think that's going be more the exception than the rule. My favorite TV program, "Lost," I watch on the Internet now. I don't DVR it, I just watch it on the Internet.

You don't buy it from iTunes to avoid the ads that come when you get it for free over the Internet? Why? Because it's free. . . . I have to admit that I'm annoyed by the four 20 seconds [of ads], but not annoyed enough to pay a buck . . . I think at the end of the day most people say, "Heck, if I can get something that's pretty good that's ad-funded and the ads don't kill me, I'll take that over the thing I gotta pay for."»

fonte: WHORISKEY, Peter, «Microsoft's Ballmer on Yahoo and the Future» Washington Post, 5/06/08;

Para compreender as opções e a validade deste trabalho

Quando se fala - em termos de grandes objectivos deste trabalho - numa caracterização daquilo que será a rádio do futuro, partindo essencialmente daquele que é o comportamento (ou os comportamentos) da presente geração iPod, é evidente que estamos a assumir riscos e que, nomeadamente, não podemos pensar numa replicação pura e simples (é sabido que o contacto com a rádio de palavra aumenta à medida em que se envelhece). Teremos, pois, em conta a necessária relativização e nunca afirmaremos que estamos perante uma verdadeira caracterização. Essa far-se-á, com rigor, depois, daqui a alguns anos com estudos, (qualitativos, conferindo os serviços oferecidos pelos operadores, e quantitivos, medinod o impacto) mas será que estamos condenados a esperar para saber o que vai acontecer? será que não podemos tentar antecipar, até para nos guiar e, assim, compreendermos melhor o que já está a acontecer? Este trabalho procura responder a essa inquietação, não se resignando, procurando - dentro dos limites, possibilidades e alcances de um trabalho com estas caracteristicas - intervir.

O que será a Internet no futuro?

«Com esta tendência de crescimento de utilizadores e de conteúdos multimédia que sobrecarregam as redes, para onde vai a Internet? Segundo a operadora AT&T, sem novos investimentos nas infra-estruturas, o limite de capacidade física será atingido dentro de dois anos. O alerta não é novo e o apocalipse da Internet tem sido avançado várias vezes desde os anos 90. Jim Cicconi considera que o vídeo e os conteúdos gerados pelos utilizadores estão a pressionar as redes. "O vídeo será 80% de todo o tráfego em 2010, quando é 30% agora", refere o vice-presidente da AT&T» (FONSECA, Pedro, Está a Internet à beira do fim?, Diário de Notícias, 1/06/08)
Isto remete-nos directamente para o problema da 'net neutrality' e da relação com os investimentos (pesados) nas redes, para aumento da capacidade, redes essas que depois serão usadas por aplicações naõ apenas concorrentes como até inimigas, como por exemplo o Skype. Quem deve fazer os investimentos nas redes (de nova geração), de modo a que elas suportem os desafios que aí vêm?

Nenhuma tecnologia elimina a outra?

«(...) Contudo, a lógica da remediação, continuam Bolter e Grusin (2000: 225), sugere que nenhuma tecnologia elimine as outras. É o caso dos videojogos, que podem ser jogados numa consola de videojogos ou num computador mas igualmente num televisor» , escreve Rogério Santos, a partir do livro de Jay David Bolter e Richard Grusin, Remediation. Understanding new media (2000).

Rogério Santos também explica que «relativamente às tecnologias, eu não sou eufórico ou optimista (promessas tipo - a internet traz conhecimentos novos, torna obsoletos todos os media anteriores, os jovens aprendem rapidamente e apropriam-se dela). Igualmente, não sou disfórico ou pessimista (ameaças tipo - uma nova tecnologia traz consigo desregulação, males, disfuncionalidades, vícios). Já o escrevi em 1998, num livro chamado Os novos media e o espaço público. Por isso, uso a internet mas não acredito apenas nas suas potencialidades harmoniosas (há defeitos, como a abundância de informação gerar bulimia e incapacidade de discernir o útil). A internet - e a digitalização - são, em primeiro lugar, tecnologias. Depois, são usadas por pessoas, cujo emprego é múltiplo. (...) como conclusão da leitura que faço do conceito de remediação em Bolter e Grusin, retiro que a internet não é "tudo ou nada" mas apenas relação com os outros media. Ou seja, a internet não provoca o esquecimento dos outros media ou os torna velhos próprios para a sucata».

Nesse mesmo espaço escrevi que «estou convencido de que, ao contrário, a Internet vai tornar obsoletos os outros media. Não é coisa para uma geração nem duas, mas os mais novos já começam a «testar» isso, eles conhecem conteúdos não conhecem meios (se os entendermos como distribuição); O YouTube não é televisão; para eles é. podcasting não é rádio, para eles é»

Rogério Santos, num texto anterior: «Os estudiosos dos media aceitam o mito moderno do novo: as tecnologias digitais como a internet, a realidade virtual e os gráficos de computador estabelecem um divórcio face aos media anteriores, com novos princípios estéticos e culturais. Jay David Bolter e Richard Grusin põem em causa esta concepção, oferecendo uma teoria da mediação na idade digital. Bolter e Grusin argumentam que os novos media encontram significado cultural precisamente porque prestam homenagem e renovam os media anteriores como a pintura de perspectiva, a fotografia, o filme e a televisão. Ao processo de renovação, eles chamam "remediação", referindo que os media anteriores se renovaram face a media ainda mais antigos: a fotografia remediou a pintura, o filme remediou a fotografia, a televisão remediou o filme, o teatro de revista e a rádio (da contracapa do livro de Jay David Bolter e Richard Grusin)» Concordo com esta perspectiva (menos a questão da 'homenagem'), a partir do momento em que se assiste à utilização por parte da Internet, como canal de distribuição, de conteúdos dos meios clássicos, incorporando-os, misturando-os, e adaptando-os: o video, os graficos, os canais de audio, etc.

  

Mais além do 'Mass communication Research»

«A metodología da análise e as reflexões que se apresentam seguem, de alguma forma, a perspectiva funcionalista, uma vez que se pretendem comparar resultados de estudos empíricos para estabelecer o estado dos públicos jovens na rádio musical. No entanto, este estudo não se limita à tradição mais conservadora dos Mass Communication Research já que se propõe como base para crítica e proposta de hipóteses sociais e empresariais alternativas que permitam pensar uma rádio musical de acordo com a evolução iniciada. A partir da análise de casos e de exemplos, no estilo proposto pela fenomenología (ou análise de recepção), o texto propõe alternativas e opções no sentido que a rádio musical evolua, do seu estado tradicional para uma concepção adequada ao presente» (Meneses, 2007: 2)

Um trabalho sobre o futuro?

Este trabalho aborda, em diversas ocasiões, aquilo em que se poderá vir a transformar a rádio tal como a conhecemos hoje; de alguma forma, evidencia mesmo pistas de evolução a partir do elemento áudio. Será por isso um trabalho sobre o futuro? Há uma recusa, de princípio e de alguma forma compreensível, da universidade relativamente quer ao futurismo quer à especulação sem bases, chamando-lhe prestidigitação. Compreensível porque é muito mais seguro - e tranquilo - avançar com os dois pés na terra. Então se um deles estiver assente no passado e outro no presente, dá-se a conjugação perfeita. A partir do momento em que pomos um no futuro, arriscamo-nos a cair. Ou pelo menos a desequilibrar-nos. Conscientes desse risco, tentaremos seguir em frente, cientes de que é importante olhar para o futuro, quando o momento é de incerteza e de transição. A história está feita, o passado é conhecido e está estudado. O presente, ao contrário, é uma incógnita. Mas o presente não existe quando todos os dias há desenvolvimentos, sobretudo tecnológicos, que desarrumam uma casa que durante 80 anos esteve muito bem arrumada. O presente já não é amanhã. O presente é passado. E para olharmos para amanhã, é preciso especular. Um pé no passado e outro no futuro, eis o objectivo deste trabalho. Mas com uma certeza, é importante - como nos ensinou McLuhan, não olhar para o futuro através do retrovisor - McLuhan, não por coincidência, mais respeitado pela universidade no futuro do que no passado. Porque não hesitou em tirar pelo menos um pé do passado.

Sempre EUA, a não ser que haja referência em contrário ou diferente

Os riscos de inquirir sobre coisas novas (e as mudanças)

«(...) when I see a research conclusion stating this: "Those who listen to digital radio platforms do not spend less time listening to AM/FM radio," I question whether we're reading the truth or reading a sentence which is intended to promote comfort. (...) First, change always comes at the margin. So the conclusion that most folks DON'T do something obscures the obvious trend - that more folks DO do something. As the study notes: "Thirty percent of Americans age 12 and older own an iPod or other brand of portable MP3 player; this figure has risen from 22 percent in 2006 and 14 percent in 2005. More than half (54 percent) of those age 12-17 own a digital audio player." It is inconceivable that this statistic will not impact radio listening and Arbitron's own TSL data (along with my research data) indicate that these demos are the most at risk. Second, listeners do not consciously consider trends in their listening so it is invalid to ask such questions and make sweeping conclusions about the impact - or lack thereof - of new audio options on radio listening. Let the results - the behaviors - speak for themselves. And those behaviors are clearly recorded in Arbitron diaries and via PPM.» Mar Ramsey, "Relax, iPods don't hurt Radio" 20/04/07

Porque é que esta geração é importante

«(...) Stritch, like many colleges and universities, is targeting Generation Y, the collective term for the 71 million Americans born between 1980 and the late 1990s, that is notoriously difficult for advertisers to reach. They shun their parents' brand loyalties, consume traditional media in smaller amounts than previous generations and are skittish of being directly marketed to. But Stritch, which is in Fox Point, and some other Milwaukee-area advertisers have found several key strategies they say are reaching the iPod set. Tools like podcasts -- broadcasts for iPods and other MP3 players -- and Web logs -- better known as blogs -- are popular because they combine technology in which students are versed with a more subtle marketing message. (...) Katie Fleming, a search marketing specialist for Germantown Web site developer Trivera Interactive, said Generation Y doesn't appreciate gloss and filters. "They just want to know the truth," she said.

fonte: «Advertising for the iPod generation», October 13, 2006, The Business Journal

A relevância da geração iPod

Estudar esta faixa etária em concreto assume uma especial importância na medida em que as caracteristicas desta geração são muito particulares: se por exemplo se assiste a alguma erosão das audiências em varios paises (erosão nas facturações e nas cotações em bolsa é objectivo) isso não resulta tanto do desconhecimento por parte desses ouvintes. Eles conhecem a rádio, certamente já ouviram (porque gostavam ou porque não tinham alternativa em situações de mobilidade e/ou acumulação) mas por varias razões - que tambem veremos - deixaram de ouvir. Com os ouvintes mais novos passa-se algo diferente: eles não conhecem e quando conhecem, a rádio já compete com outros serviços; eles pedirão aos pais um leitor de mp3 (de preferencia um iPod) em vez de um rádio; não há programações para eles ou as que existem não se revelam adaptadas aos seus gostos e as alternativas (musicais) parecem ser mais atraentes

«Gen Yers are "Influencers" by nature, and they will influence younger and older decision-makers. New devices and services will be bought by/for them, they will encourage older populations to "get with it" and join them, and they will be emulated by younger generations trying to be like them»

«’Gen-Y’ Media Use & Attrition», Bridge Ratings, 14/03/07

O digital divide (mais novos e mais velhos)

Um estudo sobre o universo geral de ouvintes (e não os mais jovens) [já usado em 4.3.3.1]:

«Despite the wide popularity of portable music sources, consumers prefer to listen to some form of radio more than MP3 players and CDs, according to a new survey. A total of 560 respondents spend 16,814 hours per week listening to audio entertainment. Thirty-nine percent of that time is spent on FM radio, followed by 23 percent on MP3 players / iPods and 18 percent on CDs, to round out the top three audio sources. In an age of portable media devices like the iPod, individuals still satisfy their audio cravings with the longest-standing format, radio. The findings were a result of a survey commissioned by sonoro audio, manufacturer of distinctive, high-quality audio products. Collectively, 57 percent of the time is spent listening to some form of radio, AM, FM or Internet. Internet radio alone is becoming a premier audio medium for US consumers. (...) "Even with the advent of MP3 players, consumers are still largely turning to radio for their music needs as it is easily accessible and free," said Marcell Faller, founder and CEO of sonoro audio. "However, consumers’ expanding, elaborate music libraries have created a demand for all-in-one audio systems that let them integrate the functionality of MP3 players, CDs and radio in a single compact device." »

fonte: MarketWire.com, «Radio Still Number One Music Source Over MP3 Players, CDs» 19/05/08

 

Notas sobre as citações/ligações online (metod)

- todas foram verificadas em setembro de 2008

- todas são de acesso livre (sem necessidade de registo prévio ou pagamento)

- quando uma ligação deixou de estar operacional (por já não existir ou exigir inscrição), é usado o endereço respectivo do blogue de apoio, O Segundo Choque

Esta não é uma geração qualquer

- tem características que a tornam importante e quantitativamente também é relevante

(intro) Estudos feitos online

Muitos dos estudos citados neste trabalho são realizados online, pelo que a amostra fica enviezada (a favor da tecnologia digital); Gustavo Cardoso demonstra-o no estudo E-generation (2007: 27-31);

muitos são pagos pela industria (nos EUA), directa (rádios e associações de rádios) ou indirectamente (consultoras que trabalham nesse mercado, agências de publicidade, fabricantes), o que pode enviezar, apesar da credibilidade das instituições que os realizam;

- muitos têm amostras reduzidas

- tambem se pode questionar a forma como alguns são construidos, colocando por exemplo uma questão contra outra, não permitindo outra opção (entre este e este, prefere...») possibilitando resultados que de outra forma não apareceriam.

como é que se combate esta situação: por um lado eliminando aqueles estudos que oferecem mais dúvidas e por outro tendo a consciência que, se os seus autores estão directa ou indirectamente ligados à industria (EUA) e os resultados são maus para essa industria, então apenas devemos desconfiar se não deveriam ser piores

A tendência para a música ser grátis (e a rádio...)

(intro - os desafios que se colocam à rádio musical)

Notícias como esta («Universal to allow free music downloads») podem querer significar duas coisas - que se trata de uma experiencia (e, por exemplo, uma moda) ou que a música tendencialmente será grátis. E legal. A rádio musical é a mais atingida por esta situação: que lugará estará reservado para a rádio musical quando todos estivermos em rede (ligados) e encontrarmos toda a música de que gostamos (incluindo a nova, que não conhecemos...) na rede (com uma infinidade de recursos, como listas personalizadas, e «transportáveis/embedded»)?

Não haverá reposição de novos ouvintes (questão)

«Once the present economic downturn ends -- still a long way off -- there won't be enough new young listeners to help radio continue to grow. It becomes a losing proposition. More radio listeners die and fewer new radio listeners use traditional radio»

Objectivos - ajudar a perceber o papel da net na rádio

Um objectivo indirecto deste trabalho é ajudar a perceber qual é afinal - se é que é possivel chegar desde já a certezas - o papel que a Internet está a desempenhar junto da rádio. É apenas um suporte, um novo suporte, como defende por exemplo Martinéz-Costa, que se limita a facilitar «la integração digital de la rádio y la oferta de nuevos servicios» (2004:9) ou afinal «una nueva forma de comunicación», como também defende a mesma autora?

Os riscos de estudar o que está em mudança

«The Lind and Medoff research provides an important snapshot in the development of Cyber radio in the late 199Os, although the data, while highly relevant at the time of the study, have been rendered somewhat dated with the passage of time, an inescapable risk associated with studying rapidly evolving media technology -(Evans, Smethers, 2001: 8]