Blogia

Transistor kills the radio star?

A participação do público encerra riscos

Los oyentes quieren escuchar con frecuencia las canciones que les gustan. Si ponemos las preferidas demasiado poco los oyentes no las oirán con tanta frecuencia como para suponer que las vamos a emitir de nuevo. Esto no anima a una escucha prolongada y frecuente. Por otro lado, si se ponen las canciones con excesiva frecuencia, quizá les parezcan repetitivas y les haga desconectar muy rápidamente, acortándose así los espacios de escucha” (Norberg, 1998: 82)

Como se faz uma play list

February 4, 2006

“Every week GWR speaks by telephone to hundreds of people, aged om 20 to 34, about their musical tastes. Each respondent is asked to identify their current musical preferences from a shortlist of musical ‘clusters’, and then asked for their opinions on a list of current songs. The learning from this ongoing research helps in the construction of our group playlists” (informação oficial do grupo GWR [em Maio de 2005 o GWR fundiu-se com a Capital Radio e deram origem ao grupo GCap Media], apud Fleming, 2002: 16/17).

“The playlist determines what will be played, and how often it will be played. (…) In any event the selection of music is not down to personal taste but is a professional judgement that takes into account a variety of factors including the station’s target audience, how appropriate a particular track is to certain times of the day, and often whether or not it has ’scored’ well in audience research” (Fleming, 2002, 54)

Sobre a rádio de palavra (vários)

mais ouvida dos EUA

September 19, 2005

(via Obercom)
“(…) Em termos de conteúdos, é de destacar nos últimos anos um aumento das audiências dos programas de tipo informativo, devido ao boom de informação que se seguiu ao 11 de Setembro e ao crescente interesse que este evento proporcionou na actualidade. Também o número de ouvintes de música urbana e hispânica aumentou consideravelmente, passando as suas respectivas quotas de mercado de 8% para 10,1%, e de 6,9% para 9,6%.

Audição de Rádio por Género Musical – 4º Tri. 2000
Género Audição de Rádio (%)
Informação 16,9
Contemporânea 15,3
Êxitos Contemporâneos 11,4
Country 9
Rock 9
Êxitos Antigos 8,1
Urbana 8
Hispânica 6,9
Outras 15,4
(Fonte: Arbitron)

Audição de Rádio por Género Musical – 4º Tri. 2004
Género Audição de Rádio (%)
Informação 18,3
Contemporânea 14,3
Êxitos Contemporâneos 11,2
Urbana 10,1
Hispânica 9,6
Country 8,8
Rock 7,8
Êxitos Antigos 7
Outras 12,9
(Fonte: Arbitron)
(V.A) 16-09-2005

As origens da rádio informativa

September 4, 2005

Com o fim da guerra, “la radio informativa dejó de se un noticiário permanente para pasar a convertirse en un médio de comunicación refelxivo sobre la actualidad, aportando elementos de valoración y estructurando su discurso de forma que conseguiera mantener el interés per se. En esta etapa nacieron los grandes magazines tanto en EE. UU. como en Europa” (Martí i Martí, Josep Maria, Modelos de programación radiofónica, Feed-Back Ediciones, 1990 , pág 22)

Os problemas dos formatos informativos

A rádio de palavra tem alguns problemas.
Por exemplo: “The problem with speech radio is that it is labour intensive and thus expensive to run, which doesn’t attract commercial operators one bit! It is also regarded by many as minority programming. To maximize its audience potential it has to provide an intelligent editorial approach whilst maintaining popularity with chat-based shows!” (Hollingsworth, Mike, How to get into Television , Radio and New Media, Continuum, Londres, 2003, pág. 32)

As rádios são todas iguais

«The majority of stations in Britain follow a very similar format dominated by music” (Fleming, 2002: 6)

a explucação para o crescimento musical

A partir do momento em que se constata «la desregulación del espectro radiodifusor europeo en los 80 que permitió seguir la estela del enorme desarrollo de la radio musical USA iniciado una década antes, a la vez que amplió el panorama de la oferta. Desde aquel entonces podemos decir que empezó el proceso de doble segmentación progresiva: la de los contenidos musicales y la de la audiencia» (Marti in Esteban, 2000: 241)

Partir do pressuposto de que estamos perante um novo meio (um novo paradigma)

“El punto de partida de esta propuesta, la hipótesis principal, que hacemos es que estamos frente a un nuevo medio, y por tanto el canal obliga a adaptar la producción informativa a las características del mismo. Determinar cuáles son esas características es indispensable si se quiere hacer cualquier tipo de teorización sobre los géneros ciberperiodísticos que han comenzado a fojarse, algunos de los cuales son bien diferentes de los que ya conocemos en la prensa escrita o los medios audiovisuales. Entre otras cosas, porque muchas de esas caracteristicas son imposibles de conseguir en los medios que hasta ahora conocíamos. Estanos, sin duda, ante un nuevo paradigma (…) Diáz Noci, Javier, Los géneros ciberperiodísticos: un aproximación teórica a los cibertextos, sus elementos y su tipologia, http://www.ehu.es/diaz-noci/Conf/santiago04.pdf, consultado a 18/2/06)

O peso da rádio musical

La especialización musical es el fenómeno radiofónico más desarrollado en Estados Unidos y un fenómeno consolidado en Europa en términos de programación y audiencia. En la actualidad, la radio europea dispone de más de veinte formatos musicales. España presenta la mayor diversificación con más de siete formatos. La radio europea dispone de alrededor de un 30% del mercado de audiencia mundial de la radio musical, principalmente en España y Francia».
Elsa Moreno Moreno, MArtinéz-Costa, 2001: 203

O peso da rádio musical em Portugal

A rádio musical em Portugal vale mais de 70%

March 25, 2006

Somando os valores da audiência (2004, ANuário de Meios da Marktest) das sete rádios mais ouvidas com uma programação claramente musical em Portugal, temos:
RFM 13,5%
Comercial FM 6,9%
Cidade FM, 3,9 %
Antena 3 3,7 %
RCP 3,6%
Best Rock FM 1,5%
Mega FM 1,5 %
ToTAL: 34,6
(faltam: RR 10,9%, TSF 5,0 e Antena 1 4,1 - que totalizam 20 %)
Sendo que as 10 rádios mais ouvidas representam 54,6 da audiencia acumulada de véspera. A restante audiência pertence a rádios locais ou a cadeias mais pequenas.
COnsiderando que não existem mais rádios de informação (como a TSF) ou em que a palavra tenha um peso expressivo (como a RR ou Antena 1, sempre superior a 40 %), pode deduzir-se que a rádio musical terá uma audiência em Portugal de 80 a 70 %.

Estes dados ganham mais expressão se se acrescentar que «el formato musical es estrategia de programación prioritaria de la radio comercial europea, disponiendo de una notable aceptación entre los oyentes, donde en algunos países como España, Francia o Italia, su seguimiento alcanza entre el 34% y el 30% del total de audiencia radiofónica» (Moreno, Elsa, «La radio de formato musical: concepto y elementos fundamentales», Comunicación y Sociedad, Volume XII, nº 1, 1999, pág. 90)

Qual será o papel da música na rádio do futuro?

arch 4, 2006

« (…) pese a la facilidad que tiene, el eje de la mísica no puede ser el único motor que empuje los contenidos de este tipo de radio [digital]. Los oyentes tendrán otros medios para acceder al non stop music. Los operadores deberán buscar temas atractivos, producidos por sí mismos, externamente o sacados de los bancos digitales de los grandes grupos multimedia, para loder armar formatos que cuenten cosas, que informen, que interesen, que entretengan o que simplemente, provoquen ensoñación».
J. Marti Marti in Martinéz-Costa, 2001: 193

HÁ quem ache que não:«Considero que la musical continuará siendo la especialización más extendida a través de los diferentes soportes de producción y distribución ante los que converge la radio» (por quatro razões: históricas/peso da música ao longo de um século; a música é uma lin guagem universal; a rádio musical está muito desenvolvida na Europa e sobretudo nos Estados Unidos; menores custos económicos)
Elsa Moreno Moreno, Martinéz-Costa, 2001: 202

http://osegundochoque.blogsome.com/2006/03/04/a-musica-vai-perder-importancia/

Há futuro para projectos minoritários?

Transformando-se num agente de homogeneização cultural, assiste-te à diminuição de estações de verdadeiro serviço público (mesmo que seja esse o seu estatuto político ou administrativo, como acontece com o canal 1 da portuguesa RDP) ou ao fim de experiências não comerciais (ver capítulo 2.6 Rádios sem formato). É o triunfo da globalização dos formatos, sobretudo musicais.
Hendy cita um caso paradigmático: “New York’s WNEW-FM, often described as America’s ‘first free-form progressive rock station’ - and a mirror for the city’s cultural, musical and sexual vitality - captured only 1.4 per cent of the city’s available audience in 1999, a situation which helped propel its owners into abandoning thirty-two years of history and reformatting it as a laddish all-talk station” (Hendy, 2000: 236).
Em Portugal dois exemplos são conhecidos: o fim das rádios XFM e Voxx (ambas com emissão simultânea em Lisboa e Porto), por falta de viabilidade financeira e cujas frequências foram alienadas para estações… comerciais - desenvolvimento em 2.6.

entre o poder e o querer participar

... vai uma grande distância, certamente.

Mas neste contexto não nos interessa tanto a questão quantitativa de medir a participação, mas antes uma analise da possibilidade de participação. Só essa possibilidade é disruptiva face ao passado. Alguns participarão, a maior parte não. Mas haverá cada vez mais gente que não só pode como quer participar;  não se esqueça nem o fenomeno da cauda longa nem a possibilidade de a espiral do silêncio tambem se aplicar - estes consumidores podem ser uma minoria, mas contam e podem fazer a diferença.

Se a nova «rádio» não cumprir o que promete...

Fundamentalmente esta nueva radio desarrollará nuevos formatos especializados con una gran sinergia e interactividad de contenidos y servicios entre los diferentes soportes digitales. De lo contrario ocurrirá lo que ya presagió Bertolt Brech en su Teoría de la radio en 1932, que teniendo todos los canales disponibles, no tengamos nada que contar: "[la radio] tiene la posibilidad de decirlo todo a todos, pero, bien mirado, [hay que tener] algo que decir". O aún peor, que lo que la radio cuente, no interese a los oyentes de la era digital (Martínez Costa 2004:11).

O informacionalismo de Castells

«Es imposible aproximarse a la evolución de las TIC y su implantación en todos los ámbitos de la realidad actual, con la vista puesta en el retrovisor. Es por eso que Manuel Castells y otros investigadores (1998), han construido una nueva base argumentativa que denominan Informacionalismo. El Informacionalismo sustituye al Post-industrialismo como matriz dominante de las sociedades del siglo XXI (CASTELLS, 1998, 2002). Este modelo tecnológico argumenta el papel central de la tecnología en todos los ámbitos de la realidad, a la vez que ofrece la base teórica necesaria para comprender el desarrollo de un nuevo modelo de estructura social denominada Sociedad Red. Se trata de un modelo que no crea información y conocimiento en si mismo. El aspecto más novedoso de la teoría informacionalista es el papel central que se otorga a las tecnologías en la manipulación de la información y del conocimiento (Lévy, 1996, 1998). El informacionalismo es, por tanto, un paradigma tecnológico basado en el aumento de la capacidad humana para procesar la información en torno a las revoluciones gemelas de la microelectrónica y la ingeniería genética (CASTELLS, 1998: 125)» (Toral e Murelaga, 2007: 53-54) 

MAIA, Matos (1995), Telefonia. Lisboa: Círculo de Leitores

Rodrigues, Adriano Duarte (1995), «Prefácio», em Maia, Matos, Telefonia. Lisboa: Círculo de Leitores

Se Meditsch estiver certo, a rádio tem futuro

«O auge da era das comunicações eletrônicas foi marcado pelo desenvolvimento do rádio, o que vai torná-lo o primeiro veículo de comunicação eletrônica (FIDLER, 1997:145). Reafirmando a posição de Meditsch, o rádio foi o primeiro artefato eletrônico a penetrar no espaço doméstico (MEDITSCH, 1999:35), pertencendo à mesma era eletrônica da informação da TV e do computador, sendo o rádio apenas a manifestação mais precoce (MEDITSCH, 1999:15).» Rádio na Internet: desafios e possibilidades,Autor: Álvaro Bufarah Junior, 2006

«o rádio, como tenho insistido, contra a idéia dominante no senso comum, é um veículo da era eletrônica, sua era não está no passado, sua era é a de todos os meios eletrônicos, ele apenas foi o que surgiu antes (MEDITSCH, 1999).» (meditsch, 2001, pag 2)

Objectivos (U&G)

Ao longo de décadas varios autores procuraram saber porque é que os jovens ouviam a rádio, na linha de usos e gratificações. Este não é um estudo sobre os efeitos dos media - da rádio em concreto - nos jovens; será mais um estudo sobre os efeitos dos usos dos media pelos jovens; não se estudam programações, estuda-se o que os jovens poderão fazer a essas programações. ainda assim, também nos interessa - pontualmente - perceber porque é que os jovens estão a deixar de ouvir. os numeros provam-no, sendo que as razões estão mais do lado externo - não dependentes da rádio (a digitalização) do que do lado de dentro (descontentamento com o que se ouve - que tambem existe)

 

BRECHT, Bertolt (2005), Teoria do rádio (1927-1932), em Meditsch, E. (org), Teorias do Rádio, textos e contextos. Florianópolis: Editora Insular, Vol 1, 35-45

O utilizador é o conteúdo da Internet

 

“The medium is the message” is no doubt McLuhan’s best-known aphorism. (Levinson, 1999: 35) …_ has been well understood in general, and aptly recognized as the flagstone in McLuhan’s path to understanding media. But, unsurprisingly, much of its subtlety and implication has been wildly misinterpreted as a manifesto “against” content, or that what is communicated does not matter at all. 35  McLuhan’s attempt to shift our focus from content to medium derived from his concern that content grabs our attention to the detriment of our understanding and even perception of the medium and all else around it much as the flood of sunlight on even cloudy days blinds us to t he stars that also inhabit our sky, and of which our sun is but a special, particular case. 36-37 In other words, the user is the content of the Internet – which, it turns out, is much what McLuhan went on to say, in a metaphoric sense, about media in general. 39

McLuhan’s examples of users as content – telephone and television (he also mentions radio) – are all electronic. Telephone, of course, presents a special case, because it is intrinsically interactive, as is online communication. But why distinguish television and radio as media in which the user is “sent”? The answer can only reside in the instantaneity of electronic communication, and the impact it has on the perceiver: whereas books and newspapers bring the world to us, clearly after the fact, radio and TV bring us to the world, to the very scene  of the action. 39-40

A Internet continuará a ser olhada com desconfiança?

«The Internet, of course, is seen in a rear-view mirror par excellence. Its critics are prone to see it as a television screen; its devotees, including me, are inclined to see it as an improved kind of book. But the truth of the matter, yet to be fully determined, is that the Internet is and will be a combination and transformation of both books and other media such as telephone as well, and thus is something much more, much different from any prior media. The rear-view mirror cannot tell us what that is, but it can remind us not to get too mesmerized by reflections of the immediate past. The driver who looks only into the rear-view mirror, or even too often, and accords consequently short shrift to the road ahead and its new possibilities can quickly end up on the side of the road, or worse.» Levinson 16

A rádio tem um problema de representação do real?

A rádio, ouviu-se muitas vezes a acusação, por causa deste agenda-setting, é ela própria um «problema de representação do real» (Santos, 2001: 114)