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Transistor kills the radio star?

Sobre a relevância do consumo activo (e o relativismo) (concl)

Existirá, neste contexto, a tentação quer para sobrevalorizar a importância do consumo activo quer para subvalorizar esse mesmo consumo.

Uns dirão que tentados a controlar os conteúdos ou, apenas, pressionados pela adesão dos operadores (que incentivarão a esse 'activismo') cada vez mais gente quererá ter papel activo, se não produzindo, pelo menos seleccionando ou, no mínimo, interagindo*. Ainda assim, é correcto dizer que serão nos próximos anos uma minoria?

Outros dirão que há uma moda e que os indices de participação não aumentarão consideravelmente; o publico maioritário limitar-se-á a ouvir, à comodidade, à opção mais barata; que o consumo activo é um capricho;

Em que ficamos? Haverá cada vez mais gente a usar essas ferramentas.

Uma coisa parece certa: devemos colocar em dois planos a analise - a rádio hertziana convencional e a utilização da net;

* Fará sentido equacionar três níveis de consumo activo:

- mínimo, que corresponde apenas à interactividade (responder a um passatempo, pedir uma musica, emitir um comentário, sugerir a um amigo); é um passivo-activo

- médio, que corresponde à 'customização' ou personalização (escolher, recusar, intervir no produto); criar uma playlist ou uma selecção de podcasts/tags não significa o passo seguinte, da produção; ele limita-se a organizar, à sua maneira, os conteudos disponibilizados; é um activo-passivo, porque não cria, mas não aceita tudo o que lhe dão;

- máximo, que corresponde à produção (além de consumidor, também cria conteúdos, aproveitando ou não materiais disponibilizados pelos operadores, conteúdos que faz girar por diversas plataformas e que podem ser aproveitados pelos operadores e por outros consumidores - podcasts, por exemplo, mashups, etc); é um activo 

1 comentario

dan3 -

No se puede pronosticar minorías con el índice de crecimiento de las redes sociales
También hay parte de razón en quienes hablan de moda ya que la penetración es superficial y los cambios no duran muchos meses.
Tus grados, tu escala, más que de consumo, hablan de interacción: baja, media y alta. La interacción baja está siendo la más numerosa. La media no es muy abundante, pero crecerá con los años. La participación activa y creativa será poca en número, pero más que suficiente para crear mercados al poder seleccionar entre autores/as de cualquier cultura o punto de la Red.
Queráis pronóstico, ahí lo tienes.
Un abrazo