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Transistor kills the radio star?

3.0.1 Tendências do segundo choque

A nova lógica de gatekeepers

I also knew that McLuhan shared this jaundiced view of publishers noting as often as he could, and with special relish, how “the Xerox makes everyone a publisher” (1977a, p. 178). (…)…But I also realized that photocopying would not provide the solution For although it was inexpensive and widely accessible by the 1970s, its output looked nothing like books, newspapers, magazines, even academic journals – the media in which writers had become pleased since the advent of the printing press to present their words to the public. Thus, like so many of McLuhan’s observations, the photocopier as publisher was more metaphor than reality. levinson, 1999120

 

«Letters to the Editor” are supposed to serve as a remedy for the oversights and errors of gatekeeping: if the newspaper fails to print something Important, or makes a mistake in its reporting, an alert reader can send .d a limitations that engender gatekeeping in the first place work to keep the overwhelming majority of such letters unprinted. … 123

 

And yet Walter Cronkite conc1uded each of his CBS-TV nightly newscasts in the 1960s and 70s with a sonorous “And that’s the way it was” – the broadcast equivalent of “All the News That’s Fit to Print,” and just as misleading. A more accurate tagline would have been, “And that’s the way the editors at CBS decided you should think it was.’ Today, television networks present their news with much the same underlying attitude as Walter Cronkite, if without the explicit (yet historically endearing) self-benediction. But call-in programs on radio and cable television, and the rapid expansion of cable television in general, have begun to pry open the gates. These, far more than the Xerox cited by McLuhan, are actually allowing samples of “everyone” to publish on the air. 124-

 

Amazon.com’s approach to book reviews is also indicative of a new gatekeeping without gates.  128

Amazon.com seems further instructive of how a digital future might operate along the lines of McLuhan’s “everyone a publisher.” Listings for books frequently show titles of similar books that buyers of the instanced book also purchased. Buyers are encouraged to “click” on options that cause Amazon.com to notify them when future books by a specified author or about a specified topic become available. These and similar “push” technologies – i.e., programs that, once set, automatically bring selections to customers, in contrast to “pull” technologies which require the user to search the online bookstore or Web anew for each desired selection – show the transformation of gatekeeping in online bookstores to special delivering. (…) Such “matchmaking” (as Stanley Schmidt, editor of Analog: Science Fiction and Fact magazine, aptly calls this new editorial function; see Levinson & Schmidt, forthcoming; also Schmidt, 1989) can further develop in a variety of ways. 129-130

O novo meio e os conteúdos

There is no such thing as a medium without content, for if it had no content, it would not be a as a medium. McLuhan (1964, pp. 23-4) cites the electric light as a hypothetical example of “pure information,” or a medium without content, but then aptly notes that its content is what it shines upon and illuminates. (Levinson, 1999: 2-3)

“The medium is the message” is no doubt McLuhan’s best-known aphorism. 35 …_ has been well understood in general, and aptly recognized as the flagstone in McLuhan’s path to understanding media. But, unsurprisingly, much of its subtlety and implication has been wildly misinterpreted as a manifesto “against” content, or that what is communicated does not matter at all. 35  McLuhan’s attempt to shift our focus from content to medium derived from his concern that content grabs our attention to the detriment of our understanding and even perception of the medium and all else around it much as the flood of sunlight on even cloudy days blinds us to t he stars that also inhabit our sky, and of which our sun is but a special, particular case. 36-37 In other words, the user is the content of the Internet – which, it turns out, is much what McLuhan went on to say, in a metaphoric sense, about media in general. 39

McLuhan’s examples of users as content – telephone and television (he also mentions radio) – are all electronic. Telephone, of course, presents a special case, because it is intrinsically interactive, as is online communication. But why distinguish television and radio as media in which the user is “sent”? The answer can only reside in the instantaneity of electronic communication, and the impact it has on the perceiver: whereas books and newspapers bring the world to us, clearly after the fact, radio and TV bring us to the world, to the very scene  of the action. 39-40

“ But sometimes that choice may be difficult to categorize. If I read a newspaper online, is the newspaper the content. .. are the words in the online stories… are the ideas expressed in the words… are they all? The answer suggests that not only do old media become the content of new media, but in so doing retain the older media that served as their content, which in turn retain their even older media as content, going back and back. . . to the oldest medium of all. 41

 

Passivos porque não tinham alternativa

«Cresci no auge da era da cultura de massas - os anos 70 e 80. Os adolescentes dessa época tinham acesso a meia dúzia de canais de TV e praticamente todas as pessoas assistiam à mesma mão-cheia de programas televisivos. Havia três ou quatro estações de rádio em qualquer cidade, que ditavam em grande medida o tipo de música que ouvíamos; apenas alguns miúdos ricos com mais sorte faziam colecções de discos um pouco mais ousadas. Todos nós víamos no cinema os mesmos êxitos de bilheteira no Verão e as notícias que recebíamos tinham origem nos mesmos jornais e emissoras. Os poucos lugares onde podíamos explorar o que estava fora da corrente dominante eram a biblioteca e a loja de livros de banda desenhada. Tanto quanto me recordo, a única cultura disponível sem ser a cultura de massas era a dos livros e aquilo que eu e os meus amigos inventávamos, e isso não ía além dos nossos próprios quintais» (Anderson, 2007: 3) 

(intro) A internet cria um novo utilizador

«Internet está creando un usuario y consumidor nuevo al que le gusta la interactividad, sentirse conductor del proceso de la búsqueda, de la comunicación» (CHerreros, 2007: 95)

Uma definição de consumo passivo

«la radio tiene como servicio dejar las manos libres para conducir, fabricar, limpiar, y la vista libre para atender y presenciar otras realidades. Lo único que exige es la atención del oído y no siempre de manera excluyente. Se sitúa como ambiente mientras se habla o se hace otra cosa» (CHerreros, 2007: 94)

O que significa multimédia (segundo Levy)

«o termo multimédia significa em princípio: quem emprega vários suportes ou vários veículos de comunicação. Infelizmente, a sua utilização nesta acepção tornou-se muito rara.(...) O termo multimédia é empregue correctamente, quando, por exemplo, a estreia de um filme dá lugar simultaneamente à comercialização e venda de um jogo de vídeo, à difusão de uma série televisiva, camisolas, jogos, etc. Neste caso, trata-se verdadeiramente de «uma estratégia multimédia». Mas se o que se pretende é designar de maneira clara a confluência de vários tipos de media diferentes na direcção da mesma rede digital integrada, dever-se-ia empregar de preferência a palavra «unimédia» (Levy, 2000: 68). 

(5.0) A comunicação passiva em Levy

(este não é, como é óbvio, um conceito novo; nova será quando muito a sua adaptação à realidade)

«o dispositivo comunicacional designa a relação entre os participantes da comunicação. Podem distinguir-se três grandes categorias de dispositivos comunicacionais: um-todos, um-um, todos-todos. A imprensa, a rádio, a televisão estão estruturados com base no princípio um-todos: um centro emissor envia as suas mensagens a um grande número de receptores passivos e dispersas. O correio e o telefone organizam relações recíprocas entre interlocutores mas somente por meio de contactos de indIvíduo para indivíduo ou de ponto para ponto. O ciberespaço põe em funcionamento um dispositivo de comunicação original pois permite às comunidades constituírem progressivamente e de forma cooperante um contexto comum (dispositivo todos-todos)» (Levy, 2000: 67)

A estes deveriamos acrescentar um novo dispositivo comunicacional: todos (ou melhor muitos?)-um, a partir do momento em que a personalização da escolha pode ser feita a partir dos mais diversos e infinitos conteúdos digitais (www, o nosso computador, o iTunes, etc) 

O novo poder (de controlo) dos utilizadores (mass self communication)

«A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa – porém, produzida, recebida e experienciada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organização. A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático passou a se envolver com o maior número possível de blogs. Falta pouco para que, através da Mass Self Communication, os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmentí-las e até mesmo a produzi-las. (...) Isso não quer dizer que tenhamos de um lado a mídia aliada ao poder, e de outro, as Mass Self Media, associadas aos movimentos sociais. Ao contrário: cada uma opera sobre uma dupla plataforma tecnológica. Mas a existência e o desenvolvimento das redes de Mass Self Communication oferecem à sociedade maior capacidade de controle e intervenção, além de maior organização política àqueles que não fazem parte do sistema tradicional» (Castells, 2006)

A velha questão sobre se o público é passivo ou activo

«Na sociedade contemporânea, a política depende diretamente da mídia. As agendas do sistema político e mesmo as decisões que dele emanam são feitos para a mídia, na busca de obter o apoio dos cidadãos ou, pelo menos, atenuar a hostilidade frente às decisões tomadas. Isso não quer dizer que o poder se encontre incondicionalmente nas mãos da mídia, nem que o público tome posições em função do que é sugerido pela mídia. Pesquisas em comunicação mostraram há muito tempo até que ponto o público é ativo e não passivo» (Castells, 2006)

A diferença entre técnica e tecnologia

«La multiplicación de contenidos. La ruptura del mensaje uniforme. Es justamente entre la tecnología - como difusora de mensajes - y la técnica -como dinamizadora de nuevos receptores multipropósito - donde encajan, para Amoedo (2001) y Priestman (2002), 1 n (2002), los contenidos de la radio actual, ya que éstos no se entienden sin la evolución de la tecnología.» (TOral e Murelaga, 2007: 57) 

A importância da interactividade

«Todo parece indicar, que la interactividad se erige como el gran valedor del éxito que pueda tener la radio en Internet» (Toral e Murelaga, 2007: 57)

O ouvinte que se converte em protagonista

«también la gestión de los contenidos de la nueva radio es novedosa y radicalmente diferente a la tradicional, ya que el oyente se convierte en protagonista de la gestión de la información» (Toral e Murelaga, 2007: 56)

Ainda a diferença entre interactividade e interacção

«la interactividad se basa en una «cualidad» o «facultad» y no en una «acción» - como en el caso de la interacción -. Dicho en otras palabras: la interactividad es la facultad o cualidad que caracteriza a la tecnología digital para que de su uso o explotación, uno o varios usuarios o una o varias máquinas puedan interactuar o interrelacionarse y lograr así uno o varios objetivos» (TOral e Murelaga, 2007: 56) 

«Utilizador selectivo»

«La socialización de la tecnología -sobre todo de Internet- confiere al individuo un protagonismo inédito hasta la fecha en cuanto a particlpación en el proceso de elaboración y manipulación de contenidos (TURKLE, 1997; ,VITTADINI, 2002). Esta revolución tecnológica ha producido un nuevo individuo que es emisor y receptor del mensaje (BURNETT y MARSHALL, 2003) y se convierte en lo que se podría denominar como usuario selectivo» (TOral e Murelaga, 2007: 54) 

Da produção de massas ao consumo individualizado

«Mientras la producción industrializada se caracterizaba por un modo de consumo de masas, el modelo de producción actual se caracteriza por un tipo de distribución y consumo de bienes inmateriales individualizado (CASTELLS, 2002)» (Toral e Murelaga, 2007: 53) 

A Internet torna tudo igual (o fim das barreiras)

«La radio con presencia en Internet está desdibujando las limitaciones entre los distintos medios de comunicación, al fin y al cabo, Internet es una plataforma multimedia en la que imperan distintos lenguajes (audio. escrito, visual) se incluyen informaciones de muy diverso carácter (datos, gráficos, imágenes fijas o en movimiento, etc.) Esta fusión de lenguajes entre medios hace que unos recojan las particularidades de los otros y que todos se asemejen aún más en la Red» (Peñafiel, 2007: 25) 

(5.0 intr )Como nasce o consumo activo

depois de tantas décadas de consumo passivo dos meios de comunicação, como nasce o consumo activo?

A partir do momento em que os conteudos passam a estar na net, alojados e aí organizados, o poder do utilizador cresce enormemente: de ligar/desligar e mudar de estação (no caso da rádio), passo a poder optar dentro do que me é oferecido; passo a poder escolher; ao poder escolher os conteúdos nasce o consumo activo

«El ansiado feed-back de la comunicación ya es posible gracias a los medios interactivos basados en soportes multimedia y los usuarios pasivos se convierten en activos al poder elegir los contenidos que deseen. La radio por Internet ofrece al internauta la posibilidad de consultar y escuchar la programación e, incluso, autoprogramar la oferta radiofónica» (Peñafiel, 2007 24) 

O velho problema de mais escolha ou 'melhor escolha'

James Cridland, depois de ter defendido que os ouvintes de rádio querem sempre mais escolha, começa a concordar com quem - como Ramsey e eu, por exemplo - entende que excessod e escolha é perigoso e que controlar a escolha é fundamental.

«(...) because screens aren’t the first thing you think of when it comes to a radio, radios are very poor when it comes to navigation. The 50-odd stations I can pick up on my DAB Digital Radio are sorted in nothing other than alphabetical order. The only thing I know about these stations is the name. Now, I know what most of these brands stand for - but I wonder how many people, unpacking their DAB Digital Radio, have the faintest idea what these stations play? Life clearly gets worse if you’re skipping through XM Radio’s 170 channels - and don’t even get me started on the user interface of a typical internet radio, where a great demonstration is to try tuning into WBUR (which is helpfully near the top of the ‘W’s, after the bottom of the ‘K’s, and therefore if you’re tuning in alphabetically using one tuning knob it’ll take you a number of minutes to find); and what’s “WBUR” as a descriptor of what I could find there? For radio listeners, there’s no doubt that choice is good, in my mind. But we need better ways of navigating through this choice» (fonte CRIDLAND, James, The Perils of choice on radio, James Cridland's blog 23/06/08

Passar a nossa colecção de música para um site

(uma tendência que se acentua: em vez de termos a nossa colecção de musica no computador - como o iTunes - podemos passa-la para um site na net e assim estar sempre online, mesmo sem computador, desde que haja ligação)

«I have a music collection on my computer that is in excess of 30 GB and tonight I discovered a way to access it from anywhere. Orb streams songs straight from your PC to nearly any Internet-connected device -- including some mobile phones. This free service turns your PC into a media server, streaming not only songs, but also video, photos, and even TV, to just about any Web-connected device. That means you can tap your music library from your work PC, your Palm Centro, your Nintendo Wii, or your iPhone -- to name just a few of the supported gadgets. Orb is also compatible with all major gaming consoles -- the Wii, PS3 and Xbox -- so you can now enjoy your media on your TV screen as well! (...) With the Orb client up and running, you're ready to stream. The hitch, of course, is that you'll need to leave your computer on at all times. To listen to your tunes, fire up the Web browser on the device you're using and then head over to mycast.orb.com. When you install the software and create your account, your content is indexed on your personal Orb page. It is then accessible anywhere that has an Internet connection; you simply log in and access your files. After downloading the software, it took about half and hour for my whole collection to be available online. Orb even lets you invite friends to share your collection and you can blog on the site. A very cool tool indeed! (fonte: Access Your Music From Anywhere Toni's Corner of the world, 20/06/08)

 

(5.1) Trabalho de campo: observação empírico-dedutiva