Ainda (as ondas de choque) sobre o que fizeram os Radiohead
Em continuação a este texto:
«(...)se tornaram responsáveis por aquilo que o «Times» de 7 de Outubro designava como «The day the music industry died»: (...)Tradução rápida e evidente: uma das mais notórias bandas mundiais assume publicamente que, para o bem e para o mal, a música gravada é já, tendencialmente, gratuita e que a única forma de minimiar os prejuízos é usar as armas do «inimigo», passando a encarar o CD (físico ou virtual) como mero material de promoção para o que realmente conta - os concertos. (...) Enquanto estratégia de «marketing», deverá ser considerada, desde agora mesmo, exemplo brigatório de «textbook». Até porque o «espírito los tempos» não sopra noutra direcção senão nesta: a vertiginosa queda nos números de vendas de CD, nesta década, não pára de acelerar (no último ano, menos 10% em Inglaterra, 25% em França, 35% no Canadá); a cadeia de lojas HMV anunciou que, nos seis primeiros meses de 2007, as vendas se reduziram em 50%, e Richard Branson, após prejuízos de 50 milhões de libras, declara o óbito das Virgin Megastores; a EMI (cujo número de funcionários, em dez anos, a nível mundial, encolheu de 10 mil para 4 mil), adquirida pelo grupo financeiro Terra Firma, vale actualmente um terço do que representava em 1997; paralelamente, a partilha de ficheiros ilegal pulveriza diariamente recordes (e toma risíveis todas as invesidas «repressivas» sobre milhares de milhões de corsários) enquanto os números de público presente em conccrtos (com bilhetes a preços que, no caso dos Police e Rolling Stones, variavam entre as 70 e I50£), no Reino Unido - até ao final leste ano, 450 festivais de música -, cresciam 11%». (LISBOA, João, «Hail to the thief», Actual/Expresso, 20/10/07, pág 50/51)
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