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Transistor kills the radio star?

Transmissão e intercâmbio

«Há, segundo Kaplún, pelo menos duas grandes formas - antiquíssimas - de entender a comunicação: como transmissão (acto de emitir, informar) e como intercâmbio (relação de partilha e reciprocidade).
James Carey (in Communication as Culture, 1985) recorre a outras categorias - transmissão e ritual - para se referir ao mesmo problema. Muitas são as tradições teóricas propostas para compreender a comunicação (para uma percepção de conjunto, consultar,por ex., R.T. Craig, 2000). Mas é possível trabalhar na base da hipótese de duas grandes macro-categorias, apesar dos riscos de reduccionismo.
Uma questão que se torna pertinente analisar - e Kaplún formula-a explicitamente - é a de saber porque será que o modelo transmissivo-informativo se tornou hegemónico, a ponto de se confundir e reduzir frequentemente a comunicação à informação.
O nosso autor propõe duas hipóteses explicativas: 1) o carácter hierárquico e autoritário das nossas sociedades; e 2) a influência da irrupção dos meios de difusão colectiva a partir dos inícios da modernidade.»

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