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Transistor kills the radio star?

Uma definição de rádio funcionalista?

São estas as características imutáveis em quase cem anos de rádio – aquelas que permaneceram estruturais e que dão identidade à rádio, tal como conhecemos ainda hoje:

- um conteúdo sonoro (música mas sobretudo palavra)

- um produto predeterminado (programado e/ou formatado)- para o ouvinte escutar uma vez sem qualquer tipo intervenção (ou gosta ou desliga, ainda que o possa fazer apenas inconscientemente);

As restantes características alteraram-se durante os anos, mas nem por isso deixou de ser rádio: - se é distribuída por onda curta, onda média, frequência modulada, cabo ou satélite;- se é recebida num aparelho simples ou composto (convergente);

Em resumo, depois de limpas as “gorduras” (as características que não são identificadoras), rádio pressupõe uma única e irrepetível emissão (para todos) sonora (de voz e provavelmente música) em contínuo (portanto não manipulável). Noutra formulação, um rígido “agenda setting” sonoro definido claramente por um “gatekeeper”. (Mas qualquer que seja a formulação, é claro que não é uma única característica que define o meio, antes a conjugação destes elementos)

A questão é se esta definição não é 'demasiado' funcionalista; sim, porque é claramente funcionalista o modo de operação da rádio até ao aparecimento das novas ferramentas da internet (o consumidor passivo, a quem é dado o direito de ouvir ou de não ouvir, nada mais); aliás, é - genericamente - funcionalista a industria da comunicação social dependente do mercado.

[1] Ser um elemento sonoro é provavelmente a característica mais presente em cem anos de estudos sobre a rádio, de Arnheim (1936) a Klippert (2005)

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