O (aparente problema do) excesso de escolha provocado pela Internet
«(...) será que alguém precisa de tanto por onde escolher? Seremos capazes de gerir isso? Esta é a pergunta que mais se ouve nos dias que correm, à medida que a abundância da Internet se expande. A visão convencional é a de que é melhor haver mais escolhas, dado que esse fenómeno atende ao facto de as pessoas erem diferentes umas das outras, permitindo-lhes encontrar aquilo que se lhes adequa. No entanto, no The Paradox of Choice, um influente livro publicado em 2004, Barry Schwartz argumenta que o facto de haver demasiada escolha gera uma situação não só confusa como também bastante opressiva. (...) (180). A solução, descobriram, é organizar a escolha de uma forma que realmente ajude os consumidores (183) (...). A sabedoria convencional estava certa: é realmente melhor dispor de uma maior variedade de opções. Mas agora sabemos que a variedade, só por si, não é suficiente; precisamos também de informação acerca dessa variedade e de saber aquilo que os consumidores que nos antecederam fizeram com o mesmo leque de opções. O Google, com a sua aparente capacidade omnisciente para ordenar o infinito caos da Internet de forma a que surja à cabeça dos resultados das pesquisas aquilo que nós pretendemos, mostra o caminho. O paradoxo da escolha acabou por ter mais a ver com a escassez de ajuda na tomada de decisão quanto à escolha do que com uma rejeição da abundância. Organize a escolha de forma errada e ela será opressiva; organize-a da forma correcta e será libertadora. (Anderson, 2007: 184)
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