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Transistor kills the radio star?

O mercado publicitário está a crescer em Portugal

é a convicçaõ de Carlos Marques, director-geral comercial das rádios da MediaCapital, na sua última newsletter:

«No final de 2006, os analistas de media previam um crescimento de investimento dos anunciantes no meio rádio para 2007.
Ia eu dizendo, em conversa com um amigo meu, também dos media, mas da área de imprensa, que as previsões dos analistas teriam, relativamente à rádio, bastante probabilidade de se confirmarem, dado que sentíamos desde Fevereiro, na MCR (Media Capital Rádios), um incremento do nosso espaço publicitário, de que é exemplo máximo a Rádio Comercial com ocupação total do seu espaço.
A determinado momento, o meu amigo confrontou-me com várias notícias que tinham surgido na imprensa, especializada e não especializada, que veiculavam a ideia de que, e segundo dados do Mediamonitor da Marktest, o meio rádio estava em queda face a períodos homólogos de 2006.

Ora o Mediamonitor apenas contabiliza spots publicitários, não inclui - nem live copy’s (comunicação integrada na emissão), nem marketing de conteúdos, nem acções de especiais como passatempos, endorsement, extensão da comunicação através dos nossos sites e outros. Consequentemente, e em rigor, o Mediamonitor da Marktest apenas serve para medir o número de spots difundidos e não para avaliar alterações rigorosas de investimentos. Como a tendência de comunicação em rádio passa cada vez mais pelas soluções atrás   referidas, que vão muito para além do tradicional spot, vou, provavelmente, ter de continuar a explicar, de tempos a tempos, esta nuance ao meu amigo. Concluindo, através dos dados que consegui reunir do mercado, o investimento em rádio está efectivamente a crescer… pelas audiências que tem, pela adaptação que o meio está a conseguir face às novas necessidades de comunicação dos anunciantes e pela constatação de que a rádio é um meio poderoso e omnipresente – está em todo o lado, em nossa casa, no nosso trabalho, no nosso carro e no nosso walkman!»

De qualquer forma não parece ser isso que dizem os números da própria Media Capital; Vejam-se as contas do primeiro trimestre, com uma quebra nas receitas publicitárias de 14% face ao ano anterior.

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