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Transistor kills the radio star?

Mais podcasting mas menos podcasts?

«Há muita gente desiludida com o podcasting, como que dando razão aos que, mal a técnica surgiu, prenunciaram a sua morte. Os que estão desiludidos convocam estudos, relatórios e a própria experiência para dizer que o podcasting não descola e que continua minoritário, que não encontrou uma forma de se viabilizar comercialmente, que a qualidade dos programas não aumentou e não se registaram significativas evoluções técnicas.
A desilusão será provavelmente proporcional ao entusiasmo inicial, o que só mostra que quando falamos de novas técnicas e de novas tecnologias é prudente alguma ponderação e que alguma reserva nas previsões é uma regra de bom senso.
De qualquer forma, a existir desilusão será quando muito com os podcasts e não ao podcasting.

(...)
Em contrapartida o podcasting é uma técnica claramente de futuro. O podcasting como técnica de redistribuição de conteúdos (áudio ou vídeo) que não podemos ou não temos de ouvir no momento em que são disponibilizados. E rádios e televisões já começaram a perceber isso mesmo.
(...)
E então teremos podcasting não apenas de programas mas também de notícias, de modo a que se concretizará o sonho de Bertold Brecht: o receptor não será mais o sujeito passivo da comunicação, mas aquele que escolhe o que quer ver e ouvir, o que constrói o seu próprio noticiário, o que intervém.
Com o podcasting, com este ou outro nome, com esta ou outra forma de eu poder escolher o que quero ver e ouvir»

Excertos do texto «Podcasting sem podcasts?», do catálogo do Festival Black & White, Porto, Abril 2007 (excertos on line aqui).

Do debate que lá se realizou algumas ideias, sistematizadas por Francisco Mateus (e desenvolvidas no seu blogue):

« 01. Regularidade

02. Facilidade
03. Quantidade
04. Qualidade
05. Conhecimento
06. Reconhecimento
07. Financiamento
08. Acesso
09. Concorrência
10. Futuro

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