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Transistor kills the radio star?

"La radio, reinventada"

Através de um texto (postal?) de Rogério Santos cheguei a um artigo da edição de domingo do La Vanguardia, chamado "La radio, reinventada" (que, já agora, adquiri por 3 euros, via net).

O que é que este texto tem de interessante? Basicamente fala dos podcasts e dos conteúdos audio em mp3. Mas - sobretudo através do feliz título - reforça uma ideia que também aqui tem andado a ser tratada: os podcasts, com este ou com outro nome (num depoimento que dei ao DN defendi a lógica de microcasting), vão mudar a rádio.

Ela deixa de ser instantânea, irrepetível, em corrente contínua ("streaming"), para passar a ser audível onde e quando se quiser. Mais: é possível personalizá-la ao ponto de, com conteúdos de diversas origens/rádios, eu poder construir a minha rádio. A minha rádio já não será aquilo que um director de programa quis que fosse, mas aquilo que eu quero ouvir no meu computador ou leitor de audio digital (e não no receptor transistorado).

Quer isto dizer que a rádio convencionar acabará? Não necessariamente, o fluxo hertziano poderá manter-se como elemento gerador de conteúdos, aproveitando o carácter instântaneo e imediato da actualidade informtiva (o directo...), mas sem carácter exclusivo do ponto de vista dos ouvintes. (tenho a certeza de que voltarei a este tema muitas vezes nos próximos anos...).

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