Há lugar para a rádio convencional (na net) em consumo activo
A proposito da questão aqui colocada sobre o que será a web 3.0, imagine-se, perante a oferta de milhares (cinco mil, dez mil?) rádios on line, um software que funcione como alertas/tags para nomes de artistas, palavras-chave em (nome de) musicas, etc.
A partir de uma lista de termos pré-definida (e constantemente editável), posso saber não só que músicas (que me interessam) estão a tocar em qualquer site do mundo como - quando essa informação estiver de tal maneira organizada/generalizada - as que vão tocar e as que me interessam.
[este cenário faz equacionar diversas questões:
- excesso de escolha exige uma forte capacidade de selecção (a busca avançada do Google já não chega...), sob pena de se tornar ingovernável; o utilizador também vai ter de se adaptar para esse consumo activo
- acentua-se a capacidade de controlo do utilizador (ele só ouve o que e se quer)
- é uma forma de valorizar os conteúdos classicos da rádio, ainda que já alterados; isto mostra que o consumo activo pode basear-se, pode partir da rádio clássica, desde que ela esteja na net, tenha o seu streaming organizado e anunciado e entre nas diversas redes de procura); isto mostra também que a escuta FM/AM é um anacronismo e que não tem condições para continuar a vigorar; que há espaço para uma emissão programada de rádio desde que se adapte às exigencias.
OUTRO EXEMPLO de como a rádio convencional pode tentar resistir, desde que se adapte - DESDE QUE EVOLUA (sem ser necessário transformar-se noutra coisa que não rádio): a rádio pode avisar os interessados das musicas que vão passar, de acordo com escolhas/opções/tags definidas por esses interessados previamente. 24 horas antes? 12 horas antes? cinco minutos? quando o utilizador quiser... Além de conquistar utilizadores que não estarão a consumir essa emissão (caso contrário não teriam subscrito os alertas - por email? por SMS?), conquista uma poderosa base de dados com os gostos desses utilizadores; gostos que não deve negligenciar se quer fazer uma emissão que se adapte aos gostos desses ouvintes. Além do mais, está a dar importancia, poder ao utilizador, seguindo aquilo que parece ser uma tendencia evidente.
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