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Transistor kills the radio star?

(5.2) A rádio, os anunciantes e o que o público (realmente) quer - a Internet

Não há rádio comercial sem publicidade, pelo que também não há programação de rádio que, não agradando aos ouvintes, não agrade aos anunciantes (para agradar aos anunciantes, a rádio tem de agradar aos ouvintes primeiro).

Chegar ao máximo de ouvintes (pelo menos ao máximo de ouvintes do alvo definido) só se consegue satisfazendo as necessidades e os desejos dessa audiência potencial - mas como saber o que quer essa audiência, o que querem saber as pessoas?

Até agora havia basicamente duas formas: antes e depois do produto estar no ar; antes, fazendo um estudo de mercado, sondar o mercado (baseando-se tambem em experiencias anteriores) ou arriscar; depois, em função dos resultados (e, mais uma vez de estudos de mercado); a lógica da reformatação resulta quase sempre da constatação - via audiencias - de que ainda não chegou a resultar ou de que já não está a resultar;

A internet, atraves do aumento do feedback, da criação de comunidades e da logica de recomendação, permite saber - em muitos aspectos o que qué que o publico quer; os canais de streaming são disso exemplos notaveis. No LastFM pode saber-se as faixas mais tocadas, as mais recomendadas, aquelas de que o publico mais gosta. Ou seja a rádio (convencional) tambem pode tirar partido da internet, apostando em ligar-se a sites de partilha via streaming ou simplesmente usando a informação que lá está disponivel.

Assim conseguirá projectar a rádio que os ouvintes querem - ainda que isto seja uma generalização - e não aquela que os programadores acham que eles querem ou ainda - pior - aquela que as editoras discográficas querem...

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