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Transistor kills the radio star?

A visão destorcida de Adorno e Horkheimer

«O rádio era petulante: colocava em pé de igualdade, diante de um concerto de música clássica, tanto o operário maltrapilho quanto o bem nutrido capitalista. O paradigma destes estudos foi estabelecido pela chamada Escola de Frankfurt. Dois de seus maiores expoentes, Adorno e Horkheimer, em seu texto mais disseminado, não poupavam de criticas o novo meio, do qual ressaltavam o caráter totalizante de nas operações discursivas: 'o concerto de Toscanini transmitido pelo rádio é, de certa forma, invendável. É de graça que o escutamos, e cada nota da sinfonia é como que acompanhada de um sublime comercial anunciando que a sinfonia não é interrompida por comerciais - 'this concert is brought to you as public service'. A ilusão realiza-se indiretamente através do lucro de todos os fabricantes de automóveis e sabão reunidos, que financiam as estações, e naturalmente através do aumento de vendas da indústria elétrica que produz os aparelhos de recepção. O rádio, esse retardatário progressista da cultura de massas, tira todas as conseqüências que o pseudomercado do cinema por enquanto recusa a este. A estrutura técnica do sistema radíofôníco comercial torna-o imune a desvios liberais como aqueles que os industriais do cinema ainda podem se permitir em seu próprio setor. Ele é um empreendimento privado que já representa o todo soberano, no que se encontra um passo à frente das outras corporações. Chesterfield é apenas o cigarro da nação, mas o rádio é o porta-voz dela» (Adorno e Horkheirner, "A indústria cultural- O esclarecimento como mistificação das massas". In: Dialética do esclarecimento.) (Kischinhevsky, 2007: 18-19 ) 

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