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Transistor kills the radio star?

Castells e as redes

Castells defende que a era da informação organiza-se em redes que constituem a nova morfologia das nossas sociedades e a difusão desta estrutura modificaria substancialmente a operação e o resultado dos processos de produção, experiência, poder e cultura. (a partir de PC/Tese/90) (...) «Muito embora nos pareça que o paradigma desenvolvido por Castells defina as condições modernas de organização da sociedade, Qvortrup (2006), apresentou uma interessante crítica à teoria dos media, propondo um ângulo de abordagem diferente para compreender os novos media e o efeito das redes digitais na comunicação global. O seu pensamento questiona a lógica de sociedade em rede de Castells (2000), considerando a sua organização demasiado simples para descrever a sociedade contemporânea. Concordamos com o autor, no sentido em que nos parece ter havido uma evolução crescente da complexidade dessa ligação e da multiplicação das ligações em rede, muito embora, ao contrário do que Castells preconizou, nem tudo acontece na rede e nem todos os indivíduos estão, ainda, ligados entre si» (95) (...) Entendemos que o conceito [de ciberespaço] deve alargar-se às novas formas de socialibidade que se desenvolvem através da conectividade e ubiquidade das redes, e de que as comunidades virtuais são o melhor exemplo (Rheingold, 1993, 2003; Turkle, 1997). Esta cultura, que se desenvolve num contexto interactivo de natureza virtual foi definida como um sistema no qual a realidade é comunicada de forma simbólica e, no que respeita à interactividade da comunicação humana, entende existir uma relação entre o símbolo e a semântica, em que a realidade se constitui no virtual (Castells, 2000: 404) (PC 104)

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