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Transistor kills the radio star?

Utilizar «iPod generation»?

«O «nome guarda-chuva» que parece actualmente acolher mais seguidores é o de «Web 2.0». O facto de este ter sido proposto pelo presidente de uma empresa de manuais de programação, Tim O’Reilly (cf. O’Reilly, 2005), não constitui um bom «cartão-de-visita», pelo menos num contexto de rigores académicos do qual se deve afastar tudo o que aparente ser um slogan saído duma campanha de marketing. É, além disso, uma expressão tão vaga que dela não se infere qualquer diferença a não ser a abstracção do número: de 1.0 para 2.0 -- algo que não ocorre com outras expressões que com ela competem, como a de «web semântica» ou «web social». Fortes reservas, sem dúvida, mas que preferimos suspender invocando um argumento com tanto de nominalista como de pragmático -- mais vale um nome que diz pouco mas que sugere muito do que um outro que responde em vez de estimular o questionamento. «Web 2.0» tem como vantagem o facto de apontar para uma mudança em curso, uma mudança comparável à que começou há cerca de década e meia, apesar de nada nos dizer acerca dessa eventual mudança, obrigando-nos por isso a identificá-la… ou, no pior dos cenários, a negar a sua existência»

Uma utilização muito mais à letra: «Natalie Coughlin, Olympic champion and world record holder over 100m backstroke and in line for several prizes at Beijing 2008, is the Apple of the eye of the iPod Generation.»
http://www.swimnews.com/News/displayStory.jhtml?id=5660

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