Blogia
Transistor kills the radio star?

(5.1) Estamos a viver um novo mundo... (via Chris Anderson)

«Estamos a deixar um mercado de massas para regressarmos a uma nação de nichos, desta vez definida não pela nossa geografia mas pelos nossos interesses» (Anderson: 2007: 42) 

«Ainda há procura para os grandes êxitos culturais, mas estes já não são o único mercado. Os hits agora competem com um número infinito de mercados de nicho. de qualquer dimensão. E os consumidores estão a premiar cada vez mais aqueles quc lhes dão mais escolhas. A era da uniformização está a terminar e no seu lugar está a surgir algo de novo, um mercado de diversidade» (ANderson, 2007: 6)

«O novo mercado de nichos não está a substituir o tradicional mercado, apenas a partilhar o palco com ele pela primeira vez. Ao longo de um século, desprezámos tudo o que não fosse um best-seller, com o intuito de darmos o mais eficiente uso ao dispendioso espaço nas prateleiras, ecrãs e canais, bem como à atenção dos consumidores. Agora, numa nova era de consumidores ligados em rede e a tudo o que é digital, a economia desse modelo de distribuição está a mudar radicalmente, à medida que a Internet absorve cada indústria em que toca, tornando-se uma loja, um cinema e um canal de emissão cujo custo é apenas uma fracção do custo tradicional» (Anderson, 2007: 7)

«Mas e se houver espaço infinito? Talvez os hits sejam a maneira errada de olhar para o negócio. Afinal de contas, existem muitos mais não-hits do que hits e actualmente ambos estão disponíveis em pé de igualdade. E se os não-hits todos juntos - desde o saudável produto de nicho aos mais completos fiascos - contribuíssem para criar um mercado tão grande, se não mesmo maior, do que o dos próprios hits? A resposta seria clara: isso transformaria de forma radical alguns dos maiores mercados do mundo» (Anderson, 2007: 9)

«Os grupos relacionam-se mais por afinidades e interesses comuns do que pelos horários fixos das emissões. Actualmente, os nossos 'dispensadores de água" são cada vez mais virtuais - existem muitos e diferentes, e quem se reúne em torno deles é auto-seleccionado. Estamos a deixar um mercado de massas para regressarmos a uma nação de nichos, desta vez definida não pela nossa geografia mas pelos nossos interesses» (Anderson, 2007: 42)

«Actualmente, tanto a realidade em torno dos canais de TV como a natueza efémera da televisão são resultado do estrangulamento da distribuição na área da emissão por cabo. A TV continua a viver na era do espaço de prateleira limitado, ao passo que a lição da Cauda Longa é a de que mais é sempre melhor.» (Anderson, 2007: 209)

0 comentarios