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Transistor kills the radio star?

O PPM em Portugal via televisão

«(...) Em nenhuma parte do mundo existirá um sistema perfeito para medir audiências de televisão, no entanto, na Marktest Audimetria estamos conscientes e convictos de que o sistema que temos é, por enquanto, o melhor que existe. O aparecimento de televisores mais complexos com ecrans de plasma veio tornar ainda mais demorada e difícil a instalação dos audímetros, assim como aumentar a resistência dos painelistas, o que tem contribuído para diminuir a taxa de sucesso de instalação e tornar o processo mais oneroso. Muitas vezes, ouvem-se comentários que os Plasmas e os LCD's não são medidos. Isto não é verdade, no sentido em que a tecnologia que temos hoje, permite essa medição e alguns são medidos, mas por outro lado os proprietários destes aparelhos são cada vez mais resistentes a permitir que um técnico nosso possa abri-los e violar a garantia dos mesmos. Os sistemas de audimetria no futuro terão que estar atentos a estas evoluções e abertos à possibilidade de coexistência de diferentes tecnologias no mesmo painel, dependendo da situação que se deverá medir. Estão a surgir novas formas de medir as audiências de televisão, baseadas em métodos não intrusivos, quer através da introdução de um código na estação emissora, posteriormente detectado pelo meter (encoder, watermarking), quer através da utilização de uma amostragem de som ou imagem feita pelo meter, e posteriormente comparada com uma base de dados existente no Centro de Processamento de Dados, que contém a gravação dos vários canais (soundmatching ou picturematching). Para além das soluções encontradas para a identificação dos canais, existe também a preocupação em acompanhar as alterações dos hábitos televisivos em termos do local de consumo, surgindo os audímetros pessoais, que medem as audiências dentro e fora do lar.

O mais importante e divulgado audímetro pessoal é o PPM - Personal Portable Peoplemeter da Arbitron, que, pelo facto de ser passivo, permite um maior rigor no registo dos canais contactados. Os vários testes realizados, mostram que, medido por este sistema, o consumo de televisão aumenta significativamente quando comparado com o processo padrão de medição actual (Consumo fora do lar e Time Shifting). Este sistema levanta, contudo, outro tipo de preocupações e a principal é que ele está dependente da utilização de um encoder no Broadcaster. Se este se recusar a codificar a sua emissão, pode colocar o sistema em causa. Outra preocupação com este sistema, é que as pessoas têm que transportar um pequeno aparelho todo o dia e isso poderá colocar em causa, em determinadas situações, a confidencialidade dos painelistas. Hoje, existem vários tipos de soluções de medida, assim como uma maior diversidade de realidades mensuráveis, o que obriga a uma maior flexibilidade na utilização das diferentes tecnologias, dependendo apenas daquilo que se vai medir em cada lar. No futuro, a solução tecnológica designada "encoder" ou "watermarking" parece ser a que estará mais adaptada a uma medição mais rigorosa do consumo de media, pois já será dificil falar de emissão de televisão dado o papel cada vez mais importante do "Time Shifting".» (José Manuel Oliveira, da Marktest, 27/03/07)

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