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Transistor kills the radio star?

A escuta de rádio através da internet

«Assiste-se, nos dias que correm, a uma reestruturação do meio rádio em função das novas disponibilidades tecnológicas de que dispõe. A escuta através da internet é algo possível já há alguns anos e aí estão também o podcasting e a disponibilização de conteúdos multimédia através dos respectivos sites. Ou seja, a nova Rádio deixa de ter apenas ouvintes e, atráves das multi-plataformas de transmissão de conteúdos, passa a ter também leitores e visualizadores, permitindo, ainda, a liberdade para a gestão do melhor momento de acesso aos mesmos. São vários os sinais que indicam que este será o futuro. Contudo, analisando objectivamente a situação presente do meio rádio em Portugal, esta é uma realidade ainda longe de estar generalizada. Ou seja, a rádio de hoje continua a ter essencialmente ouvintes, mantendo-se o FM como o grande veículo de ligação entre as estações e os seus públicos. Comecemos por observar, precisamente, o modo como se tem desenvolvido a relação dos portugueses com a rádio através da internet. Este acompanhamento tem vindo a a ser efectuado pela Marktest já desde 2004, e os resultados são os seguintes:

Como se observa, se o hábito de escuta de rádio pela internet está em crescimento e em 2006 apresenta já valores consideráveis, a escuta regular (diária) apresenta ainda valores pouco expressivos. Reportando-nos ao local onde o hábito de escuta pela internet é praticado, o comportamento manifesta-se da seguinte forma:

O gráfico acima mostra-nos que essa escuta ocorre maioritariamente em casa, contudo, é já relevante a penetração evidenciada no local de trabalho. Neste contexto de novos desafios, é importante perceber que alterações têm ocorrido no comportamento dos Portugueses e as suas repercussões na relação com o meio.»

fonte: «Os Portugueses e a Rádio – evolução e alteração de comportamentos», 27/02/07, Marktest.com

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