A rádio perde o privilégio da divulgação da música
"Enquanto a indústria discográfica faz o balanço de um ano em que as vendas voltaram a baixar, alguns sinais apontam para uma democratização da música, graças à Internet, que começa a alterar o equilíbrio de forças no seio da indústria musical. Explorando designadamente os fóruns e os blogues musicais, as companhias independentes de discos fazem grandes progressos, à custa dos quatro conglomerados mundiais de música, cujo modelo comercial, que consiste em promover os «hits» graças à difusão radiofónica, parece cada vez mais ultrapassado".
Jeff Leeds, no New York Times, traduzido pelo Courrier Internacional, "Net beneficia editoras independentes", nº 43, pág. 43
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"(...) a música deixou de poder ser encarada unicamente como um negócio em que só as editoras, distribuidoras e retalhistas servem de intermediário entre o artista e o consumidor. Na idade da informação, em que os ficheiros ocupam uma ninharia de espaço e fluem facilmente num oceano de música, a música passou a ser integrada num universo mais vasto, regido muitas vezes por pressupostos contraditórios. Para uma banda que pretenda rentabilizar as suas digressões, pode fazer todo o sentido oferecer a sua música gravada".
(Miguel Francisco Cadete, "Crise, Qual Crise?", Expresso, 28 de Janeiro 06, pág. 22)
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