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Transistor kills the radio star?

Perder os ouvintes mais novos

Aqueles que fazem a rádio, seja como proprietários, directores, produtores ou consultores, começam a preocupar-se com a perda dos ouvintes mais jovens, sobretudo na área musical, e com o alargamento da concorrência a outras faixas etárias.
Esta citação de Gui Zapoleon, consultor e estratega do negócio da rádio nos EUA, não deixa margem para dúvidas:
"It’s time broadcasters got back to addressing the needs of the listener, make programming/marketing a much bigger line item in the budget, and concentrate on brainstorming unique ways to make this medium exciting and innovative again. If we have any hope of attracting under-30 listeners who have fallen in love with their iPod and the Internet, we are going to need to "re-launch" radio and stock it full of more compelling content and talent, or we face a bleak future for the industry we all love.

1 comentario

Edgard Costa -

Alguém esta a ver mal as coisas. Serei eu? Em minha opinião a Internet e o Podcast só alteram o veículo, mas não a mensagem nem o mensageiro.

Exemplo: Eu adoro ouvir os “Sinais” do Fernando Alves. Só que a hora que passa eu, normalmente, não estou acordado ou perto de um rádio. \"Mas existe a possibilidade de ouvi-lo na Internet\", você diria. Mas, como já disse também, isso pressupõem mais que uma vontade: o de ouvir o “Sinais”, a de ligar o computador, a de me dirigir ao site da TSF (principalmente), a de procurar o “Sinais”, a de esperar até o dia seguinte quando é actualizado, etc.

Se, ao contrário, o “Sinais” estivesse disponível, via RSS, imediatamente a seguir da transmissão normal na rádio (*), em meu agregado, certamente que ouviria diariamente aos “Sinais”. Mas não o ouço nunca. Mas adoro ouvi-lo.

O que o podcast traz de novo é o envio da palavra, marca primordial deste meio, aonde as pessoas estão e estarão cada vez mais. O que muda é só o sítio onde as pessoas estão e o meio de atingi-las. Mas as mensagens e os mensageiros podem continuar a ser os mesmos, mudarão com o tempo, como sempre mudaram. Mas enquanto permanecer importante a mensagem produzida por determinado mensageiro, no caso o Fernando Alves, haverá espaço para ela e para ele. O que é preciso, como sempre foi, é saber fazer chegar ao ouvinte interessado no sítio onde ele está.

A rádio hoje, o que detém sob contracto, são mensageiros e meio de produzir mensagem. O que precisa ter para se adaptar a esta rádio do futuro de que você fala, é velocidade na adopção das novas tecnologias de acesso aos ouvintes. Mas essa é só a minha opinião.

Edgard Costa
GavezDois
http://www.gavezdois.com

(*) O que é questionável é se esta transmissão será necessária no futuro ou se será só uma forma de manter a tradição.