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Transistor kills the radio star?

Para compreender melhor o Wimax

A propósito deste texto, e atendendo à importância que parece - a esta distância - ter, deixo ficar estas reflexões:

Um dos grandes objectivos da Internet, mal se consolidou como fenómeno, foi libertar-se do fio telefónico que a mantinha agarrada à rede – porque isso representaria a independência total e a chegada da Internet, verdadeiramente, a todo o lado.
A criação de locais de acesso sem fios (“wireless hotspots”) foi um avanço, sobretudo em universidades e empresas de troca intensiva de informação. Mas esta tecnologia não descolou – essencialmente porque, apesar da “independência” conseguida, a tecnologia em questão não permite a interligação entre dois locais “wireless” (ou seja, apesar de não precisar de cabo, a mobilidade não é grande e implica – basicamente – alguma estabilidade).
Tirar a Internet de casa, da mesa, dos edifícios continua a ser um objectivo – há anos que se sabe estarem os fabricantes de auto-rádios a preparar modelos multimédia, à espera que a tecnologia os suporte.
Seria o UMTS a solução? Há desde logo um problema de custos. Depois, o tráfego não é – ainda? – suficientemente rápido e ágil. O que, por junto, faz com que os construtores automóveis continuem à espera da democratização de uma qualquer tecnologia que permita ouvir, em movimento, conteúdos “on line” (por exemplo, rádio).
Eis, contudo, uma tecnologia que parece poder resolver os problemas suscitados – “Wimax”.
De acordo com o (pouco) que se sabe, pode transmitir áudio e vídeo (“uma pequena parte do que está para vir”, lê-se) e terá testes a sério no próximo ano.
Uma citação:
"Com o aparecimento de novas tecnologias sem fios e outras que certamente se seguirão, a indústria da rádio, apesar de aparentar maturidade, pode estar na verdade na sua infância. De uma forma ou de outra, tudo indica que a rádio pode estar a entrar no início de uma nova era”.

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