Blogia
Transistor kills the radio star?

5.4.6 Meios multimédia

Mais da aposta multimédia do Expresso

«O site do EXPRESSO publicou a primeira reportagem vídeo produzida por uma jornalista que até aqui limitava o seu trabalho à escrita. À semelhança do que já acontece nalguns jornais internacionais, o EXPRESSO passa assim a disponibilizar aos seus leitores mais um conteúdo multimédia.

A reportagem de Paula Cosme Pinto é um olhar rápido pelo 16.º Congresso das Comunicações. E é exactamente assim que queremos que seja, até porque a existência destes vídeos não implica que deixe de se escrever um texto sobre o assunto. Muito pelo contrário, o vídeo torna-se mais um elemento do pacote informativo que queremos dar aos leitores. Cada vez mais multimédia, cada vez mais diversificado.

Temos consciência que há detalhes a melhorar, mas o importante era dar este passo. Daqui para a frente, tendo em conta o «feedback» que recebermos - tanto de quem trabalha connosco como de quem nos visita no site -, começa a tarefa de limar as arestas. Vamos apenas acertar detalhes, pois a ideia não é sermos jornalista televisivos, até porquequando queremos reportagens de profissionais de televisão vamos pedi-las a quem percebe do assunto. Prova disso é a reportagem da SIC que também colocámos no ar, numa acção de convergência entre meios do grupo: "A prisão-escola do 115", da autoria de Pedro Coelho com imagem de Rui do Ó e montagem de André Marques.»

fonte: «Reportagens vídeo chegam ao EXPRESSO», Miguel Martins, 21/11/06, Expresso newsletter

«A aposta multimédia do Christian Science Monitor»

«Para além do relato em onze capítulos de tudo o que se passou com Jill Carroll durante os 82 dias de cativeiro [em Bagdade] a que a jornalista foi submetida, o Christian Science Monitor montou uma gigantesca operação multimédia para levar os leitores a viverem a sua história e a interagirem com a jornalista.  A viagem multimédia começa logo na primeira página do jornal na Web. Vídeos com excertos das entrevistas em que a jornalista relata a sua história na primeira pessoa, podcasts com a história, alertas com actualizações da história publicada, testemunhos da família de Jill Carroll e ainda um fórum em directo com a jornalista, onde esta esclarece questões que o leitor deseje saber sobre a história do rapto, são algumas das possibilidades que o jornal disponibiliza. Há ainda uma imensa galeria de imagens sobre esta história. Fundado em 1908, este título quase centenário, radicado em Boston, confrontou-se, no passado recente, com um grade dilema: modernizar-se ou desaparecer. Com uma audiência residual, pouca publicidade e uma distribuição deficiente, o jornal passou por tempos difíceis que anunciavam a extinção. Foi então que apostou na sua edição na internet e nas novas tecnologias de que hoje a imprensa escrita dispõe para recativar os seus leitores habituais e cativar novos leitores que procuram algo mais que a página do jornal. Este ano apareceu com uma nova imagem, que aposta forte na sua edição da Net e com uma grande ligação entre os seus conteúdos e os suportes multimédia. O aproveitamento em termos de multimédia da história de Jill Carroll é apenas um dos exemplos do que é a posição actual deste jornal.»  

Fonte: «A aposta multimédia do Christian Science Monitor», Público, Ana Machado, 16/8/06

«Guardian vai lançar serviço de vídeo»

- trata-se de um serviço de vídeo on line com conteúdos originais e qualidade digital (através de uma produtora do grupo empresarial); a BBC passa a ser concorrência do Guardian, disse a directora do Guardian Media Group, Carolyn McCall (Público, 5/10/06, «Guardian vai lançar serviço de vídeo»).

Earl Wilkinson, director da INMA (International Newspaper Marketing Association), apresentou nove perspectivas do que serão os jornais num futuro próximo. Seis delas estão intimamente relacionadas com a Internet: (…) 2 – “A procura dos conteúdos será personalizada e interactiva»;3 – «As opções digitais vão multiplicar-se: o jornal disponível a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer plataforma»; 4 - «Os jornais permitirão a compra dos artigos em separado»; 5 - «Os leitores assinarão versões multimédia e não versões impressas»(…). A intervenção de Earl encerrou os trabalhos do último encontro europeu da INMA, em Barcelona. O caminho que se avizinha envolve uma mudança de mentalidade tão grande que o blogue “What’s next: Innovations in newspapers» (em www.innovationsinnewspapers.com) deu ao artigo sobre o assunto o título «Jornais de amanhã: 9 provocações». (Miguel Martins, Expresso, 30/9/06, Única pág 114, «Os jornais de amanhã»)  

Um jornal multimédia

«A pocos pasos del lago de Zúrich, se alza el edificio sede del grupo editorial Ringier. En la tercera planta, una veintena de periodistas se afanan en dar forma al Cash Daily, un diario económico gratuito que utiliza todas las herramientas que proporcionan las nuevas tecnologías y que parece llamado a crear una pequeña revolución en la forma en que entendemos el periodismo (...) "Somos la primera plataforma multimedia gratuita del mundo que incluye televisión, audio, Internet y papel unificados", explica satisfecho Trüb. De hecho, el periódico "convencional" de Cash Daily está disponible en papel en cada esquina desde las seis de la mañana. Trüb recuerda que tras la crisis de 2000 perdieron circulación y publicidad. En ese momento la empresa decidió seguir una estrategia muy agresiva. "Antes teníamos 600.000 lectores semanales", dice, "y con la nueva estrategia doblamos la audiencia y la superamos, llegando hoy a 1.500.000 personas por semana".

fonte: «Ni periódico ni televisión, sino todo a la vez», RODRIGO CARRIZO  -  Zúrich, EL PAÍS  -  Sociedad - 02-10-2006

O que a rádio tem de fazer para sobreviver

de acordo com Mark Ramsey:

«Advertisers are less apt to buy into the notion that [radio] is an essential medium in the digital age, so [radio broadcasters] need to create multiplatform packages that tie in to the web, mobile devices and other appropriate digital media, according to Robin Steinberg, SVP and director of print investment at Publicis Groupe's MediaVest.

Steinberg spoke to a packed New York Times auditorium earlier this week at one of a series of breakfast meetings produced by the Advertising Women of New York in conjunction with Advertising Week, writes MediaWeek (via MediaBuyerPlanner).

Some [radio stations] that have gained their [listeners'] love and trust can tap into those emotional ties to encourage dialog between [listeners] and the [station] via digital media, Steinberg said. "Give your [listeners] the options to interact with each other and your brand. Build an online community where the common thread is your brand."

fonte: What Radio needs to do... Hear2, 30/09/06

Leitores transferem-se para o on line

«Os jornais nacionais impressos já perderam para as suas edições on online 173 mil leitores, segundo dados relativos a um inquerito telefónico realizado pela Marktest, durante o primeiro trimestre de 2006 a 3500 individuos maiores de 15 anos residentes no Continente (...) foram apurados  1,6 milhões leitores de jornais electronicos em Portugal, ou seja 16% da população portuguesa já tem habitos de leitura de jornais on online. (...) Segundo o inquerito, as edições electronicas dos diários ganharam 115 mil leitores às respectivas edições impressas, enquanto que as versões on line dos semanários ganharam 58 mil leitores».

fonte: «Jornais impressos perdem 173 mil leitpres para o on line», Jornal de negocios, Catarina Carneiro de Brito, 13/9/06

Primeiro na net e só depois no papel

«O jornal britânico The Guardian vai começar a disponibilizar na Internet as notícias mais importantes dos seus correspondentes no estrangeiro e dos seus jornalistas de economia antes de saírem na edição em papel.

Esta mudança de estratégia é vista como uma alteração significativa face à rotina estabelecida de publicação dos jornais impressos, em que as estórias são guardadas para publicação no dia seguinte.

O objectivo do jornal é não ficar refém de um ciclo de impressão uma vez por dia e evitar assim ser ultrapassado em notícias importantes por outros títulos impressos ou por concorrentes de novos meios.»

fonte: «The Guardian aposta mais na Internet», Fábrica de Conteúdos, 8/6/06

Mais: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1260276

Jornal Times planeia lançar canal de televisão na net

«The Times newspaper, aiming to increase its online audience by supplying video news clips, said on Tuesday it planned to launch an internet television service this week. Third-party providers will initially provide news clips for the new service, Times TV, which plans in the longer term to encourage its readers to contribute newsworthy videos, the British daily said.

Such providers were not disclosed, but the daily said it could include Reuters, the British news and financial information group.

(...) The service is part of a plan to "triple our page impressions in the next few years for Times Online," Les Hinton, executive chairperson of News International, the daily's British parent, said when announcing the initiative.»

fonte: «The Times plans to launch internet television service», 6/6/06, Mail & Guardian On line (dica Irreal Tv)

Um canal de televisão que lança um serviço de rádio

«CHANNEL 4 will today unveil details of its plans to diversify into radio, taking advantage of an absence of regulation to launch audio services over the internet. The broadcaster’s plans centre around programming that ties in with its existing content. The strategy begins by emphasising individual programmes rather than a radio station as a whole. Some of the new material will also be available on Channel 4’s majority-owned digital station Oneword, but the plan is to make all the content available via channel4radio.com. The new medium requires no regulatory approval before it is launched»

fonte: «Channel 4 to launch internet radio», The Times, 5/6/06,

Os leitores têm a palavra

«A Direcção do Público pretende passar a envolver os leitores no processo de realização do jornal. José Manuel Fernandes, director do diário, tenciona «criar mais mecanismos de participação acessíveis primeiro a toda a equipa, para a envolver nas opções a tomar, e depois discuti-las em públcio, com os leitores. Exemplo dessa nova filosofia foi a recente iniciativa de dar a escolher, através do sítio na Web, a fotografia que iria surgir na primeira página em papel no dia seguinte. Netse capítulo, a direcção do jornal entende que blogosfera « se assume como um crescente e interessante fenómeno» porque «pode influenciar e condicionar o debate público», afastando-se, porém, do «impossível jornalismo-cidadão» (Expresso, 27/5/06, «O Público discutido... em público», BP)

Mais ambição para a rádio!

Falar em meios multimédia é esperar que a rádio aproveite para se lançar para voos mais ambiciosos - o El País acaba de lançar o 24 Horas? E por que é que uma rádio, muito mais se for informativa, não pode ter uma edição em papel, no mesmo esquema (aproveitando as notícias da sua página, os seus artigos de opinião, as suas entrevistas)? Falar em meio multimédia é o mesmo que dizer que cada um dos meios clássicos, per si, pode não ter futuro.

Um jornal que funciona como a rádio: notícias na hora

O El País acaba de lançar um novo jornal, chamado 24 Horas, um jornal «fruto de um processo totalmente automático, sem intervenção humana". A máquina está programada para, mal recebe a ordem para descarregar a edição, colocar nas páginas iniciais do 24 Horas as "notícias mais recentes do ponto de vista informativo", seguidas pelas "mais consultadas pelos leitores em elpais.es". A última das 14 páginas exibe informação bolsista, o tempo e o cartoon diário exclusivo de Ramón Rodriguez».

Os responsáveis explicam que «O target deste novo projecto do grupo Prisa é "o público da imprensa tradicional que não gosta de ler no ecrã mas quer saber as últimas notícias e tem pouco tempo, exige agilidade", refere Ruth Blanch. A responsável rejeita a competição do 24 Horas com o El País, sublinhando que o novo projecto é um jornal para imprimir e ler as notícias mais importantes das últimas horas».

Ou seja, os jornais são cada vez mais multimédia (tiram cada vez mais partido das potencialidades da net), neste caso «invadindo» o espaço da rádio

 

Mais um exemplo de como a net está a ser potenciada

«Meet the press», um mítico programa da televisão NBC, está a ser promovido de múltiplas maneiras - para além da difusão hertziana.

Uma vista de olhos pela página do programa (http://www.msnbc.msn.com/id/3032608/) mostra que os seus responsáveis já passaram a fase dos medos (isto vai retirar audiência ao programa?). Ou seja, que, no final, haverá mais gente a ver o Meet the Press. É só uma questão de rentabilizar (comercialmente ou não) isso mesmo!

(obrigado E.)

«Jornais americanos cativam leitores na rádio»

«Porque há sempre mais qualquer coisa sobre uma notícia", o Washington Post está agora na rádio na zona metropolitana da capital americana. Não é só por causa disso, claro. Como a maioria dos seus concorrentes, as tiragens do Post estão a diminuir e há que encontrar novas formas de manter o contacto com o público.

Não é a primeira experiência do Post na rádio. Na verdade, a WTOP foi pela primeira vez do Washington Post quando o jornal comprou parte dela à CBS em 1949, cinco anos mais tarde era o único proprietário, até a vender em 1978. A WTOP foi mais tarde comprada pela Bonneville International Corp, de Seattle, que hoje a explora em joint-venture com o Post.

Utilizando os jornalistas e repórteres do Washington Post, a WTOP mantém a ligação dos leitores com o jornal dando não só continuidade às notícias do dia como alertando para as que estão em desenvolvimento. E, claro está, potencializa a publicidade. Como diz o editor do Post, Boisfeuillet Jones Jr., "é uma oportunidade maravilhosa para o Washington Post encorajar a audiência da rádio a ler mais o jornal". Sinal da boa recepção do projecto foi a cotação das acções do Post na NYSE ter subido no primeiro dia de cinco para 7,70 dólares.

Esta é uma fórmula já adoptada por outros jornais. O New York Times tem a WQXR, com música clássica e flashes noticiosos, o Chicago Tribune a WGN, que são complementadas com a rádio na Internet.

Enquanto estão a perder leitores nas edições impressas, os jornais estão a ter um aumento de leitores na edição online (só o USA Today deve ter mais leitores para a edição em papel que na edição online). Logo, é na Internet que estão a ser feitos os maiores esforços.

Além dos blogues e podcasts, o site do New York Times oferece também clips de notícias em vídeo, concorrendo directamente com os das estações de televisão (...)»

fonte: «Jornais americanos cativam leitores na rádio» por Manuel Ricardo Ferreira, 15/4/06

Leitores das edições on line são mais jovens

«This new analysis, which encompasses the top 25 markets in the country, confirms many of the findings of the first, including that newspaper websites are contributing significant numbers of readers who do not necessarily read the printed publications resulting in larger audiences overall. The “online-exclusive” audiences of the newspapers examined in the survey accounted for anywhere from 2 to 10 percent of their integrated audiences, proportions that represented hundreds of thousands of additional readers for many papers in larger markets.
An analysis of four of the newspapers examined – The Washington Post, The Atlanta Journal-Constitution, Tampa Tribune, and The Arizona Republic - sheds new light on the characteristics of newspapers’ online visitors. The audiences for newspaper websites tend to be younger than those for the printed newspaper, dispelling the common misperception that young people are not engaged by newspaper content. For example, about 37 percent of the adults who visited The Washington Post’s Website, WashingtonPost.com, in the past thirty days were ages 18-34. In comparison, about 26 percent of the paper’s weekly print audience (5 weekdays + Sunday) fell into this age group. Similar differences between online and print audiences were found at the Tampa Tribune, where about 32 percent of online visitors were in the 18-34 age bracket compared to about 22 percent of the weekly print audience (5 weekdays + Sunday). These findings were consistent across the other online leaders, The Atlanta Journal-
Constitution and The Arizona Republic, that were examined in detail for the study».
fonte: «“INTEGRATED NEWSPAPER AUDIENCE” METRIC GAINS MOMENTUM AT COUNTRY’S NEWSPAPERS» , Scarborough Research, 3/4/06 (via PontoMedia)

«The Times - O jornal que fala»

É evidente a preocupação dos jornais - pelo menos daqueles que se apresentam como mais atentos e ambiciosos - em evoluírem para um formato multimédia. Seja para estar sintonizado com o que possa vir, seja por convicção.

Esta informação do Jornalismo e Comunicação sobre o The Times vai nesse sentido: «O britânico "The Times" tem vindo a publicar regularmente um anúncio de auto-promoção que, não remetendo propriamente para uma novidade, não deixa de constituir um "sinal dos tempos" que vivemos. Trata-se de uma selecção de notícias, reportagens e colunas de opinião, com a duração de cerca de 50 minutos, que podem ser diariamente descarregadas a partir das 5 da manhã e ouvidas no computador, no iPod, etc

Via Ponto Media, uma informação que reforça esta preocupação: «UM NOVO estudo da Newspaper Association of America, publicado ontem, revela que a audiência dos jornais online está a aumentar a grande velocidade: »

Via Travessias Digitais: «NYTimes.com aposta no vídeo»

Nem de propósito: «FCC Chairman Kevin Martin told publishers that it’s time for those who own newspapers to also be allowed to own radio and TV properties. “Much has changed since the days of disco and leisure suits, including the media marketplace. Over the last 30 years, we have seen an explosion in media outlets and other sources of news and information. The rule that is in place today was based on a market structure that bears little resemblance to the current environment. That rule was adopted in an era with little cable penetration, no local cable news channels, fewer broadcast stations, and no Internet

Mais da rádio do Washington Post

a partir daqui, algumas notas mais:

- «The U.S.’s first commercial radio station branded with a major newspaper name — Washington Post Radio — has just debuted in the nation’s capital. WTWP, 1500 AM and 107.7 FM, is a joint venture of The Washington Post Co. and Salt Lake City-based Bonneville International Inc. Financial terms of the arrangement were not disclosed. The station is aimed at an audience that wants more in-depth stories than short-form radio, but something different from public radio. But competitors in the long-form radio format said the audience for the polished, highly produced sound of public radio is extremely loyal.
The newspaper is following The New York Times, which began broadcasting some news and talk programming on XM Satellite Radio channels last fall. The Times is also developing hourly newscasts for XM that will debut in the future, XM spokesman David Butler said»

- «"This is a wonderful opportunity for The Washington Post to encourage the radio audience to read more of the newspaper," said Boisfeuillet Jones Jr., publisher of the Washington Post, in a statement. The Post’s circulation -- like that of many other papers -- has been on the decline in recent years. Washington Post Radio will draw on content from the Post, with the paper’s editors, reporters and columnists providing more context on their reporting. The station will also broadcast news and commentary from journalists and others outside the Post. (...) This is not the first time WTOP and The Washington Post have been linked. The Post bought a partial interest in the station from CBS in 1949, then purchased the rest in 1954 and began the all-news format in 1969. The Post sold WTOP in 1978. Two owners later, Bonneville bought it in 1997».

- «The Post follows the New York Times into the radio news business, although both have owned broadcasting operations for decades. The Times established its New York Times Radio division last year. That operation has a partnership with XM Satellite Radio to produce hourly newscasts and provide other reports and commentary from Times staffers»

- «The person driving this family affair is Post Company chair Don Graham. He’s been trying to get back into radio WTWP since the company gave up ownership of all-news WTOP in 1978. And the backstory of this deal—in which the radio station uses Washington Post reporters—comes from the business side. According to sources, the company didn’t pay a dime to move into radio. It got control of a radio station with AM and FM signals essentially for free. With Graham’s support, the Post Company had been negotiating with radio-station owners for the past six years. Graham had to sell WTOP in 1978 to comply with Federal Communications Commission regulations against media cross-ownership in the same market. By gaining control of WTWP without owning it, the Post Company gets around any FCC prohibition. (...) No one would talk on the record about the business side of the transaction, but sources describe a cash-free deal for the Post Company. It pays zero to Bonneville for essentially moving onto the airwaves with its own station, WTWP AM-FM. The Post Company did pay for installing a radio studio inside its newsroom. Bonneville pays WTWP’s on-air hosts, Mike Moss, Bob Kur, and Hillary Howard. It also pays a fee to the Post for supplying content through its reporters. The Post gets a share of the advertising revenue if it reaches a certain level. The Post’s other outlay? A nominal fee to reporters who appear regularly on WTWP, such as media critic Howard Kurtz. Whether other Post reporters who go on the air get additional pay, and how much, is the subject of discussion with the newspaper guild. “Basically,” says a local radio executive, “the Post got a free radio station.” Bonneville, which moved WTOP, its flagship news-talk station, to a much more powerful FM frequency, 103.5, got free content for a new station. Radio executives say Bonneville hopes to increase its revenue from $45 million to $60 million a year».


 

(ACT) Washington Post vai ter uma rádio

A apetência multimédia dos grandes grupos de comunicação pode ter como consequência a necessidade de atacarem outras frentes, até agora desvalorizadas por falta de vocação.

O facto de o Washington Post ter anunciado o lançamento de uma rádio não pode deixar de ser saudado. Falta saber o formato que seguirão. (ACT): estive dois dias a ouvir: é claramente um all-news, em formato de horas-relógio:

CBS News

 

:00-:04 past each hour

 

Top Local Stories

 

:04-:08 past each hour

 

Traffic & Weather Together

 

:08, :18, :28, :38, :48, :58 past each hour

 

Sports

 

:15, :45 past each hour

 

Money News

 

:25, :55 past each hour

 

Live Interviews

 

:20, :50 past most hours