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Transistor kills the radio star?

«A aposta multimédia do Christian Science Monitor»

«Para além do relato em onze capítulos de tudo o que se passou com Jill Carroll durante os 82 dias de cativeiro [em Bagdade] a que a jornalista foi submetida, o Christian Science Monitor montou uma gigantesca operação multimédia para levar os leitores a viverem a sua história e a interagirem com a jornalista.  A viagem multimédia começa logo na primeira página do jornal na Web. Vídeos com excertos das entrevistas em que a jornalista relata a sua história na primeira pessoa, podcasts com a história, alertas com actualizações da história publicada, testemunhos da família de Jill Carroll e ainda um fórum em directo com a jornalista, onde esta esclarece questões que o leitor deseje saber sobre a história do rapto, são algumas das possibilidades que o jornal disponibiliza. Há ainda uma imensa galeria de imagens sobre esta história. Fundado em 1908, este título quase centenário, radicado em Boston, confrontou-se, no passado recente, com um grade dilema: modernizar-se ou desaparecer. Com uma audiência residual, pouca publicidade e uma distribuição deficiente, o jornal passou por tempos difíceis que anunciavam a extinção. Foi então que apostou na sua edição na internet e nas novas tecnologias de que hoje a imprensa escrita dispõe para recativar os seus leitores habituais e cativar novos leitores que procuram algo mais que a página do jornal. Este ano apareceu com uma nova imagem, que aposta forte na sua edição da Net e com uma grande ligação entre os seus conteúdos e os suportes multimédia. O aproveitamento em termos de multimédia da história de Jill Carroll é apenas um dos exemplos do que é a posição actual deste jornal.»  

Fonte: «A aposta multimédia do Christian Science Monitor», Público, Ana Machado, 16/8/06

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