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Transistor kills the radio star?

3.6.1 Televisão portátil

"2006, o ano da tv no telemóvel"

Com a devida vénia a FRC:

«01net: "Depuis plusieurs semaines, centaines de Parisiens privilégiés reçoivent les images des grandes chaînes nationales sur l'écran d'un portable prêté par leur opérateur. Après les Finlandais à Helsinki, les Britanniques à Oxford et les Allemands à Berlin, c'est au tour des Français de tester la réception de télévision sur téléphone mobile." Ler ainda: Competition between European and U.S. standards heats up as rival phone makers support both standards. E ainda: Slingbox oferecerá TV doméstica em celulares nos EUA. Mais: Alemanha faz teste com TV digital por celular. »

Cellphonecasting

Harry Helms, do Future of Radio, acha que o "cellphonecasting" se apresenta como uma ameaça bem mais real para a rádio hertziana do que os transmissores por satélite.
O que é o cellphonecasting? è, de uma forma muito simplificada, um sistema que permite trazer a televisão para os telemóveis.
Há outros sistemas, mas com problemas. Este, diz ele, parece ser ter "delivering high-performance, low power, real-time digital broadcast television to mobile handsets".

Informação muito completa

(via Obercom)
"TV Portátil - A revolução tecnológica da televisão

A televisão portátil, ainda em fase de experiências, surge das evoluções tecnológicas no sector da televisão e irá trazer profundas alterações aos serviços disponibilizados e aos hábitos de consumo.
Brevemente, a televisão, tradicionalmente um meio de comunicação electrónica de recepção fixa, deverá atingir a sua forma nómada de alta tecnologia, tal como aconteceu com a rádio, o telefone e o cinema, graças ao leitor de DVD portátil.
Para que se possa falar verdadeiramente de televisão móvel, é necessário que o conteúdo disponível ao telespectador venha, em tempo real, de uma fonte exterior. Esta exigência pôde, durante algum tempo, ser satisfeita a um custo razoável através das tecnologias clássicas da televisão. Mas, pouco depois, surgiram várias evoluções tecnológicas que abriram caminho a produtos e serviços destinados ao grande público, agora sujeitas a experiências-piloto em vários países.
A aparição de novos formatos de codificação trouxeram as melhores perspectivas económicas. Em particular, o protocolo MPEG-4 que permite difundir uma imagem de tamanho reduzido com apenas uma parca quantidade de kilobits por segundo. Desta forma, pode difundir vários programas num multiplex móvel, o que melhora consideravelmente o custo de difusão por canal.
A portabilidade (vem da noção inglesa de handheld device), descreve uma nova forma de mobilidade à escala do indivíduo. Em portabilidade, o receptor funciona sem alimentação externa, sem antena e tolera as deslocações e velocidades seja a pé ou em trajectos com viatura. É uma nova forma de mobilidade e de consumo comparável àquela que se procura na telefonia portátil.
Existem duas formas de difusão. Uma por via terrestre, outra assegura a cobertura do território através de um satélite, complementada por retransmissores terrestres.
As principais tecnologias de difusão terrestre de televisão móvel surgem de quatro protocolos de transporte:
DVB-H;
MBMS;
Tecnologia FLO Qualcomm;
T-DMB.
Actualmente existem duas tecnologias de difusão por satélite:
S-DMB coreano;
S-DMB europeu.

Para mais informações consulte o estudo ““Télévision Numérique et Mobilité”, da DDM (Direction du Développement des Médias).

A televisão, os telemóveis e a rádio

Algum dia a televisão será uma alternativa válida nos telemóveis? Ou, dito por outras palavras, a televisão algum dia será uma alternativa válida à escuta de rádio nos telemóveis?
Há desde logo duas questões a ter em conta: uma é que o “algum dia” é longe de mais e qualquer previsão está condenada. Outra é que a imagem obriga a dedicação e dedicação não permite acumulação. Logo, não se poderá falar de concorrência directa.
Mas vamos imaginar que no transporte público para a escola, o jovem prefere ver televisão em vez de ouvir rádio.
É aqui que o problema se coloca, na perda de público-alvo.
Para já a tecnologia ainda é experimental (ou melhor, tecnologias, porque Nokia e Samsung têm projectos concorrentes e diferentes) e muito limitada. Rebeca Liberman, da France Press (num trabalho reproduzido pelo Público de 22/8/05), escreve: “Algumas pessoas queixam-se de que o terminal é demasiado volumoso e pouco elegante, que as cores não são muito naturais, de que as legendas são ilegíveis e de que o ecrã produz o efeito de um verdadeiro espelho ao Sol. Outros apreciaram a nitidez das imagens e a qualidade do som.”
Por outro lado, a experiência feita pela Nokia durante os últimos mundiais de atletismo mostra «que "a tecnologia está de facto pronta", apesar de os aparelhos "ainda serem grandes"».
Finalmente, «tal como acontece com a música para telemóveis, o mercado visado é o da clientela jovem. Os programas de televisão disponibilizados serão, provavelmente, clips com apenas cerca de dez minutos. "Não penso que seja agradável assistir a um filme completo num ecrã tão pequeno", diz Thomas Grenman, director técnico da [cadeia de televisão] YLE”. (o texto na íntegra e no original aqui)

Pode concluir-se que não estamos perante uma ameaça a sério?

Mais uma ameaça?

"Com o processo de switchover em curso, surgem novas possibilidades técnicas de recepção de televisão, entre elas, a recepção portátil. No entanto, há ainda aspectos tecnológicos e de mercado a melhorar para que a implementação deste tipo de recepção seja possível.
Historicamente, a recepção portátil foi designada por um ecrã de televisão pequeno a baixos preços. Hoje em dia, contudo, existe a oportunidade de definir novos tipos de produtos baseados em ecrãs LCD. De facto, os ecrãs LCD serão capazes de aumentar a procura de produtos portáteis – ainda assim, existe a possibilidade de um afrouxamento do consumo se tais produtos não puderem ser usados de forma mais geral.
O advento das transmissões DVB-H para receptores portáteis será também capaz de influenciar a percepção pública da televisão portátil de duas formas. Em primeiro lugar, irá haver uma procura de modo a receber transmissões DVB-H em televisores portáteis nos lares. Em segundo lugar, se a recepção de serviços DVB-H estiver disponível de forma alargada, o consumidor pode ser levado a perguntar porque é que a recepção dos radiodifusores normais é muito mais restrita.
Outro factor a ser considerado é o impacto da Alta Definição (AD). Se a radiodifusão no lar migrar passo a passo para a AD, podem surgir argumentos a favor de separar as transmissões AD vocacionadas para antenas receptoras fixas daquelas destinadas a ecrãs portáteis mais pequenos, com uma resolução menor e uma robustez acrescida nos parâmetros de transmissão.
Assegurar que todos os telespectadores existentes possam receber televisão digital continua a ser um dos grandes impedimentos para nos movermos para uma situação em que podemos ter o switch off analógico. Calcula-se que 25% dos lares no Reino Unido necessitarão de instalar novas antenas se desejam receber Televisão Digital Terrestre (TDT) antes do switchover. Cerca de 20% de lares não poderão receber TDT na sua região até ao momento em que se dê o switch off das transmissões analógicas.
O problema da cobertura não está apenas relacionado com a pouca densidade populacional em algumas áreas. Num determinado número de situações, a recepção em zonas de grandes urbanizações é difícil ou impossível.
É possível proceder a melhorias em algumas destas situações mas o custo de o fazer tem sido visto como um fraco investimento, devido ao curto período de tempo que resta até que verdadeiras soluções se tornem disponíveis antes do switchover.
Assim, há um forte argumento para maximizar a recepção por outros meios no período que antecede o switchover e um número de projectos do governo e indústria investigaram algumas áreas do problema, incluindo a instalação de antenas domésticas, recepção, distribuição, etc.
Apesar de cerca de um terço dos televisores portáteis analógicos usarem antenas set-top, os fabricantes decidiram não produzir qualquer produto para o mercado da televisão digital portátil. Isto acontece porque os fabricantes não vêem um mercado potencial para produtos portáteis devido à actual incerteza sobre a viabilidade deste tipo de recepção. Existe, portanto, uma situação de falha de mercado no que respeita aos receptores de TDT portátil. Isto deve-se à falta de cobertura para assegurar que tais produtos possam ter sucesso num mercado onde os sinais de TDT são geralmente fracos.
Para além disso, o advento do DVB-H, que facilita a recepção em serviços portáteis, virou as atenções para técnicas de recepção avançadas, o que pode ter benefícios para a recepção de TDT no geral.
Ainda assim, de acordo com o estudo da Digital TV Group, pensa-se que os produtos de televisão especificamente vocacionados para a recepção portátil podem ter um mercado significativo no Reino Unido, se as previsões de cobertura conseguirem identificar áreas de implementação.
Para mais informações consulte o estudo “Advanced receiver techniques with emphasis on portable TV reception” do Digital TV Group." (via Obercom)

Ver televisão no telemóvel

Entre as novas ofertas tecnológicas que maiores desafios (perigos?) podem colocar à rádio está a televisão nos telemóveis. Não tanto a possibilidade de ver programas previamente gravados (descarregados como ficheiros), que funcionariam como arquivo, mas televisão em directo - emissão como em casa!
Apesar de já haver experiências, esta possibilidade técnica ainda não descolou.
No Obercom desta semana suscitam-se várias questões, uma delas a dimensão dos ecrãs dos telemóveis, que dificultarão bastante a visualização. Mas os operadores/emissores não desistem de encontrar alternativas.
Alguns dos serviços ali enunciados:
- Programas de televisão móvel gratuitos ao vivo;
- Programas de televisão móvel pagos ao vivo;
- Televisão móvel interactiva; jogos de apostas, assinaturas e participação durante programas de televisão móvel ao vivo;
- Televisão baseada em “instantâneos”: pequenos vídeos móveis especificamente criados para consumo móvel;
- Serviços de áudio, vídeo e dados:
- Premir e armazenar: o conteúdo é transmitido a todos os assinantes e armazenado nos terminais, e depois activado conforme a procura, dando a ilusão de transmissão instantânea (como por exemplo o download de conteúdos de vídeo e música pay-per-view (activos após pagamento)
- Transmissão local: informação de museus, notícias sobre centros comerciais
- Mensagens de grupo: gestão rápida.