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Transistor kills the radio star?

Cautelas sobre o futuro

«Nos nossos dias, ao abordar o sucesso das novas tecnoJogias de comunicação, há que ser rigoroso e salientar que se trata de uma mistura de realidades e de fantasia e que o entusiasmo ingénuo que as envolve será daqui a 10 anos  bastante mais matizado, quando o acumular de uma experiência de utilização tiver relativizado os discursos espaventosos de hoje» (Wolton, 2000: 76) 

«(...) hoje em dia, vive-se o fascínio pela net e sonha-se que este sistema possa abrir um novo capítulo na história da comunicação, inaugundo uma era em que tudo será rápido, interactivo e individualizado» (110) 

«O que hoje se diz sobre a sociedade da informação foi já fortemente proclamado aquando da chegada do telefone há um século, da rádio no início do seculo xx, do computador nos anos 50 e da televisão por cabo há trinta anos. Mas quem se recorda disso? Um contemporâneo dirá ingenuamente que o que não chegou ser possivel com a televisão por cabo sê-Io-á com a Web. Mas quem lhe lembrará que a sua bela certeza de hoje se parece com a ilusória certeza de ontem e que muito em breve aquilo que para ele é inultrapassável- os prodígios do ecrã - será inevitavelmente ultrapassado? E que um outro, igualmente crédulo, com base em tecnologias ainda mais sofisticadas, predirá com a mesma ênfase que a revolução de depois-de-amanhã é anda mais promissora do que a de amanhã. E assim sucessivamente.» (Wolton, 2000: 133-134) 

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