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Transistor kills the radio star?

A rádio de mentalidade analógica!

Sempre foi uma das questões com que os animadores das rádios musicais portugueses lidaram mal, a apresentação das canções que se seguem ou se seguiram (genericamente, mais por desleixo do que por incompetência).

Ou não apresentam, deixando os ouvintes pendurados, ou apresentam de uma forma incompleta, ou apresentam todas seguidas, como se tivessemos um lápis para assentar e ficar à espera (e, claro, às vezes apresentam bem!).

Esta manhã, antes das 10, na Antena 3 passou uma música que já tinha ouvido, com a qual simpatizei, mas de que nada sabia. Fiquei à espera, mas no final, Raquel Bulha disse apenas «Closer». Porque o refrão dizia isso mesmo, percebi que se tratava do nome da canção. Mas quem a canta? Felizmente existe hoje a internet e uma busca simples por «Closer» não demorou muito a fornecer uma resposta: «Closer», de Travis.

Não sou dos que defendem a pureza da complementaridade entre rádio convencional e internet, como se elas pudessem coexistir tranquilamente. O que me parece é que quanto mais a rádio convencional desiste de servir o seu cliente, dando azo a que ele procure noutro lado, menos tempo o cliente passará a ouvir a sua rádio. Veremos...

 

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