O HD no Brasil
A interatividade também aumenta: o ouvinte pode voltar a música, receber informações de trânsito de acordo com o bairro onde está passando, fazer compras sem sair do carro ou assistir a pequenos clipes, no visor do aparelho. Parecido com o sistema RDS que existe hoje (com mensagens de texto no visor, como o nome da música e da emissora), só que mais interativo.
O sistema adotado no Brasil até agora é "in-band on-channel" (Iboc), também chamado de HD Radio. É o mesmo aplicado nos Estados Unidos - 30 países, entre eles Canadá e boa parte da Europa, escolheram outro padrão, o Digital Audio Broadcasting (DAB). O HD Radio permite que as transmissões analógica e digital caminhem na mesma freqüência, sem necessidade de utilizar novos canais, no que foi convencionado chamar de "simulcasting". Isso permite a migração mais suave do padrão analógico para o digital. Algo importante, porque, quando a transição for completa, os aparelhos atuais ficarão mudos. Essa é a primeira má notícia.
O rádio digital é, aparentemente, igual ao tradicional. Muda o chip de decodificação. Alguns donos de carros importados, aliás, têm um no painel e nem sabem. Existem adaptadores para transformar o rádio analógico em digital, mas pode não valer a pena. "Uma caixinha dessas acaba saindo mais cara do que um rádio já preparado para a tecnologia", diz Edgar Kato, gerente de produto da linha de som automotivo da Sony no Brasil. Um rádio Iboc barato da marca, nos Estados Unidos, custa 99 dólares. A segunda má notícia? Nos Estados Unidos, a HD Radio é paga. No Brasil, ela é grátis, mas isso pode mudar. Cobrar pelo rádio é polêmico mesmo em países ricos: a Noruega estabeleceu prazo para encerrar as transmissões FM (em 2014), enquanto o Reino Unido decidiu, no ano passado, que manterá o serviço»
fonte: «AM com som FM, FM como CD: o rádio digital chegou», Cibele Gandolpho, Quatro rodas,
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