O contexto da liberalização radiofónica portuguesa
«A grande mutação da paisagem audiovisual europeia tem no entanto lugar sobretudo a partir dos anos 1980. Assiste-se então a uma desregulamentação desenfreada que, muitas vezes, o poder político não consegue controlar. Tanto mais que tal desregulamentação é largamente favorecida pelas novas tecnologias: alijamento [sic] dos emissores, implantação de redes de cabo, lançamento de satélites de telecomunicações. A desmonopolização legal torna-se inevitável.»
J.-M. Nobre Correia, «Audiovisual público», Jornalismo & Jornalistas, Abr/Jun 06, pág. 24
Mas como lembra Castells (2003) citado por Magda Cunha, «(…)o sucesso comercial do rádio que levou seu controle a grandes conglomerados de mídia em todos os países, num efeito direto da desregulação que conduziu, como em muitas áreas da economia, a uma concentração crescente. Embora seja localmente orientado, cada vez mais seu conteúdo é homogeneizado. Por isso, estações de rádio alternativas, centradas na transmissão de programas do interesse de grupos específicos, encontram na internet uma maneira fácil de transmitir além do limite do espectro licenciado. (Não é mais possível pensar o rádio como antes, Mágda Cunha, 30/09/06, pag 7)
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