Blogia
Transistor kills the radio star?

Breve resumo histórico dos conteúdos até à televisão

A música foi o primeiro conteúdo da rádio, entendido com um espaço preparado especificamente para. Houve, até quem chamasse à rádio “caixa de música” (citado por Doglio-Richeri, 1981; pág 17). “La oferta musical resultaba más variada que la de palabra, aunque no podía hablarse de géneros programáticos específicos” (16). Primeiro com os muito limitados fonógrafos (“instrumento que inscreve num cilindro, geralmente de cera,  as vibrações de qualquer tipo de sons, como seja a voz humana, por exemplo, e as reproduz”, “Grande Enciclopédia Universal”, Durclub/Correio da Manhã, 2004, vol 9, pág 5790), depois contratando cantores e músicos para tocar ao vivo no estúdios, a seguir com gravações de mais qualidade (com recurso a gravdores de fita, mais próximos dos discos em vinil) e finalmente transmitindo em directo concertos. “(…) la música ocupa un lugar de privilegio, pêro la preocupación de atraer oyentes (para sacar provecho de las tarifas de la publicidad comercial y justificarlas) condujo rapidamente a otorgar una mayor importancia a la música popular, música bailable y canciones, y a las variedades”, Albert-Tudesq 1982:24 in pág. 16.
Embora a palavra esteja presente desde o minuto zero na rádio, a sua transformação em produto estruturado acontece mais tarde. E a informação, ainda que em sentido lato, ainda mais, sobretudo pela complexidade do processo e os receios das autoridades (1925 foi o ano em que “todas las emisoras empezaron a radiar los boletines informativos”, pág 17; poucos anos depois, já nada década de 30, jornais e agências de notícias entram em conflito porque não queriam que a rádio lesse notícias).
A rádio chega ao momento de impacto com a televisão convertida “en espectáculo”, como lhe chama Marti i Marti (18), cujo momento mais alto é a recriação de “A Guerra dos Mundos” por Orson Welles, a que chamou “Invasion from Mars”: "Welles construye el nuevo género sobre los elementos característicos del medio: la posibilidad de su ubicuidad, la retransmisíon en directo, el rumor, el sonido, el silencio…” (Doglio-Richeri, apud Marti i Marti, 19)

0 comentarios