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Transistor kills the radio star?

Por que os podcasts não são uma ameaça à rádio

A propósito deste texto, em que se percebe a intenção de algumas rádios dos EUA de tentar reagir ao fenómeno do iPod (em sentido geral) com um alargamento da oferta de música, penso fazer sentido esta reflexão: há obviamente podcasts musicais, mas não é pela música que o podcasting pode fazer a diferença - e se está a impor.

O podcasting, além de demonstrar uma vontade de contrariar a formatação excessiva e a necessidade de alternativas na oferta audio actual, significa um regresso à voz. Ao toque humano. Quem se predispõe a gravar conteúdos audio, para serem ouvidos via internet, não o vai fazer para replicar simplesmente uma música. Há sempre uma voz (pelo menos), mais ou menos improvisada, mais ou menos sistematizada, mais ou menos prolongada. E quem os ouve é porque quer vozes - não apenas música.

O regresso à voz, que os podcasts indiciam, é o melhor sinal para a rádio do futuro. Uma rádio com menos música (pelo menos, menos música a metro) e mais gente dentro. 

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