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Transistor kills the radio star?

Receitas da rádio nos EUA

(via Obercom)
"Após um longo período de crescimento sustentado, a rádio enfrenta nos últimos anos uma diminuição da taxa de aumento das suas receitas.
Esta conclusão surge no âmbito do Relatório “Radio’s leading Indicator” publicado pela Arbitron que, além de fornecer uma análise da evolução da rádio nos Estados Unidos, apresenta uma avaliação dos impactos dos indicadores de audiência nas receitas do sector. Os detalhes acerca da metodologia podem ser consultados no documento.
Ao longo dos anos 90, a taxa de crescimento das receitas da rádio ultrapassou a da maioria dos restantes meios. Além disso, de 1998 a 2000, o negócio da rádio obteve um crescimento inédito, que foi consistente nas várias regiões do país.
No entanto, em 2001, este crescimento estagnou, consequência directa da recessão sentida em todas as áreas de negócio devido aos impactos do 11 de Setembro na economia americana. Apesar de ter recuperado da crise logo no final de 2002, as receitas da rádio têm crescido a ritmos cada vez mais lentos desde então.
Não obstante, a Arbitron conclui que a rádio, pelas suas características (nomeadamente a portabilidade e a capacidade de segmentação que proporciona) se adapta às necessidades actuais dos publicitários, prevendo assim uma aceleração da taxa de crescimento para breve.
Por outro lado, é de realçar que a conjugação dos dois principais indicadores de audiência de rádio nos Estados Unidos, a audiência média e o tempo médio de audiência, não aponta num sentido único para o futuro da rádio. Enquanto que o número de pessoas que se ligam à rádio permanece relativamente estável desde 1999 (cerca de 94% dos americanos ouve rádio a cada semana), existem sinais de que o tempo dispendido com a audição está a diminuir (em 1999, cerca de 21 horas por semana; em 2004, cerca de 19 horas e meia).

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