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Transistor kills the radio star?

Sinais positivos (podcasting - síntese)

Um amigo, que também trabalha na rádio, ao ler alguns dos textos deste blogue, comentou qualquer coisa deste género: “estou tramado, daqui a 10 anos tenho de arranjar outra profissão”.
Na verdade, o tom geral dos textos que aqui tenho apresentado (e estou na fase da recolha genérica, sem ser muito selectivo, à mistura com a tentativa de elaboração de um índice) é de algum pessimismo, pelo menos quanto aos formatos clássicos que conhecemos actualmente na rádio portuguesa (e não só...).
Mas, eu próprio, não estou tão pessimista.
Se a rádio sempre soube, ao longo de um século, tirar partido da tecnologia, também o poderá fazer agora. O “podcasting” pode ser uma saída: a partir do momento em que há gente interessada em receber ficheiros que não são apenas música, continua a haver espaço para a transmissão de voz ou de música fora dos circuitos massificadores. Por outro lado, o mesmo “podcasting” significa que há gente que quer fazer ou ouvir rádio. É um conceito diferente de rádio? Mas por que é que o conceito não pode evoluir? Será uma rádio de nichos? Não tenho a certeza. Mas sei que há nichos que, mesmo pequenos, têm efectivo poder de compra.
E, como síntese, retenho uma frase que li no texto “«Podcasting»: faça rádio em sua casa”, do Courrier Internacional, nº1: “Diria que o «podcasting», hoje, é o equivalente da Internet em 1995”.

PS – Há mais uma questão, que pelo menos nesta altura me parece, essencial: estaremos a falar de comunicação social? Os conceitos estão em mutação, mas para ser “social” tem de implicar um emissor e vários (muitos ou poucos…) receptores. Da mesma forma que a possibilidade de programação individual de rádios na Internet não é comunicação social (um emissor, um receptor), também a troca de ficheiros “peer to peer” (a abundância de termos por traduzir para a língua portuguesa é trágica) não o será…

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