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Transistor kills the radio star?

3.6.2 TV na Internet

«Download de vídeos cresce fortemente»

«BOSTON - Os gastos anuais com filmes baixados pela web chegarão a US$ 4 bilhões em 2011, frente aos autais US$ 111 milhões/ano. Os dados são de pesquisa da Adams Media Research. "A Internet vai revolucionar a distribuição de vídeos", afirmou o presidente da empresa de pesquisas, Tom Adams. O crescimento vai ser alimentado pelo surgimento de equipamentos como a Apple TV, um decodificador de 299 dólares que converte vídeos baixados da Internet em sinais que são exibidos em TVs de alta-definição. A Apple já está vendendo esse produto no site e vai iniciar as entregas no final do mês. A Adams Media Research aposta que os downloads vão crescer gradualmente à medida que os novos equipamentos obtiverem mais aceitação no mercado. A evolução desse mercado prevista pela pesquisa é de alcançar 472 milhões de dólares em 2007, 1,2 bilhão de dólares em 2008, 2 bilhões de dólares em 2009, 3,1 bilhões de dólares em 2010 e 4,1 bilhões de dólares em 2011. Nesse período, a propaganda em sistemas de transmissão de vídeos para PCs e TVs deve chegar a 1,7 bilhão de dólares.»

fonte: Info online, Abrim.com, «Download de vídeos cresce fortemente», 21 de fevereiro de 2007

(3.1.1.6) Os vídeos on line

(vão ter cada vez mais popularidade e desviam atenção – até porque estão intimamente ligados aos telemóveis, através dos quais muitas vezes são feitos e vistos; sinal de que o negócio está a ser levado a sério, existem outras empresas a fornecer o mesmo serviço: alojar e oferecer vídeos à borla: MySpace, Google Vídeo e o novo Soapbox da Microsoft)

 

«Este negócio [a compra do YouTube pelo Google], o maior nos oito anos de história do motor de busca, é visto pelo Google como um veículo de marketing muito lucrativo devido à adesão crescente de espectadores e anunciantes ao meio Internet em detrimento da televisão. Segundo o Le Fígaro, que cita o site da especialidade  eMMarketer, o mercado publicitário no sector da difusão de vídeos online deverá multiplicar-se por seis até 2010, chegando aos 1,8 mil milhões de euros, representando 10% da publicidade total na Internet»

 

«Publicidade na Net motiva compra do YouTube», Paula Brito, DN, 11/10/06

Um telejornal transmitido em simultaneo na net

«CBS will become the first network to offer a live simulcast of its evening news broadcast on the Internet, the network announced Thursday.

Live simulcasts of the CBS Evening News with Katie Couric will begin on CBSNews.com on Tuesday, Sept. 5.

"This is a groundbreaking development in making the program available to the largest possible audience," said Sean McManus, President, CBS News and Sports. "For people who can’t be in front of their televisions when the CBS Evening News is on, they can now watch the program live on their computers."

CBS is also making the CBS Evening News available as an on-demand program accessible after the simulcast, and will continue to let viewers build their own broadcast online by choosing individual reports from each program. The live simulcast and on-demand versions of the broadcast are advertiser-supported and will be available for free.

"Technology has become an integral part of everyday life for most people, and it’s dramatically changed the way they consume news, so this is a fantastic development," said Katie Couric, anchor and managing editor of the broadcast. Viewers will have access to "great reporting by all the CBS Evening News correspondents, literally, anytime they want," Couric said. "It’s another example of how we intend to use our website to complement our broadcast – and, most importantly, to benefit our viewers," Couric said.

The network also announced a number of other new broadcast features that will be available online and on other platforms, including:

  • "Couric & Company" – a blog exploring the day's news through links to exclusive, free video, and contributions from CBS News correspondents around the world.
  • "Eye to Eye" – a daily, on-demand web-exclusive feature hosted by Couric offering extended interviews with top newsmakers. The segment will be posted on CBSNews.com by mid-afternoon and will be available for audio and video podcast and on iTunes.
  • "CBS News First Look with Katie Couric" - a web-exclusive rundown, available early each weekday afternoon, of the stories being considered for coverage on that night's broadcast.
  • "Katie Couric’s Notebook" – a one-minute look at top story or issue by Couric, available as an audio and video podcast and on iTunes.

    "As we learned from our simulcast of March Madness on Demand, there is a huge appetite for real time content on the Internet," said Larry Kramer, President, CBS Digital Media. "Viewers increasingly want access to programming when it’s fresh, and the Internet allows us to bring our content to them wherever they are and whenever that content is broadcast." »
  • fonte: Showbuzz, «CBS To Air Evening News Live On Web». NEW YORK, Aug. 17, 2006

     

    You Tube disputa tempo e atenção

    «Every day, more than 80 million videos are viewed on YouTube, the Internet's latest instant phenomenon that is an online diary for the digital generation.

    That's some 2.4 billion clicked-on videos every month -- postings that range from a teenager bemoaning her parents who won't let her go hiking with her boyfriend to U.S. soldiers capturing scenes of combat in Iraq.

    But can YouTube make money from these millions of mouse clicks? Is there a business plan that ensures the 1 1/2-year-old San Mateo start-up is not just another Silicon Valley one-click wonder?»

    fonte: «How will YouTube make money?» San Jose Mercury News, 12/7/06, John Boudreau

    Programas de televisão oferecidos na net

    O que leva a Walt Disney/ABC a decidir colocar on line muitos dos seus programas (as séries de ficção de maior sucesso) para serem descarregados gratuitamente? Só há uma explicação: a internet e o computador vão mudar o paradigma televisivo e com tanta gente, cada vez mais, na net, nada como começar a ganhar clientes... Os programas passam na televisão e no dia seguinte estão on line com anúncios (sem anúncios só através do iTunes, mas a pagar) e a WD/ABC pretende claramente chegar a outros potenciais telespectadores que estão a aderir aos leitores digitais e à net (e se este modelo/plataforma de negócio vai triunfar, a WD/ABC já lá está - em Portugal só a Sic disponibiliza programas na net e sem imagem!).

    «From the Wall Street Journal: "Walt Disney Co. plans to make much of its newest and most popular programming on ABC and other channels available free anytime on the Web, in a move that could speed the transformation of television viewing habits and help revive the struggling TV advertising business. "On April 30, ABC will unveil a revamped Web site that will include a ’theater’ where people with broadband connections can watch free episodes of ’Desperate Housewives,’ ’Lost’ and other hit shows on their computers. Episodes will be available the morning after they air and will be archived»

    Video on demand; televisão no computador (ou em casa?)

    Excertos de um artigo do Courrier Internacional ("Telespectadores «libertam-se» da TV», publicado originalmente no The Washington Post e reproduzido no numero de de 24 de Fevereiro, nº 47):

    «Felizmente, há as novas tecnologias. Simmons descobriu como telecarregar os desafios de basquetebol a partir de «sites» como ESPN 360 e excertos da entrega dos Grammy no Yahoo. Grava séries no seu computador portátil. "Posso apanhar praticamente tudo o que quero", afirma.»

    «Na segunda de manhã, vêem no computador excertos do famoso «talk-show» Saturday Night Live que receberam por correio electrónico. Em vez de esperarem pelo episódio da semana seguinte, os telespectadores podem ver séries inteiras numa única sessão; Outros percorrem rapidamente nove tempos de um desafio de basebol para apreciar apenas os melhores 15 minutos do encontro»

    «Os institutos de audiências ainda não tomaram em conta esta audiência em linha de um género diferente. Alguns indicadores parecem, contudo, provar que se assiste a uma derrapagem. Depois de ter posto em funcionamento este serviço, em Outubro de 2005, através da iTunes, a Apple vendeu mais de 12 milhões de vídeos telecarregáveis»

    «Para alguns, a possibilidade de suprimir a publicidade vale bem o preço de telecarregamento das emissões. «É uma das grandes vantagens: ver televisão sem intervalos para publicidade". salienta Jason Novak. Este interesse dos consumidores pelas novas formas de vídeo está mesmo a levar Hollywood a repensar os métodos "tradicionais de produção;A AOL, que tenta comercializar os seus próprios conteúdos multimédia, estabeleceu recentemente um acordo com a Mark Burnett Productions para produzir Gold Rush! [Corrida ao Ouro], uma emissão interactiva sobre uma caça ao tesouro, destinada a espectadores em linha. Para mim, o novo ’prime time’ situa-se entre as 9 e as 17 horas, porque é o horário em que um maior número de pessoas tem acesso a um computador», comenta Mark Burnett, cujas emissões-estrela incluem Survivor e The Apprentice».

    «Agora, posso integrar a televisão no meu planeamento, em vez de a deixar ditar a utilização do meu tempo», explica Joseph La Rocca, quadro dirigente na National Retail Federation. Há cinco meses, ofereceu a si mesmo uma Slingbox, um aparelho que lhe permite gravar emissões em casa e retransmiti-las via Internet, para as ver a partir de outro local» [«Lançada no Verão de 2005, a Slingbox é já um dos produtos electrónlcos mais vendidos nos EUA, diz a revista digital ’Market Watch’. Parece uma grande tablete de chocolate e permite receber programas de TV onde quer que se esteja, desde que haja internet. A Sing Media deverá disponibilizar  nas próximas semanas um serviço para telemóVeis, através da rede Verizon«].  

    Entretanto: «NEW YORK (AdAge.com) -- In this age of media on the go, consumers can get TV and video content for their iPods, laptops and cellphones. But the results of a study by Points North Group and Horowitz Associates found that consumers would really prefer to view TV shows the good-old-fashioned way -- on the TV set.

    While 25% of Internet users surveyed expressed interest in watching downloaded TV shows and movies on their PCs, 38% of those surveyed prefered to watch that downloaded material on a TV screen. For 18- to 34-year-olds, there is even more preference for TV-set viewing: 68% would watch downloads on their TV while only 45% would watch on their PCs.

    TV as hardware
    “In this PC and iPod generation, consumers still want to watch TV shows and movies on a TV, whether the programs are broadcast or downloaded,” said Stewart Wolpin, senior consulting analyst for Points North Group. “And that’s the one piece of hardware where Web-based video is not yet available.”
    » (fonte: Adage.com, «COUCH POTATOES WANT TO STAY ON THE COUCH; Survey Finds Consumers Prefer Viewing Downloads on TV», February 23, 2006, QwikFIND ID: AAR44K, By Leslie Taylor; http://adage.com/news.cms?newsId=48007)

    Isto impressionou-me...

    O facto de a televisão se tornar mais ágil, mais próximas, com maior e melhor capacidade de resposta, por exemplo usando o computador, retira à rádio espaço de manobra para poder continuar a ser acumuladora; por outras palavras, se o tempo que tenho para estar no computador é dedicado a ver televisão, não ouço de certeza rádio.

    (via Obercom)
    "O primeiro serviço VOD de televisão em Itália

    O RAI Click, o primeiro serviço VOD de televisão em Itália, é o único canal que pode ser acedido através da Internet. O seu sucesso deve-se à inovadora plataforma FastWeb e à organização dos arquivos de conteúdos.
    O RAI Click foi o primeiro serviço VOD (Vídeo-on-Demand) de televisão em Itália. Foi lançado em 2000 por uma parceria entre o radiodifusor público RAI (60%) e a FastWeb (40%), o primeiro operador de telecomunicações Triple Play.
    Até agora, o RAI Click é o único canal italiano que pode ser acedido através da Internet; é o único canal de televisão da RAI com uma licença de subscrição e uma base de clientes directa, e é o primeiro canal de televisão italiano a desenvolver formatos editoriais e comerciais que exploram as capacidades interactivas da banda larga.
    De acordo com a EBU, o objectivo do RAI Click era construir um canal que oferecesse informação e entretenimento em formato VOD, distribuídos tanto através de plataforma FTTH (Fibre to the Home) como através de Internet de banda larga.
    Hoje em dia, o RAI Click é um dos quatro novos ramos de media da RAI, juntamente com a RAI Sat (satélite), RAI Digit (Televisão Digital Terrestre) e RAI Net (Internet).
    A qualidade do material nos arquivos da RAI e a inovadora plataforma FastWeb permitem aos subscritores do RAI Click escolher o que querem ver, quando quiserem, libertos dos constrangimentos das grelhas de programação. Por outras palavras, cada utilizador do RAI Click tem o seu serviço de televisão pessoal. O RAI Click foi o primeiro canal Pay TV da RAI.
    A cadeia de valor de radiodifusão do RAI Click tem o seguinte modelo organizacional:
    - Criação de conteúdos: O conteúdo provém dos canais da RAI , com programas dos seus arquivos e grelhas de programação actuais;
    - Empacotamento e grelhas de programação: O RAI Click é responsável pelo desenvolvimento de conteúdos e pela organização dos mesmos em formato interactivo, com contribuições editoriais da RAI Net; pela gestão do sistema de aquisições, que providencia armazenamento automático e gestão de conteúdos de vídeo; pela gestão do sistema de conteúdos, que publica conteúdos de vídeo nas várias plataformas; e pela gestão da oferta comercial (preços, promoções, comunicação e gestão da relação de conteúdos).
    - Distribuição: O RAI Click é distribuído pela FastWeb, que providencia as plataformas e arquitectura.
    O RAI Click oferece 3,500 programas de televisão em Vídeo-on-Demand e 1,500 programas na Internet.
    Para além disso, o VOD não é só um novo tipo de veículo de fornecimento de conteúdos, é uma nova forma de ver televisão. Para além disso, não é apenas um serviço de vídeo que as pessoas vêem nos tempos livres, introduz toda uma nova abordagem à televisão.
    O desafio para as equipas editoriais, neste momento, é combinar a modalidade da radiodifusão televisiva tradicional com a modalidade que é típica da Internet e tecnologias da informação.
    Para mais informações consulte o artigo “RAI Click - «I want my own TV»” publicado na Technical Review de Julho de 2005 da EBU.

    IPTV

    O Diário de Notícias de domingo trouxe uma página sobre uma nova tecnologia chamada IPTV (Internet Protocol TV) que - diz-se - é muito mais do que televisão distribuída por internet. Lê-se no texto de Hugo Bordeira (que não consigo encontrar «on line») que "promete revolucionar a relação entre os espectadores e a televisão, levando conteúdos televisivos de alta qualidade a la carte até casa dos consumidores".
    "Tudo funciona através de uma ligação de banda larga de alta velocidade (...), essa ligação pode suportar todo o tipo de dados (Internet, voz e vídeo). (...) Na IPTV, o consumidor acede a um servidor que pode alojar centenas de canais solicitando apenas um de cada vez".