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Transistor kills the radio star?

5.2 «O microfone não se abre à participação do ouvinte»

Prata concluiu, no seu estudo de 30 webradios brasileiras, aquilo que Campos e Pestano (2004) já concluiram com uma amostra de webradios brasileiras: que nestas rádios há multiplas formas de participação mas que o microfone não se abre à participação do ouvinte.

Se ao nível do consumo activo isso dificilmente acontecerá - e não é apenas por razões tecnicas, que podem ser sempre ultrapassadas - pela necessidade de mediação e arrumação 'plástica' desse caos sonoro, já ao nivel do consumo passivo-activo, como diz Prata, não é uma realidade, mas uma possibilidade (120). A mesma autora admite que «De posse do microfone, o ouvinte talvez pudesse criar novos conteúdos e novas maneiras de se fazer rádio» (207)

Caso contrário, teremos apenas aquilo que GIlda Chaves descreve como «uma comunicação falada pelas pontas dos dedos» (apud Prata, 2008: 17)

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