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Transistor kills the radio star?

A importância de ser ou não ser rádio

Quem é que, além dos que possam investigar estas matérias, se preocupa se sites como Last.fm são rádio? A própria rádio.

É obvio que, por muitas referências que façam à tradição e herança hertziana, estes sites que disponibilizam (via streaming ou downloading) música não são rádio. Têm música e têm som. Mas ter música e ter som não faz rádio. O próprio conceito de «personalized radio» é anti-rádio, na medida em que rádio não pode ser personalizada.

A industria radiofónica, confusa com os novos tempos, tenta perceber se é ou se não é para se posicionar; provavelmente para aderir se for. Até que lhe digam que a questão é inutil, porque a resposta é evidente, a incerteza continuará.

Esta dicotomia acentuar-se-á, como veremos adiante, na forma de convergir com a internet: criando consumo activo ou mantendo-se baseados na ideia de consumo passivo (idiossincrático à rádio convencional)

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