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Transistor kills the radio star?

A web2.0 segundo Levy

«Nada abala o optimismo de Pierre Lévy com a Internet. Um dos principais teóricos da revolução digital, filósofo da informação e professor de comunicação na Universidade de Ottawa (Canadá), Lévy acha que a grande questão colocada hoje à rede é apenas aumentar as informações disponíveis, o que é o objecto de sua linha de estudo actual. Lévy foi quem propôs o conceito de "inteligência colectiva" no começo dos anos 90, quando a Internet comercial ainda engatinhava. Hoje, "sem falsa modéstia", diz que o seu conceito virou um padrão.

 

Ao contrário do que muitos poderiam esperar, Lévy não acha que a web 2.0 ou web participativa, um dos principais focos de discussão actual sobre a rede, seja uma novidade. "A web 2.0 significa apenas que há muito mais gente a apropriar-se da tecnologia da Internet, o que a torna um fenômeno social de massas. Significa que já não é necessário recorrer a intermediários ou técnicos. Do ponto vista de conceito de base, não há uma grande diferença em relação à Internet original", disse Lévy, em entrevista à Folha.

Levy lembra que os portais de busca (como Google e Yahoo) têm no máximo 20% das informações da rede. "Essa nova linguagem permitirá indexações na Internet, um acesso maior ao conteúdo que existe hoje na Internet. Estou a acabar a gramática agora", diz. "Não é uma linguagem para ser utilizada pelo grande público e vai demorar algum tempo para tornar-se linguagem comum", afirma.

fonte: http://www.esquerda.net/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=3783

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