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Transistor kills the radio star?

Rádio, internet e os novos tempos

«Houve um tempo em que só existia uma forma de fazer com que um álbum se tornasse num hit: a rádio. Nenhum outro meio chegava a tantas pessoas com tanta frequência. Não era fácil fazer parte da lista de músicas passadas por uma rádio (especialmente depois de os subornos aos DJ terem passado a ser puníveis por lei), mas assim que uma canção começava a ser emitida, ganhava logo uma elevada probabilidade de ser mais vendida. Depois, na década de 80, apareceu a MTV, que se tornou na segunda forma de criar um hit. Dispunha de uma capacidade ainda mais limitada para divulgar novas músicas, mas a sua influência sobre toda uma geração foi inigualável. No que diz respeito às editoras discográficas, esses foram tempos áureos. Tratava-se de um mercado fortemente competitivo, mas era um ramo que conheciam muito bem. Compreendiam as regras e era possível ganharem a vida se soubessem mover-se nesse meio.

Mas, agora, a rádio aparenta ter entrado num movimento de declínio termínal e a MTV já não passa tantos telediscos como antigamente. Então, de que forma se pode comercializar a música? As editoras sabem que a resposta reside na Internet e aproveitam as forças do "passa palavra" que estão a substituir o marketing tradicional na criação de tendências da procura, mas continuam a tentar descortinar a melhor forma de o fazerem» (ANderson, 2007: 103)

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