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Transistor kills the radio star?

Castells e a rádio (optimismo e a net)

«A rádio está a viver um renascimento, e está a transformar-se no meio de comunicação mais difundido do mundo» (Castells, 2004: 226)

«As emissoras de rádio estão a experimentar um grande auge na Internet, tanto as que emitem através de ondas como as que o fazem só através da rede. A lista de emissoras de rádio nos EUA, elaborada pelo MIT, indica que há mais de 10.000 na Internet. Há dois factores determinantes nesta transformação. Por um lado, a dificuldade de satisfazer o interesse pelos assuntos locais a uma escala global, fora do alcance das redes locais de informação. Se quer saber o que se passou na sua cidade a partir do outro extremo do mundo, só a Internet pode proporcionar-lhe essa informação, tanto em formato texto (jornais locais) como em formato áudio (emissoras de rádio locais). Portanto, a liberdade para ultrapassar a cultura global em busca da identidade local própria é possível graças à Internet, uma rede global de comunicação local. Po outro lado, o êxito comercial experimentado pela rádio resultou no seu controle oligopolítico por parte de grandes conglomerados mediáticos em cada país - como consequência directa da desregulação, que na realidade resultou em muitos outros sectores da economia) numa concentração cada vez maior. Assim, enquanto a rádio está dirigida ao local (você precisa de conhecer o estado do trânsito da sua cidade e não de outro lugar), o seu conteúdo está cada vez mais empresarializado e homogeneizado. As emissoras de rádio alternativas, de alcance local, encontram na Internet uma forma barata e fácil de emitir, sem ter que depender da concessão de licenças de transmissão, limitadas pela capacidade do espectro» (Castells, 233) 

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