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Transistor kills the radio star?

A internet nunca terá o alcance do FM?

Realizou-se em Lisboa, na semana passada, um encontro de rádios universitárias e alternativas europeias, chamado RadiaLx2006, organizado pela Rádio Zero, emissora do IST que transmite na net.

Da reportagem do DN («À procura de espaço para uma nova rádio universitária») retiro duas notas: a vontade da RZ em ter uma frequência no FM, ao abrigo da possibilidade prevista na lei de criação de rádios universitárias (sem publicidade) que só a Universidade do Algarve aproveitou até agora; a afirmação de que a internet não é o caminho, «nunca terá o alcance do FM» diz o director da RZ, Ricardo Reis.

Uma afirmação como esta, vinda de um universitário, desiludiu-me pela falta de visão: não contesto a vontade em ter uma frequência hertziana, mas a internet tem capacidades para ser muito mais. E o podcast, para as rádios, não será apenas um gravador de video que se usa quando não se consegue ver um programa a horas (parafraseando o mesmo responsável). Serão muito mais do que isso.

PS - fui convidado para participar nesse encontro, mas um problema de comunicação provocou um desencontro de datas.

2 comentarios

Ricardo Reis -

A citação careceu de um contexto específico. Problema de entrevistas telefónicas. Se a internet é um futuro, neste momento e a médio-prazo, não vejo a net a ter o alcance do FM. Quantas pessoas em portugal tem internet neste momento? Há WiFi nos carros? É à borla? Em países com a Hungria, em que em que há um esforço de cobertura global e gratuita por WiFi vejo isso a acontecer mais depressa. Enquanto os 4 velhotes a jogar à sueca nas mesas da alameda não puderem ouvir a sua rádio através da net prefiro querer chegar ao FM. Porque um rádio FM custa 4 euros no chinês (ou menos) e uma pilha. E qt custa a vossa rádio na net?

(e porque diabo tenho de responder a uma pergunta em espanhol para publicar a minha resposta?!?!?)

fueg0 -

Em cheio! Concordo com este comentário! O FM é uma coisa mas a Internet é sem dúvida o futuro.