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Transistor kills the radio star?

As rádios não têm programação infantil

Até que ponto a ausência de programação destinada aos mais jovens (a partir dos seis anos?) contribui para que as gerações mais nova percam o hábito de ouvir rádio?

É verdade é que a faixa 15/17 ouve mais rádio do que média, mas apenas rádio musical.

E se há predisposição dos 15/17 para ouvir rádio, por que não pensar em programações infantis ou juvenis, para uma faixa etária mais nova?

A rádio de serviço público não estaria obrigada a incluir alguma programação infantil na sua grelha?

Apenas algumas rádios locais mantém - e bem - alguma programação infantil ou juvenil nas suas grelhas (e isso já é um mérito das sempre muito criticadas rádios locais)

2 comentarios

João de Sousa -

Nos EUA as audiências medem-se a partir dos 13 anos.
Penso que o problema poderá estar relacionado com a visão dos segmentos como potenciais de poder de compra (afinal é a publicidade que financia a rádio).
E a rádio escuta-se sobretudo individualmente, não em conjunto como a generalidade da tv. O campo tb não é fértil para especilalização neste segmento.
Curiosamente, a única preocupação que até agora encontrei com crianças que escutam rádio foi nas recomendações da Arbitron (relatório de 2004) para o formato AC, tendo em conta que é ouvido sobretudo por mulheres nas faixa dos 30, que podem ter crianças (filhos) dentro do carro no drive time.
A ideia é interessante, e poderia ser bem aproveitada, se a audiência deste segmento for relevante.

PC -

É um facto. Ainda assim, as crianças que crescem a escutar rádio (acompanhando as emissões que os seus pais escutam) têm maiores probabilidades de, na fase adulta gostar de ouvir rádio. Tudo dependerá, claro, da(s) estação(ões) que os seus pais escolhem...