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Transistor kills the radio star?

As audiencias eletrónicas em Portugal

Principais ideias de um muito completo trabalho do Diário de Notícias de hoje ("Audiências vão chegar a consumos fora de casa" e "Aumento do painel custa 800 mil euros", Marina Almeida, 6/2/06, págs 38 e 39):

- "A Marktest está empenhada em fazer evoluir este processo durante este ano [ver entrevista] mas tem pela frente um intenso trabalho de "diplomacia". É que o sistema só funciona se todos os parceiros (rádios e televisões) aderirem e se comprometerem a marcar o seu sinal para que seja reconhecido pelo PPM."

- "A grande revolução da medição portátil de audiências será para as rádios. O actual Bareme Rádio é disponibilizado trimestralmente e feito através de 25 mil entrevistas telefónicas que se baseiam na memória. Com o PPM as rádios passam a dispôr de audiências diárias, como as televisões. É José Manuel Oliveira quem dá um exemplo "Quando fizemos cá o teste, houve um dia à hora de almoço, em que a rádios ultrapassaram as televisões. Fomos ver as gravações das emissões: foi o anúncio da equipa portuguesa para o Euro 2004. Fora de casa as pessoas estavam a ouvir na rádio. Este efeito é medido pelo PPM mas não pelo estudo tradicional de meios".»

- «À luz deste exemplo é fácil perceber que também a distribuição do "bolo" publicitário, tradicionalmente dominado pelas televisões, vai mexer. (...) o PPM vai revelar uma maior exposição ao meio rádio. Mas não só.»

- "(...) Uma mudança cria sempre instabilidade. Neste momento estamos prontos para avançar, mas um projecto deste tipo implica recursos financeiros consideráveis e provavelmente terá que ser implementado por fases com um calendário bem definido."

- "Qual é o ponto da situação? Aguarda-se com alguma ansiedade os testes que estão a ser feitos noutros países. A decisão que for tomada em Inglaterra [ver caixa] vai ser fundamental... (...) E as rádios? Vamos continuar a conversar. Tenho já um valor de proposta para apresentar, nos próximos meses, de custos anuais sobre a extensão de painel com mil audímetros. A proposta, dado o volume dos mercados, não podia ser igual [para rádios e televisões].»

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