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Transistor kills the radio star?

O inimigo é o telemóvel?

O adversário da rádio, neste segundo choque, não é a imagem, não são os videoclips, não é a televisão.Haverá sempre situações em que é preciso acumular tarefas e só um meio de sentido único o poderá fazer.
O grande adversário da rádio são os novos sistemas que permitem ouvir, acumulando com mobilidade, como acontecia, antes, quase em exclusivo, com a rádio. O telemóvel é o inimigo.

Um exemplo: o rádio despertador

Não sei de estatísticas, mas imagino que mais de 90 por cento dos portugueses que acordam com despertador têm um rádio sintonizado para eufemizar a dor (os outros 10 por cento acordaram com besouros/campaínhas ou têm música gravada associada).
A rádio era, assim, a primeira companhia ao acordar, por mérito próprio mas também por falta de alternativa (e ainda é).
Só que os telemóveis ameaçam mudar tudo. Também têm os seus despertadores. Com besouros mas também com música associada (toques). Mas sem rádio: mesmo os terminais que têm rádio instalado não permitem activar, ao despertar, esta função, até pelo problema da monição/amplificação.
Em resumo: da próxima vez que o despertador de casa avariar, vale a pena comprar outro? Não será melhor usar o telemóvel?

(A resposta pode passar por aqui: se a rádio tiver bons conteúdos, que interessem e prendam a atenção dos ouvintes, pode fazer a diferença face a um telemóvel)

(remeto eventuais interessados para este texto e este.

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