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Transistor kills the radio star?

Inquietações (mais...)

No Japão ou nos Estados Unidos (menos na Europa,penso) há cada vez mais pessoas a
ouvir música em casa, nos transportes publicos ou mesmo na escola, não,
já, através da rádio ou de «walkmans», mas em «Ipods» e outros
sistemas de musica digital (que permitem que eu ouça as minhas
musicas, apenas as que gosto e não as que a rádio quer que eu ouça);
nos táxis e em muitos carros particulares, os que conduzem já não
recebem as informações de trânsito pela rádio mas por sistemas de GPS,
associados a câmaras de vídeo que nas ruas informam por onde se pode
seguir ou não; isto para além dos serviços que os telemóveis de
terceira geração (UMTS) oferecem, com serviços personalizados (por
exemplo, se eu apenas circulo em determinada auto-estrada, não me
interessam outras informações; os telemóveis permitem a personalização
atraves de um SMS).

Parece-me haver aqui uma especie de "ameaça" aos actuais formatos da
rádio; ou pelo menos à forma como ela é concebida actualmente.

A rádio já sobreviveu ao choque da televisão (o primeiro choque), mas
isso obrigou a uma serie de mudanças (passar de casa para o carro, por
exemplo). Conseguirá sobreviver a este segundo choque que se prepara?
A tecnologia ameaça a rádio ou apenas a obrigará a reposicionar-se?
Que serviços estão os "gadgets" a oferecer, concorrenciais com a rádio?
Como a rádio poderá tirar partido desses "gadgets"? A rádio será, como
se percebe por aquilo que Negroponte diz, mais voz, ou o futuro da
rádio é... negro?

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